4 teorias sobre a sequência de Zelda: Breath of the Wild
Por Igor Pontes | Editado por Bruna Penilhas | 08 de Abril de 2022 às 10h30
A continuação de The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi anunciada durante a E3 2019, mas os mistérios sobre o game permanecem firmes e fortes, já que pouquíssimos detalhes foram revelados até então. Não sabemos sequer qual será o título oficial — o produtor da franquia, Eiji Aonuma, comentou que o próprio subtítulo do jogo é um spoiler. Entretanto, é claro que os trailers divulgados foram suficientes para os fãs criarem teorias sobre a sequência do aclamado jogo de 2017.
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Novos detalhes ou mistérios sobre a sequência são descobertos com frequência pela comunidade de Zelda. Até mesmo o primeiro Breath of the Wild ainda esconde segredos que podem representar uma ligação com a continuação. Por isso, mencionamos a seguir três teorias sobre a próxima aventura de Link e Zelda, que está prevista para chegar ao Nintendo Switch em 2023.
4. As ligações com Skyward Sword e uma possível "trilogia"
Skyloft é a cidade aérea onde Skyward Sword, jogo de 2011, se passa. Algumas ideias falam sobre como o Forgotten Temple, local que até hoje é recheado de teorias e dúvidas não respondidas, pode ter uma ligação com o game que marca o começo da linha do tempo da franquia Zelda.
O Forgotten Temple de Breath of the Wild é recheado de Guardiões e possui uma estátua gigante da deusa Hylia, além de um Shrine para ser conquistado. O local parece ser, com toda certeza, um ponto importante da antiga Hyrule antes da calamidade de Ganon.
Em The Legend of Zelda: Breath of the Wild - Creating a Champion, livro que fala sobre o desenvolvimento do jogo, é explicado que o templo seria um local de adoração aos antigos heróis que salvaram Hyrule das garras de Ganon. Ainda conforme o Artista Chefe em Estruturas do jogo, Manaru Takehara, o templo é baseado em elementos de Skyward Sword.
As nascentes que representam as três partes da Triforce no jogo de Switch, também são inspiradas no jogo de Wii. Com elementos bem focados na aventura que marca o primeiro embate de Link e Ganon, existe a teoria de que o Forgotten Temple em Breath of the Wild seria o Sealed Temple de Skyward Sword.
Vale lembrar que The Legend of Zelda: Skyward Sword ganhou um remaster para Switch recentemente, em 2021. Ao disponibilizar o game no console moderno, o movimento poderia ser uma forma da Nintendo incentivar que novos jogadores entendam as referências e locais que serão apresentados na sequência de Breath of the Wild — ou até que fãs antigos refresquem a memória sem ter que recorrer ao jogo no Wii.
Existem outras conexões entre os dois jogos. A Tunic of the Wild, roupa clássica de Link, está guardada no Forgotten Temple. Também é lá que, segundo os Monges Sheikah, está a estátua mais antiga da deusa Hylia em toda Hyrule. E a estátua que é, teoricamente, a mais antiga de todas, é a do Sealed Temple. Apesar de não ter o mesmo tamanho que o Sealed Temple, é bem possível que o Forgotten Temple tenha sido construído em torno deste antigo local.
Ainda falando sobre os conceitos iniciais de Breath of the Wild, um deles foi reaproveitado para a sua sequência. Em artes conceituais, é possível ver uma montanha flutuando no ar, com uma silhueta que parecia ser Ganondorf no topo, esperando para enfrentar Link.
E se as ilhas que vemos no céu no primeiro teaser, escondem algo maior? Existem teorias sobre como a região flutuante pode ser o Sacred Realm, local onde a Triforce está guardada. Entretanto, essa teoria é um bocado mais improvável, já que a presença de um dos itens mais importantes da franquia é quase inexistente no primeiro Breath of the Wild.
