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Os 10 melhores jogos da série Final Fantasy

Por| Editado por Jones Oliveira | 02 de Março de 2020 às 09h19

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Divulgação/Square Enix
Divulgação/Square Enix
Tudo sobre Square Enix

Iniciada ao final da década de 1980, Final Fantasy estabeleceu elementos hoje utilizados por uma miríade de jogos do gênero de RPG. E mesmo diante de tantas outras opções em outras franquias — algumas até desenvolvidas pela própria Square Enix —, Final Fantasy ainda mantém um posto de destaque no mundo dos games. Prova disso é a comoção gerada na comunidade dos jogos sempre que um novo título da série está prestes a ser lançado.

Diante de tantos sucessos — ainda que realmente haja alguns pontos baixos na saga —, como escolher, de forma justa, o melhor Final Fantasy de todos? Trata-se de fato de uma tarefa bastante ingrata, mas o Canaltech tentou estabelecer um ranking (totalmente opinativo, então está liberada a discordância nos comentários) promovendo os títulos mais lembrados da franquia na mente dos fãs. Vale o aviso: fizemos o máximo para evitar isso, mas algumas entradas abaixo podem conter spoilers, então considere o alerta durante a sua leitura.

10. Final Fantasy X

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O primeiro jogo da franquia totalmente em HD, pensado para o PlayStation 2, trazia visuais em 3D e uma história um tanto bagunçada. Final Fantasy X é bem grande em escala, embora não se note aqui o caráter épico de algumas das entradas posteriores neste ranking, mas ainda assim é uma experiência única que conta com dois protagonistas distintos e um sistema de evolução de personagens incrivelmente criativo e intuitivo.

Aqui, você controla Tidus, um exímio jogador de blitzball que, por uma série de razões, acaba sendo levado pela figura mitológica Sin para mil anos no futuro do mundo de Spira — ou pelo menos é o que o início do jogo lhe faz pensar. Reviravoltas de enredo na segunda metade do jogo acabam dando o tom narrativo que faltou em todo o restante do jogo, ainda que os personagens em si, salvo raras exceções, falhem em cativar de fato.

Nos combates em si, esse foi um dos primeiros jogos da franquia a adotarem um método mais tradicional de confrontos por turnos, abandonando o sistema ATB (Active Time Battle) característico da série até então. E, no geral, a narrativa serve como um bom pano de fundo para estabelecer e evoluir as relações entre os personagens em si: sozinhos, eles não vingam, mas juntos os laços entre todos mostram um enredo coeso e bem amarrado.

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9. Final Fantasy V

Esse é possivelmente um dos títulos mais subestimados da franquia e você provavelmente está se armando para o apedrejamento nos comentários, mas segure os ânimos aí: Final Fantasy V realmente foi superado — sem muita dificuldade, aliás — em praticamente todos os seus aspectos: enredo, construção de personagens, jogabilidade, trilha sonora… quase todos esses conceitos foram melhor aplicados em outros jogos da longeva série.

O que torna Final Fantasy V memorável é o fato de ele ter estabelecido alguns padrões que até hoje são aplicados de uma forma ou de outra em jogos subsequentes: o sistema de Jobs (ocupações específicas para cada personagem, com atributos ajustados de acordo) apresentado aqui foi o primeiro a receber uma enorme atualização frente ao primeiro e terceiro jogos da série, permitindo que você trocasse a ocupação de seu personagem sem perder algumas de suas habilidades mais compartilháveis.

Um mago branco arqueiro? Claro, por que não? Um guerreiro resistente que segura danos altos, com capacidade de manejar duas armas tal qual um ninja? O céu era o limite aqui e, embora o sistema de Jobs seja hoje relegado a jogos online da franquia ou spin-offs específicos, você verá que outras entradas deste ranking ainda possuem esse mesmo tipo de progressão. Eles mandam bem nisso, mas foi Final Fantasy V que começou com tudo.

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Além do mais, diante da infinidade de possibilidades de abordagem às inúmeras batalhas do jogo, Final Fantasy V, originalmente lançado em 1992, continua tão jogável hoje como naquela época — e você vai precisar dessa criatividade, já que esse é um dos títulos mais complicados de toda a série.

