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Quantas luas tem Júpiter?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 07 de Agosto de 2022 às 10h00

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NASA, ESA, A. Simon/M.H. Wong/OPAL team
NASA, ESA, A. Simon/M.H. Wong/OPAL team

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e em suas nuvens coloridas se destaca a Grande Mancha Vermelha, a maior tempestade conhecida em nossa vizinhança. Outra coisa que torna Júpiter tão curioso são seus muitos satélites naturais — enquanto a Terra tem uma única lua, Júpiter ostenta algumas dezenas delas. Nesta matéria, você descobre quantas luas tem Júpiter!

Até o momento, foram descobertas 92 luas ao redor de Júpiter. Entre elas, mais de 50 já têm nomes oficiais, enquanto o restante ainda aguarda nomenclaturas próprias.

Descobrindo as primeiras luas de Júpiter

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Em 7 de janeiro de 1610, o astrônomo italiano Galileu Galilei estava observando Júpiter com seu telescópio, até que notou três pontinhos luminosos perto do planeta. Primeiro, ele pensou que se tratavam de estrelas distantes, mas após observá-los por mais algumas noites, percebeu que eles pareciam se mover na direção “errada” em relação às estrelas do fundo.

Além disso, os pontinhos se mantinham próximos de Júpiter, mas mudavam de posição entre si. Depois, ele notou haver uma quarta “estrela” próxima do planeta, com o mesmo comportamento estranho. Já no dia 15 daquele mês, Galileu concluiu haver observado luas próximas de Júpiter — e que a teoria de Nicolau Copérnico estava certa: a maioria dos objetos no céu não giravam ao redor da Terra.

Inicialmente, Galileu sugeriu nomes para as luas inspirados em seus patronos, e as descreveu em suas anotações com numerais romanos. Mas o astrônomo alemão Simon Marius também as descobriu, de forma independente, quase ao mesmo tempo que Galileu. E por sugestão do também astrônomo alemão Johannes Kepler, escolheu os nomes Io, Europa, Ganimedes e Calisto, baseados em figuras mitológicas associadas a Júpiter, que seguem usados até hoje.

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Ainda levou alguns séculos para os cientistas encontrarem novos satélites naturais ao redor de Júpiter, além desses quatro. Foi somente em 1892 que o astrônomo estadunidense E.E. Barnard encontrou Amalteia, a quinta lua joviana conhecida.

As luas galileanas

De todas as luas de Júpiter, as mais interessantes são as “luas galileanas”, assim batizadas em homenagem a Galileu.

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Io é o satélite natural mais próximo de Júpiter no grupo, tendo sua superfície marcada por centenas de vulcões — alguns deles expelem fontes de lava a dezenas de quilômetros de altitude. Esta característica a torna o mundo mais vulcaniamente ativo no Sistema Solar.

Mais externamente, está Europa, uma lua um pouco menor que a nossa. Europa tem uma fina atmosfera de oxigênio e superfície composta por uma camada de água congelada, repleta de rachaduras e fissuras. Ela pode abrigar um grande oceano sob o gelo, com volume que pode chegar ao dobro de todos os oceanos de nosso planeta combinados. Por isso, Europa é um lugar de grande interesse de cientistas que buscam vida fora da Terra.

Já Ganimedes é a terceira lua galileana em relação a Júpiter, sendo o maior satélite natural do Sistema Solar. Ela é maior que o planeta Mercúrio e é a única lua conhecida com campo magnético próprio. Por causa dele, Ganimedes tem auroras brilhantes, que ocorrem ao redor de seus polos. Além disso, a lua guarda um oceano subterrâneo com grande volume de água, mas ainda menor que o volume d'água que pode haver em Europa.

Por fim, Calisto é a segunda maior lua de Júpiter e a terceira maior do Sistema Solar. Com superfície intensamente marcada por crateras, Calisto era considerada um mundo rochoso e inerte, mas dados coletados pela sonda Galileo mostraram que, na verdade, ela pode ter um oceano de água salgada escondido sob sua superfície congelada. Se realmente existir, este oceano pode interagir com as rochas de Calisto, criando um possível habitat para seres vivos.

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Fonte: NASA