Existe outra teoria sobre o destino de Link nos céus. No vídeo que anuncia o adiamento da sequência de Breath of the Wild, é possível ver o herói segurando uma versão destruída da icônica Master Sword, ao lado de um local com uma energia dourada no chão, como se fosse um poço ou um caldeirão.
E se o objetivo de Link nos céus, for reformar a espada usando a ajuda de Fi? Caso você tenha terminado o desafio Trial of the Sword e conseguido aumentar o nível de sua Master Sword ao máximo, sabe que existe uma cena em que a espada começa a brilhar e emite um som bem familiar. É Fi, entidade criada pela deusa Hylia para ajudar o herói a destruir Demise, que consequentemente reencarna em Ganon.
O que significa que, após anos em sono profundo, Link finalmente pode ouvir Fi mais uma vez na espada. Nos levando a seguinte teoria: e se o local erguido aos céus, ou escondido por alguma magia, for algo remanescente de Skyloft, e será acessado pelo Link para reconstruir a Master Sword?
Em The Legend of Zelda: A Link Between Worlds e em The Legend of Zelda: A Link to the Past, é possível evoluir a Master Sword até ela mudar de forma, ficando com a lâmina avermelhada e até mesmo com um visual dourado. Será que na sequência de Breath of the Wild, teremos uma mecânica parecida?
3. Link está corrompido?
É óbvio que algo estranho está rolando com o braço direito de Link na sequência de Breath of the Wild. O que aconteceu com ele, exatamente, ainda é incerto. Sabemos que o braço, o mesmo que empunha a Master Sword, entra em contato com a malícia de Ganon no trailer exibido na E3 2021 (acima). Nas cenas seguintes, ele já aparece como se estivesse amaldiçoado.
Já do trailer de anúncio, da E3 2019, vemos uma mão “selando” a malícia de Ganon, ou pelo menos alguém parecido com o vilão da franquia. Após alguma interação que dá errado, vemos uma grande confusão com Link caindo e a mesma mão segurando o personagem. Quando é colocado no que parece ser a Shrine of Resurrection, o mesmo visual do braço que estava selando Ganon, toma conta da mão de Link.
Por enquanto, podemos apenas especular sobre a tal mão. Talvez seja o herói que lutou pela primeira vez contra o vilão, mil anos antes dos eventos do primeiro jogo, como também pode ser um dos Sábios. Esses personagens, que possuem os poderes dos elementos e estão ligados ao Sacred Realm e a Triforce, poderiam ter força o suficiente para conter a malícia de Ganon.
De qualquer forma, a força que estava prendendo o vilão, agora também dá novos poderes ao protagonista — no trailer, vemos um trecho de gameplay que revela algumas habilidades inéditas, incluindo uma mecânica em que Link consegue reverter o tempo.
Mas, apesar de o braço estar “ajudando” Link de certa forma, algumas pessoas acreditam que o herói poderia estar sendo, gradualmente, corrompido pela malícia de Ganon. Será que no fim, a batalha do herói será interna? Existem algumas pistas que corroboram com a ideia de que o braço de Link pode estar corrompido, ou pelo menos no processo de corrupção.
O próprio estado da Master Sword pode indicar isso, já que a espada parece estar danificada pela malícia de Ganon. É curioso que o item também apresenta adornos parecidos com o braço de Link. Será que o poder também agiu para impedir a destruição completa da espada? Pelo menos, a indicação visual é essa.
E é aqui que chega o momento de citar outra possibilidade para a condição de Link. Pode ser que ele não esteja necessariamente amaldiçoado. E se ele foi abençoado pelos poderes da mão salvadora? Perceba que o braço verde do suposto espírito está cheio de adornos dourados, que também aparecem no braço preto de Link. Talvez este poder seja necessário para selar o mal de uma vez por todas, mas também seja um poder forte demais para o corpo do herói aguentar.
