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AMD ou Intel | Como escolher o melhor processador para jogos?

Por| Editado por Wallace Moté | 01 de Abril de 2023 às 17h00

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Brian Kostiuk/Unsplash
Brian Kostiuk/Unsplash

Cérebro de um computador, o processador (ou CPU) é responsável por gerenciar todas as peças e fazer os cálculos por trás das tarefas que você realiza no seu PC. Desde as mais simples, como salvar arquivos, abrir programas ou navegar na internet, até as mais pesadas, como editar vídeos ou mesmo jogar, todas passam pelo processador.

Atualmente, há duas principais companhias oferecendo CPUs para o uso cotidiano e games: AMD, com sua família Ryzen, e Intel, com os processadores Intel Core. Mas qual deles é a melhor aposta? Como escolher o processador certo? O fato é que não há apenas uma resposta, sendo recomendado avaliar os prós e contras de cada uma, além das suas necessidades.

AMD é eficiente e atraente a longo prazo

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Combinando a arquitetura de chiplets (os chips menores que compõem o chip completo) com as tecnologias de fabricação da TSMC, os processadores AMD Ryzen se destacam pela grande eficiência energética que entregam, especialmente a partir da família Ryzen 7000. Em cenários de uso intenso, as soluções mais recentes do time vermelho conseguem entregar, no geral, o mesmo desempenho que os concorrentes da Intel, mas consumindo até metade da energia.

Outro ponto forte da marca é o suporte prolongado das plataformas. A gigante acaba de atualizar seu soquete (a área em que o processador é instalado na placa-mãe) para o AM5, prometendo lançar CPUs compatíveis até pelo menos 2025, com chance de haver mais algumas gerações. Não apenas isso, o antigo AM4 deve se manter relevante por um bom tempo, especialmente como uma opção mais acessível.

Dito isso, há certas tarefas que são melhor executadas nos rivais do time azul, por haver algum tipo de otimização própria para a família Intel Core — edição de vídeo é um deles, especialmente no Adobe Premiere, em que a CPU trabalha com os gráficos integrados para acelerar o processamento. Games e programas que consigam tirar proveito de mais núcleos também podem ser um obstáculo para quem quer economizar.

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A AMD possui chips com maior quantidade de núcleos de alto desempenho, mas os modelos mais robustos cobram caro por isso. Soluções com baixo custo, como o Ryzen 5 5600 e o Ryzen 5 7600, trazem apenas 6 núcleos, enquanto os rivais diretos Core i5 12600 e Core i5 13400 já começam em 10 núcleos e, mesmo que nem todos eles sejam de alta performance, há vantagens graças à maior quantidade.

Intel se destaca pela arquitetura híbrida

A maior vantagem dos processadores Intel Core é o uso de arquitetura híbrida, parecida com a de processadores de celular. Nela, a CPU combina núcleos de alta performance (chamados P-Cores), que oferecem o máximo de desempenho, com núcleos de alta eficiência (os E-Cores), dedicados a consumir menos energia. Isso não apenas amplifica o desempenho em apps e games que utilizam mais núcleos, como tem um funcionamento interessante graças a algumas otimizações desenvolvidas pela Intel com a Microsoft.

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Com essa mistura e as otimizações citadas, o usuário praticamente tem “duas CPUs em um chip”. Enquanto tarefas pesadas e games são executados nos P-Cores, atividades em segundo plano (como atualização de e-mail, notificações, outro programa aberto ao fundo) são processados pelos E-Cores.

Isso pode beneficiar muito os usuários que fazem várias coisas ao mesmo tempo, como os streamers — nesse caso, os jogos rodam nos P-Cores, enquanto a transmissão fica sob a responsabilidade dos E-Cores. Há ainda diversas outras situações que se beneficiam dessa arquitetura híbrida, o que garante que o computador se mantenha responsivo.

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No entanto, como citamos anteriormente, o consumo dos processadores Intel é muito mais elevado que o dos rivais AMD Ryzen. Em determinados cenários de uso muito intenso, esse consumo pode dobrar, mas sem oferecer vantagens tão notáveis de performance. Outro ponto complicado é o ciclo de atualizações de soquete do time azul.

Normalmente, a gigante troca seus soquetes a cada duas gerações, e já houve vezes em que a atualização ocorreu de uma geração para outra. Quem busca por suporte prolongado pode estar melhor servido de soluções da AMD.

