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Tempestades de Júpiter parecem estar de mau humor em foto da NASA

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Julho de 2021 às 14h45

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kevinmgill/Twitter
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A sonda Juno foi lançada pela NASA em 2011 com destino a Júpiter, um dos gigantes gasosos do Sistema Solar, chegando por lá em 2016. Enquanto orbita o planeta, ela produz fotos diversas, sendo que as imagens são enviadas sem processamento à Terra — mas elas podem ser acessadas por qualquer um no site da missão, e quem entende de processamento de imagens espaciais pode fazer seus próprios tratamentos. É o caso de Kevin M. Gill, especialista no assunto, que recentemente trabalhou em uma das fotos feitas pela Juno, cujo resultado ficou um tanto quanto curioso: é que as nuvens parecem estar "bravas".

Gill é engenheiro de software e expert em edição de imagens, e já trabalhou com o processamento de outras imagens da NASA antes. Por exemplo, foi ele quem aprimorou as fotos da missão Apollo 17, deixando-as mais nítidas e coloridas do que nunca, e se aventurou também para colorir uma das imagens do momento do pouso do rover Perseverance, em Marte.

Desta vez, ele trabalhou com fotos feitas pela sonda Juno, e você vê o resultado abaixo, que parece mostrar um "Jupistola", com o gigante gasoso aparentando estar em um péssimo humor — o que, claro, é um mero efeito da interpretação que nosso cérebro faz da imagem:

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As imagens feitas pela sonda são disponibilizadas em um site da NASA no "formato cru”, que guarda os dados conforme foram capturados pelos instrumentos da Juno. Assim, quem tem conhecimento das técnicas de processamento é convidado a usar esses arquivos para processá-los e conseguir resultados variados, como o destaque de alguma formação atmosférica particular ou realizar reconstruções avançadas de cores.

Vendo outras “formas” no espaço

Não é de hoje que associamos formações da natureza, como nuvens no céu ou constelações, a figuras conhecidas ou expressões faciais. Muito disso se deve à pareidolia, o fenômeno psicológico que nos faz relacionar um objeto ou cenário a um significado ou formato familiares para nós. Isso nos rende momentos divertidos (como este que aconteceu com a foto de Júpiter) e foi um fenômeno de grande importância para nossos ancestrais identificarem padrões na natureza e evitarem predadores e outras ameaças.

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Confira, abaixo, algumas imagens de objetos do espaço que parecem lembrar coisas completamente diferentes daquelas que realmente são:

Outro “rosto” em Júpiter

O cientista cidadão Jason Major editou outra foto do planeta feita pela Juno e, depois, a girou para mudar a orientação da imagem. Como resultado, ficamos com uma foto que parece mostrar dois "olhos" e uma "boca" no gigante gasoso, que nada mais são do que as tempestades que acontecem por lá, em movimento rotativo.

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Este "rosto" de Júpiter ganhou até o apelido simpático de "Jovey McJupiterface", e divertiu os oficiais da NASA: "as imagens da JunoCam não são somente para a arte e ciência — às vezes, elas são processadas para nos trazer uma risada", escreveram na publicação da imagem.

A "face" no Sol

Pois é, não são só as fotos de Júpiter que parecem nos mostrar um rosto: em outubro de 2014, o observatório Solar Dynamics Observatory, da NASA, fez esta imagem detalhada do Sol, cujas regiões ativas lembram até decorações das festas de Halloween — tanto que a foto foi publicada pela agência espacial com o nome "Pumpkin Sun" ("Sol Abóbora", em tradução literal).

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Essa imagem foi feita com dois conjuntos de comprimentos de onda, que mostram cores amarelas e douradas na nossa estrela. Assim, as regiões mais ativas parecem mais brilhantes porque elas emitem mais luz e energia.

“Rato” em Marte

As fotos feitas pelos rovers que exploram Marte já resultaram em todos os tipos de comentários — como a que você viu acima, feita pelo rover Curiosity, em 2012. A área destacada pelo círculo mostra apenas algumas rochas, mas algumas pessoas insistiram que, ali, havia um rato que teria escapado de um experimento da NASA.

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Esta não é a primeira vez que pessoas alegam ver seres vivos em Marte, mesmo com explicações científicas de que não é isso que aparece na imagem. Vale lembrar que nenhum animal iria sobreviver por lá em função das condições do planeta, ou seja, o que aparenta ser "rato" é simplesmente uma rocha somada ao efeito da pareidolia.

O “coração” de Plutão

A missão New Horizons foi lançada em 2006 para investigar Plutão e o Cinturão de Kuiper, e levou quase 10 anos para alcançar o planeta-anão. Uma das fotos mais famosas feitas pela sonda parece mostrar um "coração" na superfície deste mundo gelado, que recebeu o nome de Região de Tombaugh.

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Além de simpático, esse coração "bate" e tem papel importante em Plutão: um estudo publicado no ano passado mostrou que a região impulsiona os padrões de circulação atmosférica do planeta-anão.

A Nebulosa da Borboleta

Esta imagem, feita pelo telescópio Hubble, mostra a nebulosa PN M2-9, que também é conhecida como Nebulosa dos Jatos Duplos graças às emissões dela, que se parecem com jatos se estendendo por "bolhas" — e essas bolhas podem até lembrar as formas das asas de uma borboleta.

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Essa nebulosa foi identificada em 1947, e seu apelido vem das emissões laterais, que parecem aquelas liberadas pelos motores dos aviões a jato.

Fonte: Twitter/Kevin M/GillCNet, Business Insider