8. Final Fantasy II

O que mais conta a favor de Final Fantasy II é o fato de que este é o primeiro com personagens estabelecidos, fugindo do formato básico de “heróis padrão sem nome que derrubam o vilão malvado” adotado pelo game original. Foi aqui que a Square começou a se firmar como uma empresa que preza pela construção narrativa e estabelecimento de personagens com os quais os jogadores possam sentir empatia e envolvimento.

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Entretanto, pesou muito contra ele o fato de ter aparecido no Ocidente apenas em 2002, quase 25 anos após o seu lançamento original no NES (Famicon, no Japão). De lá para cá, Final Fantasy II tornou-se incrivelmente multiplataforma e versões dele podem ser encontradas até no Android ou iOS (elas cobram um preço bem salgado pela nostalgia: R$ 69,90 em ambas as plataformas).

Outro ponto negativo é o fato de que ele negligenciou o sistema tradicional de evolução de personagens (o famoso level up) por um em que você só aprimora aquilo que utiliza. Foi uma tentativa falha da Square Enix de adicionar um elemento realista ao jogo (convenhamos, se você só usar uma espada, não se tornará proficiente em armas de fogo, certo?) em uma época que só queríamos enfrentar uns monstros sem muita complicação. Vale pelo clássico, mas há outros bem melhores.

7. Final Fantasy Tactics

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Temos aqui um jogo da franquia que mais se assemelha à série Game of Thrones (tirando, claro, o sexo entre irmãos e a violência desmedida): um exemplo de enredo, Final Fantasy Tactics coloca você, um herdeiro de família nobre, no meio de uma guerra entre duas facções (a “Guerra dos Leões” — o Leão Branco e o Leão Negro) pelo controle do mundo de Ivalice. Nessa história, vemos polarizações políticas, manipulações de grupos e pessoas, e até mesmo um apreço pela religião, mas o real destaque fica para o combate.

Final Fantasy Tactics é o primeiro da franquia a entrar no subgênero “SRPG”, uma sigla que basicamente se traduz para “RPG de estratégia”. Ao contrário das batalhas por turnos adotadas no passado, o game segue uma abordagem mais robusto, tecendo um sistema de Jobs bastante aprofundado, com personagens em classes que carecem de extremo planejamento e cuidado para que sejam evoluídas ao máximo, em lutas de facções com vários personagens em um tabuleiro, onde você vai movendo os participantes em posições estratégicas que vão além do ataque e defesa, mas consideram também fatores como terreno elevado ou plano e premissas elementais. Pense em "xadrez" com esteroides.

Final Fantasy Tactics é um dos jogos mais lembrados de toda a franquia e, embora não seja uma parte da série principal numerada, atingiu status de primeira grandeza junto aos fãs. Definitivamente, se tem algum jogo que merece um remake, é este.

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6. Final Fantasy XIV: A Realm Reborn

Saindo do plano estratégico para os terrenos do MMORPG, Final Fantasy XIV: A Realm Reborn tem posição de destaque aqui não apenas pela sua excelência enquanto jogo, mas também por ser o mais sincero pedido de desculpas de uma empresa para com seus fãs. A Square Enix já havia lançado um “FF14” antes, mas seu desempenho no geral era, dizendo de maneira educada, “fraco” na melhor das hipóteses.

A Realm Reborn, basicamente, é o décimo quarto jogo da franquia refeito após um ano do seu lançamento, com a publisher japonesa assumindo o erro e refazendo o material como ele deveria ser, sem pressa por prazos e com liberdade criativa total. E o melhor: o erro do passado não foi simplesmente descartado, fingindo que nunca ocorreu, mas sim incorporado ao enredo do novo produto.

Final Fantasy XIV tem duas fases distintas: “Before the Fall” e “After the Fall” (“Antes” e “Depois da Queda”, respectivamente), amarrando o erro anterior como uma espécie de “fim de mundo” do qual as muitas raças se reergueram dentro do novo jogo e perfeitamente simbolizando a transição do jogo péssimo inicialmente lançado, ao produto cheio de qualidade do relançamento.

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Adicione a isso os elementos característicos de um MMORPG de sucesso — quests variadas e numerosas, extrema dedicação à evolução de seu personagem, um sistema de Jobs intrínseco e intercambiável e diversos elementos narrativos com várias referências ao cânone principal — e Final Fantasy XIV: A Realm Reborn se consagrou como um dos jogos mais bacanas da atual geração, já contando com três grandes expansões e ainda seguindo firme na ativa.

