Bard revela o que o ChatGPT faz melhor que ele
Por Douglas Ciriaco | •

O Bard enfim chegou ao Brasil e falando português — literalmente, já que a tecnologia não apenas aceita comandos como responde com texto e voz em nosso idioma. Mas não é só a sua capacidade de falar vários idiomas que chama a atenção: o Bard revela, sem problemas, aquilo em que o rival ChatGPT é melhor que ele.
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Quando perguntando “Você é melhor do que o ChatGPT”, a inteligência artificial generativa do Google responde sem meandros que ambos são grandes modelos de linguagem com “diferentes pontos fortes e pontos fracos”.
Segundo o Bard, “o ChatGPT é melhor em gerar formatos de texto criativos, como poemas, código, scripts, peças musicais, e-mail, cartas, etc.”, enquanto ele é “melhor em responder às suas perguntas de forma abrangente e informativa, mesmo que sejam abertas, desafiadoras ou estranhas”.
Por que o Bard é mais informativo que o ChatGPT?
E olhando com calma é possível entender facilmente por que essa resposta faz todo sentido. O ChatGPT básico, esse que qualquer um pode acessar gratuitamente pela web ou via app para iPhone, não está conectado à internet e está abastecido com informações que vão até setembro de 2021.
Então, por exemplo, ele não sabe que a Argentina levou a Copa do Mundo de 2022 nem que o Kasas City Chiefs derrotou o Philadelphia Eagles no último Super Bowl, em fevereiro de 2023. O Bard, ao contrário, sabe disso e sabe até mesmo quem ainda está na disputa pela Copa do Brasil deste ano, mesmo que ele tenha cometido um pequeno equívoco (ou uma previsão?) quando perguntado a respeito.
O Bard está repleto de ótimos recursos e provavelmente consegue realizar ações criativas quase com a mesma competência do ChatGPT, mas a IA da OpenAI de fato parece mais versátil quando o assunto é criar coisas do zero. A IA do Google já chega conectado à internet e aí soa como o meio termo ideal entre o que é o ChatGPT e o Bing Chat, mesmo que ainda demande refinamento e ajustes.
De qualquer maneira, é sempre essencial ponderar informações factuais obtidas por intermédio de inteligências artificiais porque, apesar de avançadas, elas sempre podem cometer equívocos — alguns muito graves, inclusive, como acsusar erroneamente alguém de ter cometido um crime.
E aí, citando o próprio Bard, “em última análise, qual modelo é ‘melhor’ depende de suas necessidades específicas.”