Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Ampere lança kit que une CPU ARM e suporte a Windows e GPUs Nvidia

Por| Editado por Wallace Moté | 10 de Abril de 2023 às 16h09

Link copiado!

Renan da Silva Dores/Montagem Canaltech
Renan da Silva Dores/Montagem Canaltech

Pouco conhecida do público gamer, a Ampere é uma das principais desenvolvedoras de hardware para servidores dedicados ao desenvolvimento na nuvem, trabalhando de perto com gigantes como a Nvidia. A empresa tem se destacado pelo seu lançamento mais recente, a CPU Altra, baseada na arquitetura ARM — a mesma de chips para smartphones e do Apple Silicon — e voltou às manchetes pelo kit de desenvolvimento que acaba de disponibilizar ao público baseado no processador, especialmente pelo suporte a Windows e GPUs GeForce.

A Ampere Altra chegou em 2020, chamando atenção pelo uso de núcleos ARM em um período em que a arquitetura ainda não tinha tanta força no segmento de servidores. Em configurações de 32, 64 ou 80 núcleos, o componente adota o núcleo Neoverse N1, uma variante do Cortex-A76 visto em smartphones adaptado para tarefas mais pesadas oferecidas na nuvem (mais cache por núcleo, ligação de alta velocidade entre pares de núcleos, entre outros ajustes). Posteriormente, uma variante ainda mais encorpada de 128 núcleos, a Altra Max, foi lançada.

Continua após a publicidade

Justamente pelo foco em servidores, todos os modelos se destacam por contar com recursos de conectividade e memória pouco vistos em CPUs baseados na arquitetura ARM, incluindo 128 pistas PCIe 4.0 e até 8 canais de memória DDR4 a 3.200 MT/s. Potentes, esses processadores devem ganhar ainda mais espaço com o novo lançamento da Ampere.

Sem alarde, a companhia disponibilizou na última sexta-feira (7) o Ampere Altra Development Kit (AADK), um kit de desenvolvimento similar a SBCs (Single Board Computers, ou Computadores de Placa Única) como o Raspberry Pi, pensado para workstations de desenvolvedores que trabalham com aplicações focadas na nuvem, ou dedicadas a plataformas ARM.

Disponível nas versões de 32, 64 e 80 núcleos, a novidade comporta até 6 módulos de DRAM e possui uma placa de expansão com slots diversos, incluindo três PCIe x16, dois PCIe x4, dois M.2 para armazenamento, VGA, uma porta Ethernet de 1 Gb/s, quatro portas USB 3.0, quatro portas USB 2.0 e outros conectores mais comuns para desenvolvimento e uso de expansões de hardware, como GPIO. Segundo a Ampere, a solução entrega 10 vezes mais desempenho que o Raspberry Pi 4.

Continua após a publicidade

Além do AADK, foi apresentado uma workstation completa para usuários e empresas que queiram acelerar a implementação do kit, o Ampere Altra Development Platform (AADP). Muito parecido com um desktop gamer comum, o computador já traz o kit de desenvolvimento montado e o combina com um water cooler AiO opcional para refrigerar o processador, até 128 GB de RAM, uma fonte de 750 W e um SSD com Ubuntu para servidores pré-instalado. Outro diferencial é uma variante com a Altra Max de 128 núcleos.

O anúncio foi feito de maneira tímida no Twitter pelo líder de computação de borda da Ampere, Joe Speed, que confirmou alguns aspectos adicionais que devem chamar atenção do público gamer e entusiasta. Apesar do foco na nuvem e servidores, tanto o AADK quanto o AADP suportam Windows 11 e, mais curioso, podem ser usados com GPUs Nvidia GeForce RTX, como a RTX 3060 — alguns serviços de streaming na China já combinam a Altra com placas da Nvidia para streaming de games no Android, uma das funções para qual foi desenvolvida.

A má notícia é que, diferente de soluções como o Raspberry Pi e seus clones, os kits de desenvolvimento e a workstation baseadas na Ampere Altra são vendidas a preços extremamente proibitivos, que só fazem sentido para grandes empresas (ou usuários com muito dinheiro para gastar).

Continua após a publicidade

Preço e disponibilidade

O Ampere Altra Development Kit e a Ampere Altra Development Platform estão disponíveis em revendedoras especializadas globalmente, como a I-Pi, que realiza envios para o Brasil. Dito isso, os valores cobrados são bastante elevados: de US$ 2.003 (~R$ 10 mil) a US$ 2.621 (~R$ 13.300) pelo kit, e de US$ 3.250 (~R$ 16.500) a US$ 5.658 (~R$ 29 mil) pela workstation.

Fonte: via Tom's Hardware