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AMD muda nome de chips Ryzen mobile e confirma mescla de arquiteturas

Por| Editado por Wallace Moté | 08 de Setembro de 2022 às 11h10

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Pouco mais de uma semana após o anúncio dos aguardados Ryzen 7000, a AMD revelou que mudará o sistema de nomenclatura dos processadores nas variantes para notebooks. A ideia é tornar mais claro a que geração o componente pertence, quais recursos oferece e, mais importante, qual arquitetura é utilizada, agora que a gigante pretende mesclar com mais intensidade diferentes gerações de núcleos em uma mesma família.

A modificação foi anunciada em comunicado divulgado no blog oficial da empresa e seria um reflexo do crescimento vertiginoso da AMD no mercado de laptops — a fabricante afirma ter aumentado sua participação em 49% em apenas 2 anos. Outros motivos listados também incluem a expansão na quantidade de modelos disponíveis, e o desejo de criar um sistema mais informativo e flexível para as desenvolvedoras de dispositivos e o público.

Com a mudança, a CPU mobile mais poderosa para a família Ryzen 7000 será o Ryzen 9 7945HX, destoando do que é visto em desktops. Tomando esse chip como exemplo, o novo esquema de nomenclatura da AMD funcionará da seguinte maneira:

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Linha do modeloAno do portfólioSegmento de mercadoArquiteturaIsolamento de recursosFormato/TDP
Ryzen 97945HX
  • Ano do portfólio: deixa de simbolizar a geração para representar exatamente a que ano pertence o processador, possibilitando que vejamos, por exemplo, um chip com núcleos Zen 2 integrar a linha Ryzen 7000. O 7 refere-se a 2023, e a AMD já confirmou o 8 para 2024 e o 9 para 2025.
  • Segmento de mercado: representa a que linha a CPU pertence, no caso, à família Ryzen 9, e consequentemente indica a potência do produto. Outros segmentos incluem: 1 (Athlon Silver), 2 (Athlon Gold), 3 (Ryzen 3), 4 (Ryzen 3), 5 (Ryzen 5), 6 (Ryzen 5), 7 (Ryzen 7) e 8 (Ryzen 7/Ryzen 9), além do próprio 9 (Ryzen 9).
  • Arquitetura: pensada para entusiastas, simboliza qual microarquitetura de núcleo é utilizada no processador — no exemplo do 7945HX, temos núcleos Zen 4. Também devemos ver produtos equipados com as seguintes arquiteturas, utilizando os números: 1 (Zen 1 e Zen+), 2 (Zen 2), 3 (Zen 3 e Zen 3+), 4 (Zen 4), 5 (Zen 5) e assim sucessivamente para futuras arquiteturas.
  • Isolamento de recursos: dividido em 0 ou 5, representa o quão avançado é o chip dentro da linha, sendo 0 o mais simples e 5 o mais completo. A AMD também utilizará esse dígito para separar uma arquitetura de sua versão refinada. Ex.: Zen 3 (que utilizará o 0) e Zen 3+ (que adotará o 5).
  • Formato/TDP: Segue um padrão similar ao que já é utilizado atualmente para representar se o componente é destinado a um notebook gamer, laptop entusiasta, ultrabook ou dispositivo de entrada, mas agora ganha mais variantes. No total, serão 5 tipos: HX (máxima performance, 55 W ou mais), HS (laptops finos para gamers e profissionais, 35 W ou mais), U (ultrabooks premium, 15 W a 28 W), C (voltado para Chromebooks, 15 W a 28 W), além de e (variação da série U para dispositivos sem ventoinha, 9 W).

Outro exemplo dado pela empresa no comunicado é o Ryzen 5 7640U. Seguindo o sistema, temos 7 (2023), 6 (Ryzen 5), 4 (núcleos Zen 4), 0 (conjunto mais simples de recursos) e U (ultrabooks, 15 W a 28 W). Com a nova nomenclatura, a linha Ryzen 7000 para notebooks, que representa o portfólio para 2023, empregará 5 famílias de CPUs, e está confirmado que veremos versões renomeadas de processadores lançados em 2022 com núcleos Zen 3 e Zen 3+.

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Além dos já anunciados "Dragon Range" para entusiastas, da série 7045 com núcleos Zen 4 e o máximo de recursos, e "Phoenix", da série 7040 com Zen 4 e funcionalidades mais básicas, teremos as séries 7035 "Rembrandt-R" (Zen 3+), 7030 "Barcelo-R" (Zen 3) e 7020 "Mendocino" (Zen 2) — está última já anunciada em eventos passados, pensada para notebooks muito básicos na faixa de US$ 500 (~R$ 2.600).

É importante destacar que a modificação não afetará os processadores para desktop, que manterão o esquema de gerações e segmentos adotados pela AMD desde 2017, com a chegada da linha Ryzen 1000.

Ryzen 7000 mobile estreia em 2023

Desconsiderando as famílias renomeadas e a série Mendocino, os novos Ryzen 7000 Phoenix e Dragon Range prometem oferecer saltos substanciais de desempenho e, especialmente, de eficiência com a adoção dos núcleos Zen 4 e a litografia de 5 nm da TSMC. Reunindo as informações já divulgadas oficialmente com os rumores e vazamentos, teremos focos diferentes para cada um.

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Com gráficos integrados baseados na microarquitetura RDNA 3, a linha Ryzen 7000 Phoenix focará nos notebooks gamer, entregando performance robusta de CPU, e deverá beneficiar ainda os ultrabooks mais avançados por contar com GPU significativamente mais encorpada que as já bastante poderosas soluções presentes nos chips Ryzen 6000 — além da nova arquitetura, espera-se que essas iGPUs tragam o dobro de núcleos.

Já a família Ryzen 7000 Dragon Range deverá atuar como uma contraparte para os processadores Intel Alder Lake-HX, utilizando a mesma solução engenhosa de trazer o hardware das CPUs para desktop aos notebooks. Com isso, esses modelos atingiriam 16 núcleos e entregariam o máximo de desempenho proporcionado pelos núcleos Zen 4.

Como consequência, as GPUs integradas devem ser mais modestas, o que não deve ser exatamente um problema se considerarmos que laptops equipados com esses processadores sempre contarão com gráficos dedicados. Ambas as linhas estão previstas para estrear na primeira metade de 2023, com possível anúncio em janeiro, durante a CES.

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Fonte: AMD