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Qualcomm ainda quer comprar a Intel, mas aguarda eleição nos EUA

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Qualcomm/Divulgação
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Depois de uma suposta oferta de aquisição à Intel, a Qualcomm agora estaria esperando passar o período de eleição presidencial dos EUA para tomar uma decisão final em relação ao assunto.

Fontes ouvidas pela Bloomberg afirmam que a dona dos chips Snapdragon quer esperar para ver quem senta na principal cadeira da Casa Branca em janeiro, já que qualquer mudança administrativa no país impactaria em uma negociação desse porte entre duas gigantes da tecnologia.

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Mudanças no cenário político mundial

A espera da Qualcomm em fazer uma oferta de aquisição à Intel tem a ver também com possíveis mudanças no órgão regulador de mercado, que pode sofrer alterações nos EUA. Uma compra desse tamanho tem potencial para mudar o cenário de produção de chips no mundo inteiro, e algo dessa magnitude precisa passar pela aprovação desses órgãos em vários países.

Os Estados Unidos e a China estão entre os maiores clientes de ambas as empresas e, assim como foi com a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, órgãos reguladores de diferentes países precisam avaliar o impacto de uma fusão dessa magnitude.

A Intel é considerada peça fundamental no crescimento da indústria de semicondutores nos EUA e isso, por si só, já dificultaria a aquisição pela Qualcomm, tendo que passar pela norte-americana FTC (Federal Trade Comission), a britânica CMA (Competition and Markets Authority) e até mesmo o Cade aqui no Brasil, entre vários outros.

Crise recente da Intel

O suposto interesse da Qualcomm nessa aquisição acontece depois de uma crise recente que a Intel enfrentou com os processadores Raptor Lake de 13ª e 14ª gerações. Muitos usuários, tanto comuns quanto empresariais, começaram a relatar problemas de performance com essas CPUs meses atrás.

A situação só foi se agravando e a Intel demorou para se pronunciar sobre a situação. O posicionamento omisso da empresa liderada por Pat Gelsinger chegou a irritar até mesmo acionistas, que se juntaram em um processo coletivo recentemente.

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A Intel chegou a culpar fabricantes de placas-mãe pela alta tensão usada nas CPUs. Porém, há menos de um mês a empresa revelou os motivos que levavam aos problemas e lançou atualização de microcódigo com as devidas correções.

A situação que durou meses foi um golpe duro, fazendo com que as ações da Intel desvalorizassem e planos de reestruturação fossem anunciados, fatores que podem ter atraído os olhares da Qualcomm. Com a possível fusão, a transação pode envolver cerca de US$ 98 bilhões, que é o atual valor de mercado da fabricante das CPUs Core Ultra.

Fonte: Bloomberg