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Dona do Free Fire também cria seus próprios chips para serviços em nuvem

Por| Editado por Wallace Moté | 04 de Novembro de 2021 às 07h40

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Divulgação/Tencent
Divulgação/Tencent

Após o grupo Alibaba desenvolver seus próprios chips para potencializar servidores em nuvem, é a vez da Tencent entrar nesse mercado também.

A empresa detém a maior fatia da Garena, dona do popular Free Fire. Seus negócios, porém, vão além do battle royale: League of Legends e PUBG são alguns outros exemplos. Mas, dessa vez, o novo investimento da empresa é no segmento de semicondutores: a empresa está desenvolvendo, na China, chips para ampliar sua expressividade em entretenimento digital.

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São pelo menos três objetivos com as plataformas: melhorar a transcodificação de vídeos, expandir o potencial de processamento de IA em nuvem e auxiliar algoritmos de pesquisa e recomendação. Porém, tanto o grupo Alibaba como a Tencent escolhem um momento delicado do mercado para criarem seus próprios SoCs.

O investimento da Tencent é robusto: serão US$ 3 bilhões ao longo dos próximos três anos. Assim, a empresa deverá disputar usuários e contratos com o próprio Alibaba. Diferente do Yitian 710 da sua rival, não ficou claro no anúncio da empresa se os seus SoCS (Zixiao, Canghai, e Xuanling) já estão sendo usados.

A companhia destacou, no anúncio, a necessidade de explorar o setor por esse ser o “núcleo” de basicamente toda infraestrutura industrial de processamento de dados.

Escassez e desenvolvimento

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A escassez no mercado de semicondutores tem afetado até mesmo gigantes como Google, Samsung e Apple. E a entrada de novas “players” tende a sufocar um pouco mais a demanda. Porém, o momento escolhido não foi à toa: desenvolvedoras chinesas estão sendo fortemente pressionadas a investirem em sistemas de processamento para reduzir sua dependência tecnológica dos Estados Unidos.

Um exemplo do que essa dependência cria é a relação Huawei x Qualcomm. O banimento por parte do governo Trump sufocou a capacidade da empresa em permanecer desenvolvendo chips Kirin, e agora reativou relações com a empresa americana de chips — mas só pode usar produtos com modem 4G.

Assim, Pequim tem estimulado seu mercado nacional a investir em pesquisa e desenvolvimento de processadores. Afinal, os Estados Unidos — mesmo com Biden — não parece ter mudado de postura na área de segurança digital, argumento usado na época de Trump para justificar as sanções impostas.

Fonte: SCMP. Bloomberg