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Richard Branson, da Virgin Galactic, voará ao espaço antes de Jeff Bezos

Por| Editado por Patricia Gnipper | 02 de Julho de 2021 às 11h15

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Virgin Galactic
Virgin Galactic

A corrida do turismo espacial segue a todo vapor. Em comunicado oficial nesta quinta-feira (1º), a Virgin Galactic anunciou que Richard Branson, fundador da empresa, estará a bordo do próximo voo de teste, marcado para o próximo dia 11 de julho. A notícia veio a tona depois que Jeff Bezos, fundador da Blue Origin, revelou que voará ao espaço no dia 20 deste mês com Wally Funk, uma das pilotos conhecidas como “Mercury 13”. Este será o 22º teste de voo da nave VSS Unity, e o primeiro a transportar uma tripulação completa. Se tudo sair conforme o programado, Branson estará 9 dias à frente de Bezos nesta corrida.

A janela de lançamento para o teste de voo tripulado com o VSS Unity começa no dia 11 de julho, o que significa que dependerá de alguns fatores para acontecer nesta data, como o próprio clima. Mesmo assim, a contar a partir desse dia, a Virgin Galactic ainda estará a nove dias à frente do lançamento da Blue Origin. Em seu Twitter, Branson disse que foi sempre sonhador e que sua mãe o ensinou a nunca desistir e a alcançar as estrelas. “Em 11 de julho, é hora de transformar esse sonho em realidade a bordo do próximo voo espacial Virgin Galatic", acrescentou após o anúncio oficial de sua empresa.

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Enquanto isso, Bezos escolheu o dia 20 de julho, pois é a data em que se comemorá o 52º aniversário do pouso da Apollo 11 na Lua, mas ele já havia anunciado há um mês que faria parte do primeiro teste de voo tripulado com seu veículo suborbital New Shepard. Além do fundador da Blue Origin, este voo contará com mais três tripulantes: Mark, irmão de Bezos e vencedor de um leilão de caridade de US $28 milhões, e Wally Funk, a convidada de honra da empresa, uma das “Mercury 13” e que, aos 82 anos, se tornará a pessoa mais velha a ir ao espaço — superando o recorde estabelecido por John Glenn, que tinha 77 quando decolou a bordo do foguete Discovery, da NASA, em 1998.

Além de Branson, estarão a bordo da VSS Unity os especialistas da missão Beth Moses, o instrutor chefe de astronautas da Virgin Galactic — sendo o chefe de cabine e diretor desta missão —, o engenheiro líder de operações da empresa, Colin Bennett, que será responsável por avaliar os equipamentos e procedimentos durante todo o percurso, e Sirisha Bandla, vice-presidente de relações governamentais e operações de pesquisa da empresa, e que avaliará a experiência de pesquisa durante o voo, com um experimento desenvolvido pela Universidade da Flórida.

Dave Mackay e Michael Masucci serão os pilotos do VSS Unity, enquanto CJ Sturckow e Kelly Latimer pilotarão o VMS Eve, a nave-mãe que levará a nave espacial a uma altitude de 15 km. A partir daí, o VSS Unity será liberado e, então, seus motores serão ativados, colocando o veículo em direção à fronteira com o espaço. “Eu realmente acredito que o espaço pertence a todos nós. Após 17 anos de pesquisa, engenharia e inovação, a Virgin Galactic está na vanguarda de uma nova indústria espacial comercial pronta para abrir o universo para a humanidade e mudar o mundo para sempre”, disse Branson.

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O foguete da Virgin Galactic tem capacidade de atingir uma altitude de até 88 km após ser liberado pelo avião transportador. Já o da Blue Origin é lançado a partir do solo, podendo alcançar uma altitude de até 106 km. Os dois atingem a chamada Linha de Kárman, o limite entre a Terra com o espaço através de um voo suborbital com cerca de 10 minutos de duração — desse total, 4 minutos com o efeito da gravidade zero. Diferente da SpaceX, de Elon Musk, que lança suas cápsulas em órbita terrestre. No entanto, o que as três empresas têm em comum são os planos de levar clientes privados a esta fronteira — e tudo indica que a SpaceX realizará esta façanha em setembro deste ano.

A Virgin Galactic tem mais três voos de testes planejados e, até então, Branson faria parte da segunda demonstração, mas parece que ele resolveu superar Bezos, antecipando sua viagem para o teste deste mês. A empresa já tem mais de 600 reservas, feitas a partir da venda inicial de ingressos que custaram US $250 mil e esse número de clientes deve aumentar após o voo com o dono da empresa.

No mesmo comunicado, Branson disse que revelará algo emocionante “para dar a mais pessoas a chance de se tornarem astronautas, porque o espaço pertence a todos nós; portanto, observe este espaço…”. O que será? Bom, seguimos atentos.

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Fonte: NPR, Virgin Galactic