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Primeira missão do programa Artemis levará vela solar que explorará asteroides

Por| Editado por Patricia Gnipper | 14 de Julho de 2021 às 19h10

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NASA/JPL-Caltech
NASA/JPL-Caltech
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Entre as cargas úteis que pegarão carona com o lançamento da Artemis I, a primeira missão do Programa Artemis e com lançamento previsto para o fim deste ano, estará o pequeno satélite Near-Earth Asteroid Scout (NEA Scout), da NASA, que se encontra em seus ajustes finais. Através de uma vela solar, o CubeSat NEA Scout navegará pelo espaço acelerado pelas partículas energéticas vindas do Sol, e esta será a primeira missão de reconhecimento robótico que voará em direção a um asteroide próximo à Terra, retornando com dados.

O satélite miniaturizado NEA Scout está guardado no Kennedy Space Center, da NASA, enquanto aguarda pela carona no foguete Space Lauch System (SLS), também da agência espacial norte-americana. O CubeSat tem o tamanho de uma grande caixa de sapatos e foi embalado em um dispensador e anexado ao adaptador que o conecta ao SLS. “O NEA Scout será a primeira missão interplanetária da América usando propulsão solar a vela”, explica Les Johnson, principal investigador do projeto no Marshal Space Flight Center.

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Jhonson também diz que, após várias testes de vela realizados na órbita da Terra, ele e sua equipe estão prontos para mostrar como esta tecnologia de propulsão será muito útil para alcançar novos lugares pelo Sistema Solar e além. CubeSats são versões miniaturizadas de satélites e, além de sua eficiência, apresentam baixo custo e compatibilidade com cargas uteis maiores. Eles também representam um grande potencial para a ciência desenvolvida a partir do espaço, bem como a exploração, suporte de engenharia, observação do nosso planeta e comunicação.

O NEA Scout utilizará duas ligas de aço inoxidável para instalar sua vela de filme plástico revestido de alumínio. A vela, mais fina do que a espessura de um fio de cabelo humano, tem um tamanho de 86 metros quadrados e, a partir dela, o CubeSat será impulsionado pelos fótons que atingem a vela solar. Apesar de leve, a aceleração é constante, o que, ao longo do tempo, pode colocar a pequena espaçonave em velocidades bem altas. “Este tipo de propulsão é especialmente útil para espaçonaves pequenas e leves que não podem transportar grandes quantidades de propelente de foguete convencional”, ressalta Jhonson.

Enquanto a pequena nave é acelerada pelo Sol, ela viajará durante dois anos em direção a um asteroide próximo à Terra. Ao encontrar seu alvo, o NEA Scout usará sua potente câmera para fazer imagens do objeto celeste — uma qualidade de 10 centímetros por pixel —, as quais serão analisadas pela equipe responsável pela missão. Graças ao sobrevoo a uma velocidade baixa (30 m/s), o CubeSat conseguirá fazer registros em alta qualidade.

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A partir dos dados desta missão, cientistas esperam compreender um pouco mais destes pequenos asteroides com menos de 100 metros de diâmetro. Os registros feitos pela sonda fornecerão informações como as propriedades físicas do asteroide, sua órbita, tamanho e até mesmo detritos ao se redor. “Apesar de seu tamanho, alguns desses pequenos asteroides podem representar uma ameaça para a Terra”, aponta Jim Stott, gerente de projeto de tecnologia do NEO Scout.

As informações adquiridas com o CubeSat serão usadas para determinar o que é necessário para reduzir o risco de ameaças de asteroides pequenos e melhorar as operações de exploração espacial robótica. Esta missão, que faz parte do programa Advanced Exploration Systems, da NASA, também prepara o caminho de outro projeto da agência espacial baseado em vela solar: o Solar Cruiser, com uma vela de 16 vezes o tamanho da que será usada no NEA Scout, previsto para ser lançado em 2025.

Abaixo, você confere a demonstração de toda a missão Near-Earth Asteroid Scout:

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Fonte: JPL