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Intel demite mais de 2.250 funcionários nos EUA

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Reprodução/Robert Noyce, Intel
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Em meio a uma crise atual e reestruturação interna, a Intel anunciou a demissão de 1.300 funcionários no Oregon, onde funciona sua maior base. Esse é o primeiro passo que tem como finalidade desligar 15 mil trabalhadores em toda a companhia.

O colaboradores afetados começam a ser desligados no próximo mês. Segundo o Oregon Live, essa é a maior demissão já realizada no estado norte-americano, movimento que faz parte de um esforço para enxugar gastos nos próximos meses, como disse a Intel em pronunciamento:

"Como parte do amplo plano de redução de custos que anunciamos em agosto, estamos tomando as decisões difíceis, mas necessárias, para reduzir o tamanho da nossa força de trabalho. Essas são as decisões mais difíceis que já tomamos, e estamos tratando as pessoas com cuidado e respeito. Essas mudanças apoiam nossa estratégia de nos tornarmos uma empresa mais enxuta, mais simples e mais ágil, à medida que posicionamos a Intel para um crescimento sustentável de longo prazo".
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A base da Intel no estado do Oregon contava com 23 mil funcionários, se configurando, assim, como a maior empresa do estado norte-americano. Os 1.300 demitidos representam cerca de 6% do quadro de funcionários e cerca de 1% do número total de colaboradores da fabricante de semicondutores, que passa de 124 mil.

Escritórios localizados no Texas, California e Arizona também foram afetados. Com as demissões ocorridas no Oregon, o montante dessa onda de demissão passa de 2.250. Até o final de novembro, a Intel ainda pretende demitir 15.000 pessoas, que envolve também aposentadoria antecipada e alguns acordos de demissão voluntária com funcionários.

Crise com as CPUs Raptor Lake e interesse de compra pela Qualcomm

Toda essa movimentação começou depois de uma crise recente com os processadores Intel Core Raptor Lake, arquitetura presente na 13ª e 14ª gerações de processadores.

Inúmeros relatos de problemas com esses componentes, especialmente os high-end, surgiram nos últimos meses, com alguns exemplares até deixando de funcionar. A situação complicada teve diferentes capítulos, como atribuição de culpa do problema às fabricantes de placas-mãe.

A demora em se posicionar frente ao problema fez com que as ações da Intel caíssem e levou acionistas a abrirem uma ação judicial coletiva. A empresa chegou a dar o diagnóstico do problema, lançou uma correção e aumentou a garantia das CPUs afetadas.

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Tudo isso atraiu a atenção da Qualcomm, que fez uma oferta de aquisição à Intel, mas preferiu esperar pela eleição presidencial nos EUA, que acontece em novembro.

Fonte: Oregon Live