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Forza Motorsport faz revolução acessível e confortável a todos os pilotos

Por  • Editado por Jones Oliveira |  • 

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Captura de tela/Felipe Demartini/Canaltech
Captura de tela/Felipe Demartini/Canaltech

Forza Motorsport chega aos jogadores de todo o mundo em menos de um mês com a promessa de revolucionar a franquia. Para a desenvolvedora Turn 10, não se trata apenas de aproveitar os visuais das novas gerações de consoles e o ray tracing, mas também de mudar as engrenagens de uma franquia que flerta com os simuladores, mas faz questão de trazer a velocidade e a tecnicidade para o alcance de todos.

Reinventar a roda em um game de corrida, entretanto, não é tarefa das mais fáceis e não é como se a empresa tivesse feito isso — o que é ótimo. A primeira volta na versão renovada de Maple Valley, a pista clássica de Forza Motorsport, mostra de forma clara e precisa que ainda estamos em casa, ao mesmo tempo em que, com o perdão do clichê, há um novo e pulsante motor debaixo do capô.

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No trecho inicial do game a que o Canaltech teve acesso, somos levados do volante de um de um protótipo que representa o que há de mais avançado nas pistas de corrida aos carros de produção que introduzem o jogador ao mundo da velocidade. Uma introdução adequada para um game que, mesmo tendo os carros como protagonistas, parece estar mais focado do que nunca em quem está atrás do volante.

Potência não é nada sem controle

Ao se voltar aos aspectos mais básicos de Forza Motorsport em sua oitava iteração, a Turn 10 modifica totalmente suas estruturas internas. Na principal mudança da nova versão, o velho sistema de créditos para compra de carros e peças de melhorias dá espaço a uma plataforma mais solta de evolução, focada nos feitos dos jogadores nas pistas e recompensando a experiência dos usuários com o game.

Basicamente, quanto mais tempo você passar pilotando, mais elementos serão desbloqueados. Peças de melhoria, por exemplo, são liberadas na medida em que progredimos nas séries competitivas, com a tunagem sendo atrelada a cada máquina de forma específica. É o que leva a afirmações dos desenvolvedores de que Forza Motorsport teria uma dinâmica de evolução similar à de um RPG. Pode até ser verdade, mas de maneira extremamente simples e direta.

O game nos recompensa o tempo todo, deixando de lado o foco apenas em resultados para entregar pontos de experiência também pelas ultrapassagens bem-feitas, maestria em curvas complicadas ou bons tempos em setores complexos de um circuito. Há sempre uma contagem em crescimento sendo exibida na tela, mais ou menos como acontece em Forza Horizon, para deixar claro ao jogador que cada quilômetro rodado representa um pouco mais de evolução.

É como se a Turn 10 quisesse criar uma relação mais próxima entre o piloto e o veículo, com as customizações tendo um papel maior do que, apenas, ampliar a performance. A perspectiva, também, é de uma abordagem alternativa ao formato de “álbum de figurinhas” que tínhamos nos jogos anteriores, quase como se cada máquina fosse um personagem individual.

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Nesse ensejo, a interface pode ficar um bocado poluída pela quantidade de indicadores, que claro, podem ser desativados e manipulados pelos menus de configuração. Ao mesmo tempo, a curta amostra disponibilizada pela Microsoft deixou dúvidas sobre como a abordagem funcionará a longo prazo, principalmente em relação ao tempo necessário para uma evolução mais avançada de veículos, dentro de diferentes disciplinas de pilotagem e um “cardápio” com mais de 500 carros disponíveis no lançamento.

Por enquanto, porém, a sensação que fica é de satisfação, em mais um aspecto que conversa diretamente com a acessibilidade. Como nas versões anteriores, é possível customizar a dificuldade da inteligência artificial e a influência de assistências sobre a pilotagem, com auxílios de freio, curvas e controles de estabilidade; o ajuste segue fino como sempre, propiciando um aprendizado gradual das dinâmicas das corridas.

Caminhando ao lado dos sistemas de evolução, há também um incentivo para desativar tais ajudas, já que quanto maior o próprio controle sobre os carros, mais rápida será a progressão do jogador. Vencer séries anteriores, com carros mais básicos, libera novos veículos e competições avançadas, assim como novas pistas e elementos, com uma espécie de avanço combinado que abrange praticamente todos os aspectos de Forza Motorsport.

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Isso sem falar, claro, nas assistências de pilotagem para pessoas com deficiência visual, com certeza a maior novidade do game que chega neste ano. Já falamos dela e a disponibilização pública da versão de testes para jornalistas e influenciadores mostrou que o ideal da Turn 10 é possível. Só por isso, ela já merece um troféu.

Polindo a lataria

Nenhum game de nova geração, principalmente um com tanto foco na performance e na simulação, ficaria completo sem suas opções gráficas. Forza Motorsport, como toda opção exclusiva para uma determinada plataforma, chega com uma quase obrigação de entregar o ápice do que é possível fazer em termos visuais.

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No Xbox Series X, onde o experimentamos, o título apresenta três opções de configuração gráfica, igualmente voltadas para o tipo de experiência esperada. Há o tradicional modo de performance, que maximiza a contagem de quadros por segundo, ou a preferência visual, que foca na resolução; em meio a ambas, também está a adição do ray tracing, com um ajuste intermediário que tenta incluir o recurso sem fazer tão mal à taxa de frames.

Na visualização de veículos e cenas de corte, os detalhes brilham, enquanto nas corridas, não foi possível perceber reduções de performance significativas, mesmo nas pistas noturnas e com grande quantidade de veículos na tela. Mais do que ficar de olho em um contador de performance, entretanto, vale a pena prestar atenção nos detalhes de painéis, volantes e nos reflexos, que contribuem para uma experiência mais imersiva.

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Fora da série de tutoriais, onde dirigimos veículos de produção, e além da já conhecida Maple Valley, Forza Motorsport mostra a que veio em seu pacote gráfico logo na segunda corrida. Pilotar o Cadillac V-Series.R ao anoitecer na fictícia pista japonesa de Hakone, uma das novidades do novo game, deixa um gostinho de quero mais que incentiva a já citada progressão e a saída das categorias de base rumo ao estrelado das competições.

Ao sair das corridas de alta performance para a série inicial, durante nossa experiência com o game, fica a sensação de que o verdadeiro encanto de Forza Motorsport se materializa na ponta dos dedos de cada jogador. Sem deixar a simulação de lado, o que a Turn 10 parece nos entregar é a experiência mais pessoal já preparada na franquia.

Entre aspectos técnicos, novas mecânicas e visuais renovados, a verdadeira revolução está no pacote completo, e não em elementos específicos. Ao abraçar todo o público, desde os novatos aos veteranos e até mesmo aqueles que acreditavam que jamais poderiam experimentar um game de corrida, a produtora leva Forza Motorsport a um ápice ainda mais alto que todos os anteriores.

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Quando Forza Motorsport será lançado?

Forza Motorsport chega em versões PC e Xbox Series X e Series S no dia 10 de outubro de 2023. O game estará disponível no serviço Xbox Game Pass na data de lançamento.