O que ficar de olho ao escolher uma CPU?

Apesar dos prós e contras citados para cada marca, é importante ressaltar que não há uma escolha errada. Independente do processador, você terá acesso a alta potência para o que for preciso, desde que selecione o modelo certo dentro da linha para suas necessidades. Há alguns pontos que você deve ficar de olho na hora da compra, que podem auxiliar a tomar a decisão mais adequada para o seu uso:

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  • Frequência/Clock — indicado por um número de Gigahertz (GHz, ex.: 5,4 GHz), é a velocidade com a qual os núcleos trabalham. Como regra geral, um clock maior é sempre melhor, mas há outros aspectos que precisam ser observados.
  • Quantidade de núcleos — mais núcleos também costumam oferecer mais desempenho, mas em troca tornam o processador mais caro. Se sua intenção for apenas jogar, uma CPU de 4 a 12 núcleos já é o suficiente. Caso pretenda trabalhar com edição de imagem e vídeo, desenvolvimento de jogos, modelagem e tarefas pesadas, busque por opções com mais núcleos, já que a economia de tempo compensa o preço mais alto.
  • Consumo (TDP) — indicado por Watts (W), é tratado no geral como um número básico de consumo do processador, apesar de ter algumas particularidades para cada marca. É preciso ficar atento no TDP, já que ele afeta não apenas a potência da fonte que você deve comprar sem ter problemas, como também o tipo ideal de cooler para resfriamento do chip. Esse ainda é um elemento importante na escolha de um notebook, já que classifica o nível de desempenho em que ele vai se posicionar. Nesse caso, quanto mais alto, mais potente é o notebook.
  • Geração — indica a que família uma CPU pertence, e tem papel importante por indicar a arquitetura utilizada, afetando assim o desempenho final do chip. Os dois primeiros dígitos dos nomes dos processadores costumam indicar a qual geração ele pertence (Intel Core i7 12700K de 12ª geração, AMD Ryzen 7 5700X da linha Ryzen 5000). Ambas também usam codinomes, normalmente terminados em "Lake" na Intel (11ª geração Rocket Lake, 12ª geração Alder Lake, 13ª geração Raptor Lake), e com nomes de artistas famosos do lado da AMD (Ryzen 5000 "Vermeer", Ryzen 6000 "Rembrandt", Ryzen 7000 "Raphael").
  • Placa-mãe — cada geração de processador das duas marca pode possuir encaixes diferentes, os chamados soquetes. Os da Intel costumam ter "LGA" + o número de pinos no nome (como o LGA1700 da 12ª geração), enquanto a AMD adota a sigla AM + um número (como o AM4 dos Ryzen 5000), e não é possível usar uma CPU com um soquete incompatível. É preciso conferir com qual soquete a CPU que você pretende comprar é compatível para poder selecionar a placa correta. Elas também demandam atenção no tipo de memória RAM (DDR4, DDR5), e a que categoria pertencem. Modelos que comecem com letra H (Intel) ou A (AMD) são básicas e entregam poucos recursos, enquanto a série B (tanto AMD quanto Intel) é intermediária, e já tem fôlego para CPUs mais potentes. Quem quer o melhor precisa procurar uma placa cujo nome comece em letra Z (Intel) ou X (AMD), que oferecem o que há de melhor. Vale destacar que uma placa-mãe muito simples para o seu novo Core i9 ou Ryzen 9 pode sim limitar o desempenho.
  • Preço — no fim das contas, o valor que você pode investir também deve ser levado em conta. Não é preciso gastar uma fortuna com um Ryzen 9 ou Core i9 se você pretende apenas jogar, mas também não se deve economizar demais ao comprar um Ryzen 3 ou Core i3 caso pretenda realizar atividades pesadas. Tente achar o equilíbrar sua decisão observando os pontos citados e o que vai ser feito no seu computador.

A dica de ouro é conferir análises de veículos especializados. Por mais que o tempo que os analistas têm com os produtos seja relativamente curto em comparação ao do usuário, muitas das falhas e problemas que podem surgir logo no primeiro uso são cobertos nos reviews. As análises também vão considerar inúmeras opções e avaliar o custo de cada plataforma, ajudando você a apostar no equilíbrio certo para sua necessidade.