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Em crise, Intel despenca e agora vale tanto quanto a OpenAI

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Reprodução/Robert Noyce, Intel
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A Intel vem enfrentando dificuldades financeiras desde 2021, mas foi nas últimas semanas que a companhia mergulhou em uma forte crise que fez suas ações e valor de mercado despencarem a níveis similares ao da OpenAI.

Referência na fabricação de semicondutores, a gigante de Santa Clara viu o valor de suas ações encolherem no final do pregão desta quarta-feira (07) e seu valor de mercado encolher para US$ 81,1 bilhões. O valor é semelhante ao reportado pela OpenAI em sua última rodada de financiamento, em fevereiro de 2024: US$ 80 bilhão. Mas há um detalhe importantíssimo: oficialmente, a companhia especialista em inteligência artificial ainda é uma startup sem fins lucrativos.

Com cinco décadas de tradição e uma das maiores fabricantes de semicondutores do planeta, a Intel vem enfrentando muitas dificuldades desde a divulgação dos resultados financeiros ruins na última semana. O balancete não atendeu as métricas e expectativas dos acionistas e diretoria da empresa e foi sucedido pela divulgação da demissão em massa de 15 mil funcionários, numa tentativa de tapar o rombo financeiro e equilibrar as contas.

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A medida não agradou e se uniu à pilha de problemas que a Intel vem enfrentando. Nos últimos meses, a companhia viu aumentarem os relatos de problemas de oxidação e instabilidade nos processadores de 13ª e 14ª geração, minando a confiança do consumidor na marca. Encurralada, ela teve de reconhecer o problema publicamente e ampliou a garantia desses produtos para cinco anos.

A situação é ainda mais complexa quando observamos a concorrência. A AMD vem se estabelecendo cada vez mais no mercado de processadores com capacidades de IA com os Ryzen AI 300 e os recém-lançados Ryzen 9000, enquanto a Qualcomm vem se apresentando como uma alternativa econômica e poderosa com seus processadores Snapdragon X Elite nos Copilot+ PCs e a NVIDIA mantém sua ampla dominância no segmento de IA para servidores e datacenters.

Curiosamente, a NVIDIA pode ser a solução para os problemas da Intel. A companhia liderada por Jensen Huang está negociando a contratação dos serviços de empacotamento do Time Azul para dar conta da demanda pelas GPUs de IA H100, uma vez que a TSMC não tem dado conta do recado.