5. Final Fantasy VIII

O oitavo jogo da série principal da Square Enix é um dos mais divisivos do gênero: amado por muitos, criticado em igual medida. Uma percepção unânime aos dois lados, porém, é a de que Final Fantasy VIII foi ousado. Foi o primeiro jogo a abandonar o aspecto semimedieval dos títulos anteriores, ambientando-se em um contexto pós-moderno, com militarismo jovem, nações de estrutura contemporânea ao invés de impérios — toda uma percepção bem atrelada à vida moderna, mas com o toque fantasioso de sempre.

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A maior mudança, porém, foi no sistema de gerenciamento dos personagens: para a janela voam fatores como “MP” para lançar magias, que aqui se tornam algo semelhante a itens numerados e colecionáveis. Além disso, elas têm um peso nos atributos dos guerreiros: o chamado Junction Magic System permitia que você “equipasse” magias para melhorar pontos de vida, força, velocidade e outros; além de estabelecer atributos elementais aos seus golpes físicos.

Foi um jogo onde a ciência — ou quanta “ciência” fosse possível em um jogo de fantasia — foi mais considerada, trazendo ênfase estratégica e uma dedicação até então inédita às summons (“Invocações”). O enredo foi um tanto bizarro, mas bem contado, trazendo alusões a viagens no tempo, controle mental e militarismo moderno, bebendo de fontes populares da cultura nerd, como Star Wars e De Volta Para o Futuro. Os personagens, porém, deixavam a desejar: salvo pela real antagonista, que é mais tida como uma presença maléfica do que um vilão esfregado na sua cara, é o ponto alto em um mar composto por adolescentes remetentes à “tristeza emo” da vida — só que eles podem dar espadadas, tiros e lançar magias. E, para quem jogou, sim, o Squall é filho daquele outro cara... por que raios vocês ainda querem discutir?

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4. Final Fantasy VII

Pense em um jogo que tem de tudo: esse é Final Fantasy VII. Tido como um dos clássicos mais influentes não apenas da franquia, mas de todo o gênero dos jogos de RPG, a história de Cloud Strife e o enigmático vilão Sephiroth conquistou gerações, a ponto de levar ao desenvolvimento de um remake completo e muito, mas muito maior em escopo, dividido em 3 partes — a primeira, Final Fantasy VII Remake, estreou em 2020, enquanto a segunda, Final Fantasy VII Rebirth, chega em 2023. A terceira e última parte ainda segue sendo um mistério em termos de nome, enredo e plataformas.

Aqui, você tem horas de dedicação apenas para brincar de customizar seus personagens com as Materias e buscar pelas armas mais poderosas e… Ok, esse é o grande problema com Final Fantasy VII (ao menos o original). Trata-se de um jogo inegavelmente maravilhoso, mas o status de cult que possui costuma esconder algumas falhas, como o combate lento e as dores da transição para o 3D, que trouxe animações comicamente bizarras, incluindo as mãos quadradas dos personagens em algumas animações e os seios fisicamente impossíveis de uma das protagonistas.

Isso dito, o jogo traz um enredo sensacional, cheio de voltas ao redor de seus protagonistas e o cânone expandido — que inclui spin-offs como Before Crisis, Crisis Core e Dirge of Cerberus, além do filme Advent Children — faz com que Final Fantasy VII seja um dos jogos mais bem amados do mercado, além de quase ser uma obrigação de ser jogado para quem quer se aprofundar no universo gamer.

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3. Final Fantasy IX

Depois de VII e VIII adotarem uma percepção mais soturna da vida, a Square Enix decidiu virar 180º e entregar aos fãs um jogo que, ainda que retornasse às raízes semimedievais, o faria de uma forma mais colorida e jovial. Assim, Final Fantasy IX trouxe um elenco de personagens memoráveis (para o bem ou para o mal) e uma ambientação que prezava pela amplitude de cenários e um mundo tão aberto que até hoje ainda estão sendo descobertos segredos e macetes.

Você começa bem baixo, como em todos os outros jogos da série, sendo membro de uma guilda de ladrões com uma missão “nada difícil”: sequestrar uma princesa durante um festival artístico onde todos os olhos e segurança estão voltados à realeza presente. Mal sabe você, a princesa, dentro dos seus motivos, também quer ser sequestrada. E o resto se desenvolve em um enredo com uma projeção de crescimento incomuns até mesmo para quem tem talento em escrever um jogo — e isso não somos nós falando: o próprio Hironobu Sakaguchi, uma das mais lendárias figuras da indústria e criador de toda a franquia, admitiu isso.

