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Konami aumenta salários em meio à crise na indústria de games

Por| Editado por Durval Ramos | 09 de Abril de 2024 às 11h27

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Matt Williamson/Creative Commons
Matt Williamson/Creative Commons

A Konami anunciou nesta semana um aumento geral nos salários de seus funcionários pelo terceiro ano consecutivo. O incremento tem origem na percebida crise no mercado de games, com a empresa afirmando que deseja dar mais segurança e bem-estar a seus trabalhadores em um momento em que as demissões têm sido a regra da indústria global de jogos.

Como a medida também visa a aquisição de novos talentos para a companhia, os salários iniciais também aumentaram. Atualmente, eles são de 295 mil ienes mensais e passarão para 300 mil ienes, cerca de R$ 9,9 mil em uma conversão direta, a partir deste mês. O aumento acompanha de perto o índice de inflação do país, que é de cerca de 2%.

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Esse incremento de cinco mil ienes, aproximadamente R$ 165 segundo a cotação desta terça (9), também vale para trabalhadores de todos os níveis. Como os salários no Japão são calculados de forma anual, o total adicional corresponde a 60 mil ienes, ou aproximadamente R$ 1,9 mil.

Ao anunciar os aumentos, a Konami falou ainda em uma visão de longo prazo que preza pelo desenvolvimento sustentável de jogos e criação de grupos de talentos para produção de títulos de qualidade. Para os executivos, o aumento dos salários é uma medida importante para maximizar o potencial de competição diante dos rivais do mercado global e, principalmente, japonês, seu grande foco atual.

No Japão, a indústria é diferente

A Konami, aliás, foi uma das poucas a quebrarem a hegemonia da Nintendo entre os 10 games mais vendidos do Japão em 2023. Ela aparece em quinto lugar com o board game digital Momotaro Dentetsu World: The Earth Spins with Hope, enquanto a lista é composta por oito títulos da "Big N", com The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom no topo. A única outra exceção ficou com a Square Enix e o oitavo lugar de Dragon Quest Monsters: The Dark Prince.

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O mercado japonês fechou o ano passado com quase US$ 3 bilhões registrados em vendas e um aumento de 7,8% em relação a 2022. Os 10 jogos mais vendidos do ano, aliás, são todos de Nintendo Switch, enquanto os totais divulgados em fevereiro pela revista Famitsu levam em conta apenas os jogos físicos, que ainda são maioria em vendas no país.

A Konami, aliás, não é a única a aproveitar o momento para aumentar os salários dos funcionários. Em março, a Capcom fez um anúncio semelhante, com aumento de mais de 27% para novos talentos e 5% para níveis superiores e atuais trabalhadores. Assim como no caso da Konami, a intenção é reter os profissionais atuais e adquirir novas cabeças que contribuam para a sequência positiva de títulos da companhia nos últimos anos.

A Nintendo também fez o mesmo, anunciando em fevereiro um incremento médio de 10% nos pagamentos. No final de março, porém, a empresa também anunciou que estaria encerrando contratos de terceirização, em uma reestruturação que vai envolver a criação de novos postos permanentes de trabalho no futuro.

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Enquanto isso, deste lado do mundo, a indústria de games já registrou mais de oito mil demissões apenas nos quatro primeiros meses de 2024. As maiores foram registradas em nomes de peso como Twitch (500), Riot Games (530), PlayStation (900), Unity (1.800) e Activision Blizzard (1.900), em meio a uma percebida saturação do mercado e reorganizações após uma crescente de contratações e aprovações de projetos durante a pandemia da covid-19.

Com informações do GamesIndustry.