Dia Internacional do Gamer: 6 fatos que diferenciam o Brasil do mundo
Por Felipe Goldenboy • Editado por Bruna Penilhas |
Atenção, gamers: é hora de comemorar! Nesta segunda-feira (29), é comemorado o Dia Internacional do Gamer. Não importa se você joga no console, no computador ou no celular; se gasta muitas horas ou apenas alguns minutinhos na jogatina; e até mesmo se prefere jogar no modo fácil ou no modo difícil. É uma data de celebração e de união de todos os gamers do mundo.
Por que existe o Dia Internacional do Gamer?
O dia internacional do gamer foi criado em 2008 por um grupo de revistas espanholas — a Hobby Consolas, a PlayMania e PC Mania —, que apenas decidiram oficializar uma data para comemorar; ou seja, não há uma explicação complexa, histórica ou sentimental por trás desse dia.
Entretanto, existem outras datas em paralelo: nos Estados Unidos, em 12 de setembro, é comemorado o Dia Nacional dos Videogames, mas a data também compete com o Dia dos Videogames, em 8 de julho. Aqui no Brasil, o dia mais lembrado é 29 de agosto, pois as empresas aproveitam para realizar ações comemorativas e oferecer descontos aos jogadores.
Por isso, o Canaltech reuniu a seguir algumas informações curiosas sobre o hábito de jogar aqui no país.
6. Jogar no Brasil é caro (e exige muito trabalho)
Ok, isso não é novidade para ninguém. A nova geração (PlayStation 5, Xbox Series X e Xbox Series S) foi lançada por aqui beirando os R$ 5 mil, e alguns lançamentos ultrapassaram a marca de R$ 350 em suas versões base — quase um terço do salário mínimo, R$ 1.100 por mês.
O Canaltech levantou quantas horas um brasileiro precisa trabalhar para comprar um jogo, e comparou com os números de outros países. Resultado: precisamos, em média, trabalhar cinco dias para comprar um jogo a R$ 250, enquanto um estadunidense, um japonês e um europeu precisam trabalhar apenas dois. Confira todos os detalhes aqui.
5. Pirataria na consolidação dos videogames
Justamente pelo preço caro de se ter um console e um jogo, a pirataria foi um caminho para o avanço dos games no Brasil — afinal, quem não lembra das feirinhas e camelôs vendendo jogos de Playstation 1 e PlayStation 2 a R$ 10? Ou dos consoles desbloqueados? Há quem também tenha se aventurado pelos icônicos PolyStations — consoles ilegais chineses que tinham cara de PS1, mas alma de Nintendinho.
Mais antigamente, como as grandes empresas não estavam oficialmente no país, empresas brasileiras passaram a comercializar clones “brazucas”. Exemplos disso são o Phantom System, da Gradiente (clone do Nintendinho), o Master System, da Tectoy (clone do console da SEGA), e até mesmo o jogo Mônica no Castelo do Dragão (clone de Wonder Boy).
Caso você queira entender melhor o assunto, recomendamos a série documental Paralelos, disponível no site da RedBull.
4. Mulheres são a maioria dos gamers
A Pesquisa Games Brasil, uma das mais reconhecidas do país, mostrou novamente em 2022 que pessoas do gênero feminino são as que mais jogam no país. Segundo o levantamento, 51% do total de jogadores é composto por mulheres.
Outro dado importante é que a maioria do público gamer se identifica como parda ou preta (49,4%, na soma). O hábito de jogar é mais comum entre jovens de 16 a 24 anos, mas também está presente na vida de pessoas mais maduras. Em relação às classes sociais, a maioria está na classe média.
3. Celular é a plataforma preferida do brasileiro
Outro discurso falso é o de que quem joga no celular não é gamer. Saiba que, ainda segundo a Pesquisa Games Brasil 2022, 48,3% dos entrevistados afirmaram que o smartphone é a primeira opção para jogos. Os computadores vêm em segundo lugar, com 23,3%, seguido dos consoles, com 20%.
2. Free Fire é um fenômeno no Brasil, sobretudo nas periferias
O battle royale da Garena foi o game mais baixado no mundo em 2020, inclusive no Brasil. Por aqui, o game também foi o que registrou o maior número de jogadores mensais.
O sucesso tem alguns porquês: é um jogo gratuito, leve (ou seja, roda em quase todos os aparelhos) e possibilitou a ascensão social de muitos jogadores através dos eSports. Como descrito acima, o celular é a plataforma preferida dos brasileiros para jogos, e muito disso se deve pelo fato de que ter um celular é extremamente mais barato (e essencial) do que ter um console ou um PC parrudo.
1. Mercado de desenvolvimento de games em alta
Embora seja um mercado menor se comparado ao dos Estados Unidos, por exemplo, o cenário brasileiro de jogos produz vários títulos de excelente qualidade. Além disso, muitos desenvolvedores brasileiros são convidados a trabalhar em estúdios gringos.
Por aqui, a maioria dos estúdios são independentes — os queridinhos indies —, e podem ser encontrados em várias plataformas. Existe até um evento anual para celebrar, premiar e fomentar esse mercado: o BIG Festival. Mais recentemente, rolou o anúncio do Magalu Games, que busca ajudar o desenvolvimento de jogos brasileiros, focando no mercado independente, oferecendo auxílio financeiro e mentoria aos devs.
Você lembra de alguma outra peculiaridade do brasileiro no mundo dos videogames? Compartilhe conosco nos comentários. Feliz dia internacional do gamer para todos nós!
Fonte: G1, History, TyC Sports