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Os 10 melhores jogos lançados para o NES

Por| 27 de Junho de 2020 às 09h30

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Os 10 melhores jogos lançados para o NES
Os 10 melhores jogos lançados para o NES
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Mesmo diante de verdadeiras “naves” como o PlayStation 4 e Xbox One no mercado atual, ninguém consegue negar um ímpeto de respeito e reverência pelos clássicos dos clássicos, aqueles jogos primordiais que, mesmo sendo lançados em plataformas de hardware tão defasado se comparado ao que existe hoje, estabeleceram padrões que influenciam até mesmo a mais detalhada das produções vencedoras de prêmios e sucessos de crítica.

O Nintendinho 8-bit (ou, pelo nome mais técnico, “NES”) é provavelmente o exemplo mais óbvio dessa era que, embora primária no que tange a recursos e tecnologia, vive na memória até mesmo de quem sequer era vivo naquela época e só conheceu o conceito de “retrô” por pais, irmãos ou amigos mais velhos que lhes introduziram a esse meio.

Pensando nisso, o Canaltech traz para você a lista dos 10 melhores jogos lançados para o NES. Estamos falando de sucessos em inovação e criatividade numa época em que esses dois quesitos imperavam em meio à tecnologia restritiva da ocasião.

10. Uncharted Waters

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Um jogo pouco conhecido até mesmo na época do NES, Uncharted Waters foi uma produção que passou por baixo do radar de muita gente. Produzido pela Koei (hoje, conhecida como uma das metades da Koei Tecmo), este jogo era ambientado na Era dos Descobrimentos (com alguns livros de história referindo-se ao período das “Grandes Navegações”).

Baseado nos gêneros de simulação e RPG, Uncharted Waters usava de forma ampla elementos reais da História, inclusive com alguns nomes bem conhecidos para quem ia bem no Ensino Fundamental, como o Rei Manuel (embora o jogo não esclareça tratar-se de Manuel I ou Manuel II). Você tinha que gerenciar seus recursos e dependia de ouro para financiar grandes expedições, além de recrutar marinheiros em tavernas e enfrentar dificuldades variadas como tufões marítimos, recifes de coral e até eventos paranormais como desaparecimentos no Triângulo das Bermudas. Tudo isso no intuito de restaurar o prestígio de sua família ao estabelecer rotas comerciais, fazer amigos na alta sociedade ou enfrentar e derrotar piratas e outros marinheiros famosos.

9. Vice: Project Doom

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Outro jogo que acabou passando batido para muitos, mas que preconizou mecânicas usadas em vários jogos atuais, Vice: Project Doom colocava você na pele de um detetive que se viu às avessas em uma investigação envolvendo alienígenas e a distribuição de um novo tipo de comida que, secretamente, era uma droga altamente viciante.

Aqui tínhamos um título que reunia progressão lateral e elementos de plataforma bastante similares a Ninja Gaiden, além de porções conduzidas atrás de um carro e até pedaços em tiro em primeira pessoa. Eram 11 níveis com alta curva de aprendizado e valorização de dificuldade de fazer inveja a qualquer Contra. O mais legal é que você pode jogá-lo ainda hoje, bastando apenas comprá-lo na loja online do Nintendo Switch.

8. Rygar

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Se você está familiarizado com o termo metroidvania e sabe o porquê de sua existência (jogos que misturam elementos de Metroid e Castlevania, basicamente), saiba que Rygar foi um dos títulos que preconizou esse subgênero, aliando elementos de plataforma e combate em terceira pessoa, mas amplificando a jogabilidade com um senso de alerta e urgência que, hoje, só é comum em jogos que bebem da fonte de Dark Souls e afins.

O que queremos dizer com isso? Rygar era um jogo difícil pra caramba. E seus problemas não se limitavam apenas a inimigos difíceis de transpor com seus ataques, mas também porque não havia nenhum tipo de salvamento de partida: morreu? Azar, comece o jogo todo de novo. Tudo isso para obter cinco joias sagradas e, com elas, poder desafiar o chefão final. O mais interessante, porém, era o incentivo a revisitar áreas já exploradas, pois, tal qual Metroid, alguns segredos só poderiam ser obtidos mediante a aquisição de itens mais à frente no enredo.

7. Marble Madness

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De todos os itens desta lista, Marble Madness é possivelmente o jogo mais simples, o que não é um sinônimo para “fácil”. Embora seja verdade que jogadores mais experientes consigam terminar esse título em cinco minutos ou menos (Marble Madness possui apenas seis níveis), a progressão isométrica e o uso de cores variadas em um sistema 8-bit tão limitado quanto o NES causam mais confusão que solução, fazendo deste um título relativamente desafiador a quem é mais incauto.

Pense Super Monkey Ball, mas de uma forma bem reduzida. Em uma época em que jogos desse tipo não eram lançados com frequência, Marble Madness tornou-se um produto cult, angariando seguidores que, até hoje, brincam em suas inúmeras rampas por meio de emuladores.

6. Ninja Gaiden II

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O primeiro jogo em si já é um clássico inenarrável, mas foi Ninja Gaiden II quem trouxe a merecida fama à franquia criada pela Tecmo como uma das mais elevadas em nível de dificuldade e gameplay. Foi nesta sequência que fomos devidamente introduzidos a mecânicas mais inteligentes de combate, com inimigos mais poderosos e resistentes aos seus movimentos, exigindo que você mudasse sua forma de abordá-los se quisesse superá-los.

