Final Fantasy 14: por que vale a pena jogar
Por Lucas Arraz • Editado por Bruna Penilhas | •
22 milhões de jogadores. Esse é o número de aventureiros que já embarcaram no mundo de Final Fantasy XIV. O MMORPG da Square Enix reverteu um lançamento fracassado com atualizações constantes e, atualmente, é o jogo mais famoso de seu gênero.
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Com a Blizzard tendo dificuldades para manter World of Warcraft atualizado e sem bugs, streamers de grande porte, como Asmongold, trocaram o jogo por Final Fantasy 14, levando seguidores a fazerem o mesmo.
O resultado não demorou a aparecer. Final Fantasy 14 fechou o primeiro semestre de 2021 ostentando o recorde de 47.545 jogadores simultâneos, superando, inclusive, o clássico World of Warcraft. A alta procura fez até mesmo a versão digital do jogo “esgotar” no site da Square Enix, que suspendeu a adesão de novos jogadores em julho enquanto reforçava os servidores.
Por que começar a jogar Final Fantasy 14?
Muitos jogadores descobriram o mundo de Eorzea, cenário de Final Fantasy 14, neste ano. Outros, viram o jogo se reerguer das cinzas após um lançamento com pouco conteúdo e muitos problemas de estabilidade. Não importa o grupo, se você pensa em se juntar às aventuras do MMORPG, o Canaltech explica a seguir porque vale a pena começar a jornada.
Gratuito para começar
Assim como World of Warcraft e outros MMORPGs que recebem conteúdo adicional ao passar dos anos, Final Fantasy 14 cobra uma mensalidade para os jogadores continuarem ativos nos servidores. No Steam, a taxa cobrada mensalmente é de R$ 41,99.
A mensalidade não é atrativa e acessível, uma vez que o jogo e as atualizações também precisam ser compradas pelos jogadores. A boa notícia é que a Square Enix permite que você experimente boa parte da história de Final Fantasy 14 gratuitamente.
Novos jogadores que nunca gastaram dinheiro em Eorzea podem comprar o jogo e baixá-lo sem aderir a mensalidade. Inicialmente, é possível jogar as duas primeiras expansões, Realm Reborn e Heavensward, de graça. Jogadores podem evoluir personagens até o nível 60, sem pagar a assinatura.
No entanto, as adições, raças e profissões de expansões mais recentes, além da possibilidade de participar de guildas, são conteúdos reservados a assinantes desde o começo.
Atualizações constantes
O reino de Eorzea não para de receber conteúdo. Quando Final Fantasy 14 foi lançado em 2010 como sucessor do também online Final Fantasy XI, muitos desacreditaram do título que a Square Enix tinha desenvolvido. A aventura não tinha conteúdo suficiente, história desinteressante e muitos bugs.
A equipe de desenvolvimento, no entanto, não desistiu. Eles continuaram atualizando a aventura, enquanto trabalhavam em recriar Final Fantasy 14 do zero. Em 2013, a expansão Realm Reborn foi lançada, recomeçando tudo que era conhecido sobre o jogo e dando início ao caminho de sucesso do título. O recomeço foi tão levado a sério, que a história do game levou a destruição do mundo do título na atualização.
A Square Enix continua com as atualizações constantes e massivas de conteúdo. Quatro já foram lançadas até o momento e a mais recente, Shadowbringers, entrega ao jogador o conteúdo de todas as expansões anteriores.
O próximo capítulo dessa história, Final Fantasy 14: Endwalker, será lançado em 23 de novembro para PlayStation 5, PlayStation 4 e PC. Entre as novidades está a nova classe “Reaper”, que usa uma foice e invoca um avatar do Void para auxiliar o jogador nos confrontos.
Comunidade
Final Fantasy 14 possui uma comunidade bastante unida e, na maior parte do tempo, receptiva com novos jogadores. No Brasil, o jogador Fernando Tengu mantém, junto com os seguidores, uma guilda dedicada a ajudar e acompanhar novos jogadores a explorarem o vasto mudo de Eorzea. A comunidade se tornou tão unida que até casamento rolou.
Na guilda de Tengu, um grupo de jogadores experientes ajuda iniciantes nas primeiras missões de Final Fantasy 14, tornando esse mundo, que pode ser assustadoramente grande e cheio de possibilidades, mais acessível.
A comunidade também é reconhecida por se unir em homenagens. Quando Kentaro Miura, autor do icônico mangá Berserk, faleceu aos 54 anos no início de maio, jogadores de diversos servidores de Final Fantasy 14 formaram filas nas maiores cidades do jogo para homenagear o autor. A classe Black Knight do título da Square tem visual inspirado na arte de Miura em Berserk.
O número de participantes foi tanto que o jogo enfrentou problemas ao tentar renderizar os avatares ao mesmo tempo.
Muitas classes e estilos de jogo
Final Fantasy 14 tem um gama imensa de classes e estilos de jogo. O jogador é livre para customizar seu guerreiro com várias raças disponíveis. Cada classe possui missões, habilidades e profissões próprias. A diversidade permite a reunião de grupos, em que cada jogador vai possuir uma missão específica na hora das batalhas.
Dos personagens defensivos das classes de suporte, atividades em grupo ficam mais divertidas e estratégicas com a diversidade do jogo. Como outros jogos da franquia, Final Fantasy 14 também apresenta um sistema de profissões. Aqui, o jogador seleciona uma classe base e parte para uma missão especial que habilita uma profissão como monge, mago branco ou paladino.
Além das classes de combate e defesa, o game inclui opções para jogadores que querem se especializar como geradores de recursos, minerador, ouvires ou pescador. Um dos principais diferenciais e atrativos de Final Fantasy 14 é a possibilidade de acumular profissões livremente, podendo explorar ao máximo as opções do MMORPG.
Um MMORPG otimizado nos consoles
Trazer um MMORPG para consoles é uma tarefa difícil. Diferente dos teclados, os controles possuem comandos limitados para as inúmeras funções da interface de um jogo deste gênero. A ausência de um mouse também poderia ser um problema para trazer Final Fantasy 14 para os videogames, mas este não é o caso.
A Square Enix fez um bom trabalho em converter os controles do jogo e da câmera para os consoles PlayStation. Final Fantasy 14 está disponível para PS4, Windows e macOS e conta com suporte multiplataforma, para que amigos de PC e consoles consigam sempre jogarem juntos nos servidores.
O título ainda desembarca na nova geração com suporte a resolução 4K e upgrade gratuito para quem começou a aventura no PS4. A atualização de PlayStation 5 estreia junto com Endwalker, em 23 de novembro.
Fonte: The Enemy, Square Enix