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O céu não é o limite | Novas fotos de Marte, colisão de foguete na Lua e+!

Por| Editado por Rafael Rigues | 02 de Julho de 2022 às 20h00

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CLEP/NASA/JPL-Caltech/Goddard/Arizona State University
CLEP/NASA/JPL-Caltech/Goddard/Arizona State University

Exploração espacial e asteroides — esses foram os assuntos que mais se destacaram nas notícias astronômicas desta semana. Os pesquisadores divulgaram imagens e novos estudos realizados no Planeta Vermelho e boas notícias sobre os asteroides considerados perigosos para a humanidade.

Confira o resumo das principais notícias e clique nos links para maiores detalhes sobre cada uma delas.

China divulga novas fotos de Marte

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O orbitador da missão chinesa Tianwen-1 já completou a tarefa de fotografar toda a superfície do Planeta Vermelho, com média resolução, e algumas das imagens já foram liberadas. Acima, observamos o lado ocidental do Valles Marineris, com crateras de até 7 km de profundidade.

Você pode conferir outras fotos disponibilizadas pelo CLEP (China Lunar Exploraration Project) no link acima. Ao todo, um total de 1.040 GB de dados já foram coletados e estarão disponíveis a cientistas de todo o mundo “no momento apropriado”, de acordo com a equipe da missão.

Elemento essencial para a vida é medido pelo Curiosity em Marte

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O Curiosity mediu a quantidade total de carbono orgânico em rochas de Yellowknife Bay, uma região na superfície de Marte. Foi a primeira vez que uma análise desse tipo foi realizada e este é um passo importante para finalmente descobrirmos se há química o suficiente para processos biológicos no planeta.

A presença de carbono orgânico em Marte não é uma novidade, mas as medidas anteriores revelaram apenas dados de uma parte do elemento nas rochas. Agora, a medição indica a quantidade total de carbono orgânico nelas. O resultado é comparável à amostra encontradas em rochas de lugares inóspitos, porém habitados, na Terra como o Deserto do Atacama, no Chile, ou o Vale da Morte, nos EUA.

Crateras de foguete que se chocou com a Lua são encontradas

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O misterioso foguete (ou melhor, primeiro estágio de foguete) que se chocou contra a Lua no início do ano deixou não apenas uma, e sim duas crateras na superfície lunar: uma com cerca de 18 m de diâmetro e outra com 16 m de diâmetro. Isso surpreendeu os pesquisadores, pois os foguetes Saturn V, usados nas missões Apollo da NASA, deixaram apenas crateras solitárias.

Ainda não se sabe a identidade do foguete que caiu na Lua, mas há dois candidatos: um foguete Falcon 9, lançado em 2015, e um Long March 3, da China, que foi lançado em 2014.

É preciso cavar mais fundo para encontrar sinais de vida em Marte

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Pode ser que os rovers em Marte precisem cavar mais fundo se os cientistas quiserem encontrar sinais de vida antiga no planeta. É que, segundo um novo estudo, os efeitos da radiação ionizante no espaço pode degradar aminoácidos, apagando as bioassinaturas na superfície. Como Marte não tem um campo magnético há muito tempo, esse problema pode ser bem real.

A conclusão é que a exploração em busca de bioassinaturas deve se aprofundar mais, literalmente. Os autores da pesquisa afirmam que os rovers devem cavar pelo menos 2 m abaixo da superfície para encontrar sinais que não tenham sido destruídos por raios cósmicos.

O asteroide mais perigoso não vai colidir com a Terra

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O asteroide 2021 QM1, de 50 metros de diâmetro, não é mais considerado tão perigoso quanto na época em que foi descoberto (agosto de 2021). Segundo novas observações da Agência Espacial Europeia (ESA), ele não vai atingir nosso planeta.

Astrônomos que acompanharam a rocha espacial originalmente estimaram um grande risco de colisão em abril de 2052, causando danos equivalentes aos da bomba de Hiroshima. Entretanto, após novas observações com o Very Large Telescope, no Chile, e seu espelho de 8 metros de diâmetro, os pesquisadores concluíram não haver nenhum risco real.

Meteoro a mais de 50 mil km/h é visto em Santa Catarina

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Às 19h16 do dia 28 de junho, um meteoro riscou o céu sobre os municípios de Curitibanos e Videira, em Santa Catarina, por cerca de 4 segundos. Ele percorreu cerca de 50 km (surgindo a 90 km e desaparecendo a 40 km de altitude) a uma velocidade média de 15 km/s.

Embora pareça ameaçador, o meteoro "bola de fogo" (como são chamados quando brilham com esta intensidade) não representou nenhum perigo aos habitantes da região.

Colisão com espaçonave pode deixar Dimorphos irreconhecível

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De acordo com um estudo, a missão DART (Double Asteroid Redirect Test) da NASA, que chocará uma pequena espaçonave contra o asteroide Dimorphos, deve causar um estrago maior que o esperado na rocha espacial. O plano original da agência estadunidense é apenas desviar o objeto de sua rota original para testar conceitos de defesa planetária, mas pode ser que as consequências sejam outras.

Simulações do impacto levaram em conta que Dimorphos tem uma estrutura robusta, mas as missões em asteroides como Bennu e Ryugu mostram que essas rochas podem ter estrutura interna "solta" — basicamente, eles são uma pilha de entulhos unidos por uma baixa força gravitacional. Se este também for o caso do Dimorphos, ele poderá se partir em várias partes ao se chocar com a espaçonave da NASA.

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