Não contente com isso, Ninja Gaiden II também mostrou um foco especial na história, criando uma narrativa bem amarrada, cheia de revelações inesperadas e diálogos imprevisíveis, com maiores reviravoltas encapsuladas em um trabalho visual que, diante do poder técnico do Nintendinho, mostrou ser um dos mais bonitos da época.

5. Teenage Mutant Ninja Turtles 3: The Manhattan Project

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O terceiro jogo das Tartarugas Ninjas no NES foi o que culminou no melhor uso da marca, até então produzida pela KONAMI nos videogames. Trazendo não apenas várias correções que seus dois predecessores diretos careciam, TMNT 3 também bebeu muito da fonte de Turtles in Time, um clássico que, por si só, dispensa apresentações.

O resultado disso foi um jogo com progressão rápida por 10 níveis, em elevado nível de dificuldade. Apesar disso, cada fase era melhor que a outra, principalmente se o jogador tivesse um companheiro para enfrentar milhares de soldados do Clã do Pé, além de encarar os chefões mais conhecidos do desenho.

4. Double Dragon 2

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Trazendo a franquia de volta à fórmula tradicional depois de uma tentativa desastrosa de portar o original de arcade com elementos de RPG, Double Dragon 2 é possivelmente o melhor beat’em up da “era Nintendinho". O jogo levou a plataforma às alturas ao aliar esmero visual e texturas bastante trabalhadas a um jogo de progressão lateral que trazia altas variações de dificuldade, excelente diálogo e chefões de fase cada vez mais criativos.

O ponto alto de Double Dragon 2 era justamente o de salpicar vários gêneros, mas sem perder a sua essência: sim, ainda era um jogo tipicamente “ande-da-esquerda-para-a-direita-e-desça-o-braço-em-quem-vier”, mas em um momento você fazia isso pelas ruas, enquanto outro o via escalar fases verticais aos saltos ou derrubando ocupantes de um helicóptero na voadora. De forma fluída e incrivelmente cativante, Double Dragon 2 tornou-se um dos jogos mais populares de toda a história dos games (e um que definitivamente merecia um remake).

3. Mike Tyson’s Punch-Out!!!

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Chegamos ao top 3 de nossa lista com esse jogo igualmente divertido e estressante, cortesia do “chefão final” que ilustra o título da produção: um certo ex-campeão mundial profissional conhecido por morder a orelha alheia.

Pois é, Punch-Out foi originalmente lançado no arcade, enquanto esta adaptação para o Nintendinho viu o icônico campeão mundial emprestar seu nome e aparência, consistindo em um dos chefes mais difíceis de todos os tempos e o último obstáculo na trilha de Little Mac (você, no caso) em sua busca pela glória do cinturão.

Os visuais eram bastante trabalhados e cartunescos, representados com maior detalhe nos dois lutadores no ringue: icônicos nomes e visuais como Glass Joe e Soda Popinski tornaram-se populares por causa desse jogo, a ponto de um remake - sem Tyson - ter sido feito no Nintendo Wii e o clássico (novamente, sem o campeão) ser recondicionado no miniconsole NES Classic.

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2. Contra

A quintessência dos jogos de tiro com dificuldade imperdoável, Contra era, em sua época, o Dark Souls do Nintendinho se o título da From Software tivesse armas e dois marombados que resolviam literalmente todos os problemas com tiros e flexões do bíceps.

O interessante aqui é que, ao contrário de outros jogos desta lista, a grande estratégia de Contra era justamente o de não haver nenhuma estratégia: você segurava o botão de tiro e corria pra caramba, até eventualmente chegar ao chefão da fase. O problema era que, mesmo assim, a quantidade de inimigos, projéteis, itens e outras texturas na tela era tão grande que a confusão estava armada antes mesmo de você revisar.

Ah, e já te contamos que você morria com um tiro e a quantidade de vidas e continues era extremamente limitada?

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1. Metroid

Possivelmente o mais influente jogo de toda a nossa lista, Metroid, o original do NES, tinha uma certa falta de polidez, mas isso em nada desfavorecia um jogo que introduziu inúmeros conceitos praticados até hoje: basicamente, ele coloca você no papel da mercenária Samus Aran (o que por si já era inédito, já que o jogo todo dava a impressão que você estivesse jogando com um homem) e seu objetivo primário era derrotar a facção liderada pela força alienígena Mother Brain.

Nada de caminhos pré-programados, nada de guias ou tutoriais. Era apenas você, sua arma e vários inimigos pulverizados por fases grandiosas que permitiam seguir vários caminhos, contendo o que havia de mais avançado no gênero de plataformas e um volume de dificuldade até hoje respeitado pelos gamers mais velhos.

Metroid definiu um gênero do qual muitos jogos tirariam proveito: a progressão multidirecional em Castlevania se deve a este jogo e, diante de tanta receptividade por parte do público, é de se estranhar que a Nintendo tenha deixado essa franquia um pouco de lado. O bom é que o Metroid original está disponível tanto no miniconsole NES Classic como na loja virtual do Nintendo Switch.

Só os velhos no rolê…

Rankings de jogos com quase ou mais que 30 anos são bem complicados de serem feitos por apelarem especificamente ao público mais velho. Felizmente, todas as grandes empresas têm por prática reviver seus clássicos por meio de suas lojas online, o que consiste em uma oportunidade de mostrarmos aos mais novos como era o mundo gamer sem essas regalias de autosave e multiplayer online.

Por isso, apelamos a você, leitor gamer da meia idade: quais jogos dos tempos áureos você recomendaria aos mais novos? Qual dos títulos lançados “quando isso aqui era só mato” você gostaria de ver essa geração mais nova jogar? Conte para nós nos comentários abaixo!