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AMD anuncia placas-mãe baratinhas da série A620 para linha Ryzen 7000

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
Ivo Meneghel Jr/ Canaltech
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Apesar de empolgarem pelos altos desempenho e eficiência que apresentaram quando foram anunciados, os processadores Ryzen 7000 da AMD sofreram com um preço bastante elevado, não apenas da CPU, como da plataforma inteira (placa-mãe + memórias). Quase 8 meses depois, o time vermelho procura tornar suas soluções mais acessíveis com a estreia do chipset A620, série de placas-mãe de baixo custo que promete chamar a atenção de quem ainda relutava para entrar na nova geração, mas que traz algumas limitações importantes.

Conforme apontado por informantes que já puderam conferir alguns dos modelos apresentados, o chipset A620 utiliza o mesmo componente das irmãs B650 e X670 (o Promontory 21, ou apenas PROM21), mas ajustado para o foco no baixo preço. Dessa forma, estarão inclusas nas placas-mãe apenas pistas PCIe 4.0 — o usuário terá acesso a 32 delas. Outra consequência é que deve haver apenas um slot de expansão x16 para placas de vídeo e um slot M.2 x4 para SSDs, ambos em PCIe 4.0.

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Há outra limitação de peso descoberta apenas nesta segunda (3): a AMD recomenda que sejam usadas somente CPUs com consumo (TDP) de 65 W, como os recentes Ryzen 7000 sem o final X. No exemplo dado pela própria companhia está uma placa A620 combinada ao Ryzen 5 7600, 16 GB de RAM DDR5-5200 e uma GPU Radeon RX 6600 XT, alimentados por uma fonte de 450 W.

Soluções baseadas no A620 ofereceriam até 88 W para o soquete, mas essa característica é opcional, e alguns dos modelos de placa-mãe podem entregar menos energia. A gigante afirma que processadores mais exigentes podem ser suportados, mas haverá impactos no desempenho, especialmente quando todos os núcleos estiverem sob estresse. Mesmo assim, a empresa assegura que espera ver impactos mínimos em games.

Obviamente, diante desse fato, também não há suporte a overclocking dos processadores. Esse aspecto não é necessariamente um problema — não é de hoje que se sabe que placas que utilizam chipsets de entrada não têm fôlego para entregar energia suficiente para CPUs mais poderosas, por contarem com um sistema de alimentação (VRM) mais simples, o que pode afetar o desempenho nesses casos. A medida visa manter os custos baixos, e realmente não deve trazer perdas significativas caso o usuário selecione o processador certo.

Além disso, ainda há boas notícias, começando pela compatibilidade com o AMD EXPO, tecnologia equivalente ao Intel XMP 3.0 que aplica overclocking automático nos módulos de DRAM. Vale lembrar, porém, que apenas memórias DDR5 podem ser usadas, o que deve aumentar um pouco o preço final do kit para quem está entrando no ecossistema da AMD. Também haverá boa seleção de conexões, apesar dos cortes.

A AMD garante 2 portas USB 3.2 Gen 2 (com velocidade de 10 Gbps), 2 portas USB 3.2 Gen 1 (de 5 Gbps), bem como 4 conexões SATA III ou PCIe 3.0 para adição de mais armazenamento em forma de HDDs ou SSDs. Dito isso, as fabricantes parceiras responsáveis pelas placas, incluindo ASUS e Gigabyte, que estão entre as marcas que já anunciaram modelos A620, podem adicionar mais recursos caso desejem, como Wi-Fi e Bluetooth integrados.

O ponto mais forte do lançamento é o preço, esperado para partir de US$ 125 (~R$ 640) para os modelos mais simples de placa-mãe, ainda que já haja opções saindo por US$ 85 (~R$ 430) graças a promoções. Ainda não há detalhes de disponibilidade e preço para o Brasil, mas é provável que vejamos a novidade chegar nos próximos dias, com valores possivelmente estabelecidos na casa dos R$ 1.000+.

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Fonte: via WCCFTech, VideoCardz