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Preview Diablo 2: Resurrected | Um retorno nostálgico e emocionante para os fãs

Por| 18 de Agosto de 2021 às 20h02

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Divulgação/Blizzard
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Em meio a um turbilhão de denúncias de assédio e má conduta, a Blizzard, em breve, lançará Diablo II: Resurrected. A remasterização do clássico RPG de 2000 foi anunciada durante a edição online da BlizzCon 2021 e promete manter-se fiel ao original, mas com alguns toques que revivem a experiência para a modernidade.

A convite da Blizzard, o Canaltech teve a chance de jogar o beta fechado do game, que aconteceu entre os dias 13 e 17 de agosto. A seguir, explico porque este relançamento pode ser deleite para os fãs de longa data, mas frustrante para aqueles que estão acostumados apenas com a jogabilidade de Diablo III.

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Resurrected já impressiona no momento em que é aberto. A cutscene inicial que mostra Marius encontrando o Errante Sombrio foi recriada com gráficos atuais — e, naturalmente, os 21 anos de avanços na computação gráfica é notável quando comparamos com a cena original.

Já sabemos que a Blizzard manda muito bem com cenas cinematográficas, e isso não é diferente neste caso. Apesar do visual realista e cheio de detalhes, vale notar que as cutscenes mantém os enquadramentos e ângulos das cenas originais. Este é apenas um dos detalhes que vão de encontro com as promessas dos desenvolvedores da equipe da Vicarious Visions.

Em uma mesa redonda realizada durante a última Blizzcon, a qual pude participar, Matthew Cederquist e Andre Abrahamian, produtor e designer de Diablo II: Resurrected, reforçaram a ideia de que a remasterização não quer mudar os aspectos principais e a base do game de 2000.

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O que acontece é que Resurrected coloca um motor gráfico 3D "em cima" do código original, que permanece como a fundação principal. As artes e modelos foram recriados para atender ao visual tridimensional, mas vários assets originais puderam ser aproveitados e ajustados, como é o caso das asas de Tyrael. No PC, o jogo poderá entregar uma resolução de até 4K Ultra HD.

Entretanto, para aqueles que preferem reviver ou conhecer a experiência antiga, será possível jogar com os gráficos originais — no PC, essa alteração pode ser feita com apenas um botão. Para isso, Diablo II: Resurrected contará com dois servidores no lançamento: um para a versão remodelada, e outro para a original.

Preferi jogar o beta com os gráficos atualizados — aliás, joguei no PlayStation 5. Durante o gameplay, é possível notar que o novo visual do game oferece um excelente equilíbrio entre presente e passado: notavelmente, as texturas, animações e iluminação fazem uma tremenda diferença, mas a intenção não é oferecer o mesmo nível de realismo e detalhes que encontramos nas demonstrações de Diablo 4, por exemplo — até porque, as engines utilizadas são diferentes.

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A ideia é modernizar, mas sem alterar drasticamente a ambientação sombria do jogo original. Mesmo assim, o visual não deixa a desejar em absolutamente nada, seja nas texturas, na iluminação, nas animações ou nos modelos dos personagens e inimigos. Aliás, todo o clima infernal é fortalecido pela trilha sonora remasterizada, que está espetacular.

No quesito gameplay, jogadores veteranos de Diablo II estarão em casa. A jogabilidade que revolucionou os RPGs permanece intacta e não sofreu grandes alterações. A visualização do mapa, posição das regiões e segredos, incluindo a icônica fase das vacas, continuam da mesma maneira que os fãs guardam com carinho na memória.

No lançamento, Resurrected chegará com sete classes jogáveis: Amazona, Assassina, Necromante, Bárbaro, Paladino, Maga e Druida. No beta, escolhi seguir a minha tradição de dominar poderes mágicos e selecionei a Maga, cujas habilidades podem oferecer danos elementais de gelo, fogo e eletricidade.

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Como estou mais familiarizada com o gameplay de Diablo III, confesso que sofri um bocado na primeira hora de Resurrected. No começo, com poucas habilidades à disposição, enfrentar um grupo grande de inimigos sem a quantidade necessária de mana é praticamente garantia de morte. Não há como desviar dos golpes dos adversários, apenas correr desesperadamente para evitar a derrota.

