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Intel pode adquirir antiga fabricante de chips da AMD em transação bilionária

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Intel
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Passando por um período conturbado nos últimos anos, resultante dos múltiplos atrasos de novas litografias e os avanços notáveis da rival AMD, a Intel aproveitou o momento para reestruturar drasticamente sua organização e plano de negócios. A empresa nomeou o respeitado engenheiro Pat Gelsinger como novo CEO e pretende apostar em projetos arriscados, como a 12ª geração Alder Lake de processadores híbridos.

Outra mudança de grande impacto é a abertura das fundições da companhia para outras empresas, no chamado Intel Foundry Services. A medida é inédita e mostra que a gigante de Santa Clara está disposta a investir grandes quantias para recuperar o prestígio que possuía. Essa etapa ganhou um novo capítulo nesta semana, após uma reportagem do Wall Street Journal indicar que a fabricante planeja uma aquisição de peso.

Intel pode comprar GlobalFoundries por US$ 30 bilhões

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Segundo o periódico, a Intel estaria em negociação para adquirir a GlobalFoundries, uma das principais fabricantes de chips do mundo. Curiosamente, a empresa nasceu em 2008 após se separar da AMD, que optou por terceirizar a produção de processadores, sendo hoje uma das parceiras mais importantes da TSMC. As informações sugerem ainda que o valor da transação seria de US$ 30 bilhões (cerca de R$ 152 bilhões, em conversão direta).

Como indicam estudos da agência TrendForces, a GlobalFoundries é hoje a quarta maior fundição do mundo, contando com inúmeras fábricas espalhadas pelos EUA e 7% de participação no mercado global de semicondutores. Diferente das rivais, a empresa foca em adicionar novas funções e recursos a chips fabricados em litografias maiores, como a de 12 nm, em vez de buscar por processos menores.

Caso a compra seja de fato realizada, a Intel não apenas aumentaria a própria mão-de-obra especializada, como também aceleraria a expansão do Foundry Services, eliminando eventuais dores de cabeça que envolvem a abertura de novas unidades fabris. Questionada pelo The Verge, a gigante de Santa Clara disse não comentar rumores.

A reportagem do Wall Street Journal afirma que a GlobalFoundries tinha pretensões de entrar na bolsa de valores, meta que deve ser mantida caso as negociações com a Intel não tragam resultados.

Companhia investirá mais US$ 100 bilhões na Europa

De acordo com reportagem do Financial Times, os investimentos da Intel não devem parar por aí, e se estenderão para outras regiões do mundo, como a Europa. O portal indica que a gigante deve começar com duas unidades fabris, em investimento de US$ 20 bilhões (R$ 101 bilhões), mas os números aumentariam com o tempo conforme novas plantas forem construídas, atingindo um total de impressionantes US$ 100 bilhões (R$ 510 bilhões).

A empresa está estudando locais em países como Alemanha, Holanda, Bélgica e Itália, e tem planos ambiciosos para as novas fábricas. "Estamos prontos para fazer disso [as unidades fabris na Europa] um projeto de ecossistema, não apenas um par de caminhos isolados em cada local", afirmou o vice-presidente de assuntos regulatórios globais da Intel, Greg Slater. "Acreditamos que esse é um projeto que beneficiará a Europa em larga escala".

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Acredita-se que o novo ecossistema de fábricas da Intel não seja completamente focado em tecnologia de ponta — a gigante estaria disposta a produzir tecnologias mais antigas, para ter um alcance maior no velho continente, onde a maioria das companhias ainda aposta em hardware menos avançado. Ainda assim, algumas unidades devem ser importantes para o futuro da Intel, lidando inclusive com a aguardada litografia de 7 nm.

Vale lembrar que a Intel realizará no dia 26 de julho o Intel Accelerated, evento em que trará novidades sobre avanços atingidos por tecnologias da empresa e o calendário de futuros lançamentos. Fora isso, é provável que a fabricante também traga notícias sobre a nova estratégia e os investimentos que pretende fazer.

Fonte: TechSpot, The Verge, ExtremeTech