O que se segue é uma trama desenrolada em um pano de fundo diferente, apostando no humor para entregar um protagonista exageradamente patriota que, aos poucos, vai evoluindo com seus companheiros, além de um vilão de motivação encantadoramente mesquinha, ainda que longe de ser inédita. E com o remaster lançado para PlayStation 4, a retexturização em HD deixou tudo ainda mais bonito de se ver.

2. Final Fantasy XII: The Zodiac Age

Final Fantasy XII — o original, no PlayStation 2 — tinha todas as qualidades de seus predecessores: tamanho, imersão e expansividade, além de um elenco composto de heróis e vilões incrivelmente cativantes. Mas a forma como cada um era gerenciado (por meio de um sistema aberto de level up que se repetia por todos os membros da equipe) tornava fácil demais a construção de lutadores extremamente iguais, apenas com nomes e visuais diferentes.

Foi apenas em julho de 2017, com a remasterização Zodiac Age, que o verdadeiro potencial de Final Fantasy XII realmente veio a tona, com a adoção de um sistema de Jobs que fazia com que cada personagem tivesse a sua própria evolução e atribuição — e a forma como isso se amarrava à personalidade de cada um e ao enredo geral do jogo tornava tudo melhor. Você assumia o papel de Vaan, que apesar de ser controlado pelo jogador, não era o único protagonista (aqui fomos apresentados a um dos heróis mais suaves e meticulosos de toda a franquia, além de uma princesa que, de sexo frágil, não tinha é nada).

O que ambas as versões tinham de melhor, porém, era um sistema de combate que prezava pelo confronto em tempo real (foi o primeiro a abandonar “encontros aleatórios” com cortes de tela em favor de ver seus inimigos de longe e traçar estratégias para atacá-los ou evitá-los), destoando de forma majestosa de seus antecessores. Mais de uma década depois e com um remaster no currículo, Final Fantasy XII ainda permanece como uma joia rara na coleção de qualquer gamer.

Menções honrosas

Final Fantasy XIII

O extremamente divisivo Final Fantasy XIII tem uma história cativante, sendo o primeiro da franquia a contar com uma narrativa que foge do padrão “super poder obscuro quer dominar ou destruir o mundo”, favorecendo uma abordagem com mais aspectos políticos do que se poderia perceber, além de temas em voga como o preconceito contra raças, o papel negativo sobre a sociedade exercido por um governo teocraticamente fundamentalista e militarizado, além de pincelar em seu enredo a temática do genocídio e extermínio do que é diferente de uma classe dominante.

Mas sua linearidade e seu combate bisonhamente amarrado na protagonista (se ela morresse, o jogo acabava, mesmo com outros personagens ainda vivos), acabaram minando a experiência do primeiro jogo da franquia no PlayStation 3. Suas continuações diretas — XIII-2 e XIII: Lightning Returns — tentaram remediar isso, com relativo sucesso, mas o dano já estava feito de tal forma que nem mesmo a trilha sonora conduzida pela voz maravilhosa de Leona Lewis salvou.

Final Fantasy XV

Possivelmente o maior lançamento da franquia nos consoles da atual geração, Final Fantasy XV foi o respiro de uma série que vinha enfrentando duras necessidades de renovação: a história de Noctis Lucis Caellum e seus companheiros Ignis, Gladiolus e Prompto remetem às road trips que todos fazemos com nossos amigos mais próximos, fazendo deste um enredo que, embora cheio de cacos, seja coeso e interessante de ponta a ponta. 

Entretanto, a construção de personagens mal conduzida e o combate permanentemente caótico mostram que, embora uma evolução em relação a XIII, a Square Enix ainda não exatamente chegou lá. Assim como alguns dos outros títulos, a versão definitiva Royal Edition, com capítulos especiais que buscavam enriquecer a narrativa, conseguiram ajeitar alguns dos pontos fracos do game, ainda que a impressão negativa já tivesse se instalado entre os fãs.