A mana, por sua vez, é o recurso necessário para usar todas as habilidades especiais do personagem. Diferente do que acontece em Diablo 3, aqui ela não se regenera automaticamente. Portanto, é necessário administrar o uso de poções a todo momento.

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Pode-se até dizer que Diablo 2 tem uma jogabilidade estranha e dura para quem nunca o jogou. Para os guerreiros do Santuário de Diablo 3 que apreciam o gameplay frenético, a experiência com o antecessor pode ser um pouco frustrante. No meu caso, o botão de esquiva fez uma falta enorme no começo, bem como a regeneração automática de mana.

Mas, com um bocado persistência, deixei parte da minha experiência com Diablo 3 para trás e abracei os desafios do segundo jogo da franquia. Logo consegui habilitar um poder para a minha Maga que, basicamente, lança várias faíscas de eletricidade nos inimigos, extremamente útil para enfrentar hordas.

Talvez você esteja no time dos jogadores que não estão tão dispostos a encarar este tipo de gameplay — e tudo bem! Minha única dica para aqueles que não jogaram Diablo 2 antes e desejam conhecê-lo por meio da remasterização é: tenha paciência e esteja disposto a se adaptar aos desafios do gameplay. Não vá esperando encontrar toda a agilidade que existe em Diablo 3.

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Algo que pode facilitar um bocado a sua jornada é estar ao lado de amigos e outros jogadores. Será possível jogar o game cooperativamente entre até oito pessoas. Além disso, cada jogador tem direito a contar com o auxílio de um mercenário controlado pela inteligência artificial. Obviamente, caso esteja jogando no co-op, os inimigos também ficarão mais fortes.

Além dos novos gráficos, a Blizzard investiu em mudanças na interface. Agora, é possível checar informações avançadas de atributos na ficha do personagem, comparar itens no menu e muito mais.

Outro detalhe importante é que o baú pessoal do jogador teve seu tamanho aumentado, de 6x8 para 10x10. Há também a adição de uma aba de báu compartilhado, disponível para todos os personagens de uma mesma conta da Battle.net. A ideia é facilitar a transferência de equipamentos entre personagens e otimizar o tempo do jogador durante a organização dos itens.

Como Diablo é uma franquia que nasceu no PC, trazer toda a jogabilidade e mecânicas para os consoles ainda é um desafio para a Blizzard, mesmo com a estreia multiplataforma feita por Diablo 3. No gameplay de Resurrected, sinto que não enfrentei problemas para controlar a minha Maga — acho válido mencionar que sempre joguei mais no controle do que no teclado e mouse, então este costume faz muita diferença.

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Mas quando chegou a hora de administrar o inventário no PS5, perdi a paciência em alguns momentos e simplesmente desejei que estivesse em um computador para facilitar todo o processo. A interface do menu é intuitiva, mas os comandos para equipar, transferir e soltar itens complicam consideravelmente a vida de quem joga com controle — a interface de Diablo 3 dá de 10 a zero neste quesito. Talvez, com o feedback da comunidade, estes detalhes sejam aprimorados até o lançamento do jogo.

Pelo menos algo do beta ainda era muito familiar para mim desde o primeiro instante: em Diablo, é tudo sobre a build que você constrói. Depois, descobri que poções de mana não são tão caras assim. Deu tudo certo e agora mal posso esperar para jogar o game completo.

Com localização completa em português do Brasil, Diablo II: Resurrected será lançado em 23 de setembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X, Xbox Series S, Nintendo Switch e PC (via Battle.net). Além do jogo base e todo conteúdo adicional já lançado, a remasterização também inclui a expansão Lord of Destruction.

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O game oferecerá progressão compartilhada, permitindo que os jogadores acessem seus personagens e itens em diferentes plataformas. Caso você esteja interessado em testar Diablo II: Resurrected antes do lançamento, saiba que ainda haverá um beta aberto entre 20 e 23 de agosto — veja aqui como participar.

Nota do editor: neste momento, a Activision Blizzard está sendo investigada por denúncias de assédio sexual, assédio moral e má conduta. Para mais informações, clique aqui.