2. Zelda morrerá?
Essa teoria, apesar de ser algo que pareça estar fora de cogitação, não deve ser totalmente desconsiderada. Muitos acreditam que Majora’s Mask, por exemplo, é um jogo que fala sobre luto, morte e que até mesmo é uma jornada sobre como Link teve que aceitar a própria morte e a derrota contra Ganondorf.
Caso você não saiba, existem três linhas do tempo a partir de The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Uma delas conta com o Link adulto; outra com o Link criança; e uma terceira em que Link é derrotado. Majora’s Mask pode se passar nessa terceira linha do tempo. Mas por que estamos falando sobre isso?
Justamente porque não é difícil imaginar uma vindoura morte de Zelda, ou até mesmo de Link, durante a sequência de Breath of the Wild. Uma das lembranças do game de 2017 mostra a dupla fugindo de Guardiões, com Zelda despertando o poder da Triforce. Neste momento, fica claro que ambos estavam dispostos a se sacrificar para salvar um ao outro.
O que nos leva a possibilidade de, caso Zelda não tenha morrido no desabamento durante o despertar de Ganon (que vemos no trailer da E3 2019), ela pode se sacrificar para salvar Link em algum momento do game. Toda a jornada da personagem em Breath of The Wild é sobre se provar, mostrar sua força e capacidade de proteger quem amava e o seu dever de proteger Hyrule.
Embora não seja a nossa opção favorita, é possível que uma das formas de fechar esse ciclo seja justamente com a princesa fazendo o sacrifício final para selar Ganon, entregando sua vida e liberando o poder da Triforce, e quem sabe até mesmo, criando o item clássico da franquia através da sua morte.
Particularmente, não acho que esse será o caso, até porque adoraríamos ver Zelda como uma personagem jogável na sequência, mas não podemos descartar o terrível destino que a princesa pode acabar recebendo.
1. O jogo se passa em linhas temporais diferentes?
The Legend of Zelda: Ocarina of Time tem como um dos seus grandes acertos a viagem temporal de Link durante a jornada. Não vemos o protagonista usando este poder com frequência ao longo da franquia, mas algumas teorias acreditam que na sequência de Breath of the Wild, o herói do tempo voltará a fazer jus ao apelido.
Essa possibilidade não tem mais tanta força no momento. Mas não custa mencioná-la, não é? Até porque, a possibilidade existe de qualquer forma. Link possui acesso à tecnologia que pode congelar o tempo usando as Runas dos Sheikah, mostrando que o poder existe de alguma maneira naquela Hyrule. E caso algo terrível tenha acontecido com a princesa, já que o grande gancho do destino dela ainda é incerto, Link pode acabar voltando no tempo.
O Templo nos céus pode muito bem ser algo de antes dos eventos de Skyward Sword, e aquelas terras suspensas podem ser o começo de Skyloft após Hylia subir o povo aos céus para impedir a destruição deles por Demise. Isso, inclusive, poderia ajudar a reverter o estado decrépito da Master Sword, com ela sendo reconstruída justamente com o auxílio da deusa que a criou. E, assim, fazendo um paralelo com o jogo de Wii, em Link transformou a Goddess Sword na Master Sword, só que agora, restaurando a espada para seu estado máximo.
Ele até poderia reverter uma possível tragédia que possa ter acontecido com Zelda, o que impediria Ganon de ser destruído de uma vez por todas. Mas não creio que veremos Link voltar no tempo mais uma vez. Pelo menos não agora.
Apesar de aparecer de uma forma completamente diferente no reino dos céus, Link está usando roupas “modernas”. Não existe uma prova concreta de que os céus sejam uma parte do passado. E visto que o local aparenta estar abandonado, não faria sentido Link ser o único habitante daquele vasto reino nas nuvens.
Todas as nossas dúvidas serão respondidas somente em 2023, quando a sequência de The Legend of Zelda: Breath of the Wild for lançada.
Com informações de: Zeltik