Dissidia Final Fantasy: Opera Omnia

Fãs do estilo clássico de gameplay em turnos podem estar carentes do formato em títulos mais recentes da saga, mas podem encontrar em Dissidia Final Fantasy: Opera Omnia um escape. Lançado para Android e iOS em 2017, o game integra a saga Dissidia de jogos spin-off da franquia e adota gráficos simples, pensados para serem executados sem problemas em um maior número de smartphones, mas possui um charme especial em relação às animações, personagens e mecânicas.

O enredo segue a fórmula dos Dissidia anteriores, em que os guerreiros de inúmeros Final Fantasy são convocados por duas divindades (Materia e Spiritus, que substituem Cosmos e Chaos, respectivamente) para defenderem um mundo novo fortemente ligado às vontades, desejos e memórias dos personagens. Em gameplay, DFFOO não possui mana, mas limita os ataques especiais em quantidade, e exige que o jogador colete pontos de Bravery ao atacar os inimigos com ataques BRV, e os utilize para causar dano efetivo com ataques de HP.

As invocações clássicas estão presentes, assim como skins, monstros, músicas e armas favoritas dos fãs mais fiéis. A má notícia para alguns é o sistema de monetização, baseado no polêmico gacha, ainda que frequentemente eventos especiais sejam realizados para incentivar a entrada de novos jogadores.

Final Fantasy Type-0 HD Remaster

Desenvolvido originalmente para PSP, e exclusivo do Japão à época, Final Fantasy Type-0 integrava o projeto de revitalização da saga chamada pela Square Enix de Fabula Nova Crystallis, da qual a trilogia Final Fantasy XIII e Final Fantasy XV também fizeram parte. Diferente dos títulos-irmãos, no entanto, Type-0 chamou atenção pelo enredo significativamente denso e e suas reviravoltas, especialmente ao ser lançado para PC e consoles globalmente em uma remasterização em 2015.

No game, o jogador assume os personagens da chamada Classe Zero, estudantes/guerreiros de elite de Rubrum, uma das grandes nações do mundo de Orience, todas guiadas por um cristal protetor. Intrigas de uma das nações militarizadas, Milites, levaram a uma grande guerra entre as duas potências. Conforme os acontecimentos se desenrolam, a equipe liderada por Ace começa a descobrir os reais motivos por trás do conflito.

Com uma das cenas de introdução mais doloridas do mundo dos games, e uma narrativa que tem como inspiração eventos reais, sendo uma das mais sombrias de toda a franquia, o título se apoia no drama de pessoas tão jovens estarem encarando os horrores da guerra e na angústia trazida por uma das "bênçãos" proporcionadas pelo cristal representante de Rubrum: esquecer os entes queridos que acabaram morrendo.

Apesar da história complexa, e de algumas mecânicas engenhosas de gameplay, FF Type-0 sofria com uma estrutura um tanto repetitiva das missões, justamente devido às suas origens no PlayStation Portátil.

1. Final Fantasy VI

Do enredo, aos personagens, à narrativa, à ambientação e à jogabilidade, nenhum jogo lançado pela Square Enix supera a grandiosidade que foi Final Fantasy VI: extremamente ambisioso, o último título linear da série para a era 16-bit tinha tudo — um elenco de 12 personagens principais, cada um com uma história própria a ser desenvolvida, e uma boa parcela do jogo dedicada a construir cada um deles e amarrar seus detalhes e personalidades ao enredo principal do jogo, ambientado em uma temática steampunk que troca a fantasia das magias por atribuições tecnológicas remetentes às revoluções industriais passadas pela humanidade.

Mas era na segunda metade do jogo que a obra realmente se revelava: ao permitir que o jogador determinasse o seu próprio rumo, Final Fantasy VI encorajava você a encarar seus muitos desafios — opcionais e obrigatórios — na ordem que lhe fosse mais conveniente, o que era inédito para o gênero na época e, mesmo hoje, ainda é difícil de se ver. Finalmente, o sistema tradicional de combate ATB era de uma deliciosa pureza, ampliada pela vasta quantidade de armas e equipamentos, magias únicas e atreladas a cada personagem, e um sistema de invocações totalmente reformulado, que ditaria o ritmo desse mecanismo em todos os jogos subsequentes.

Final Fantasy VI é até hoje a magnum opus da Square Enix, e o fato de que, em 33 anos de existência da franquia, a publisher japonesa ainda não conseguiu superar a sua magnitude, é um testamento sobre o que esse jogo representa para o público entusiasta do RPG.