Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Ajude os cientistas da NASA a encontrar nuvens em Marte

Por| 29 de Junho de 2022 às 17h45

Link copiado!

NASA/JPL-Caltech/NYU
NASA/JPL-Caltech/NYU
Tudo sobre NASA

Ao contrário do que muitos pensam, Marte tem uma atmosfera. Só que, além de composta principalmente por gás carbônico, ela é muito mais fina que a nossa, tendo apenas 1% da densidade. E o motivo dela ser tão fina é algo que intriga os cientistas, já que todas as evidências apontam que ela era muito mais densa no passado.

Assim como na Terra, o céu de Marte tem nuvens, mas lá elas vêm em dois tipos: nuvens de vapor d’água, como as da Terra, e de dióxido de carbono congelado, o popular “gelo seco”. Entender onde e como estas nuvens se formam pode ajudar os cientistas a compreender melhor a estrutura das camadas medianas da atmosfera marciana, entre 50 e 80 km de altitude.

Uma teoria para explicar como a atmosfera de Marte se tornou tão fina postula que as nuvens de água tem um papel no processo. Marte não tem um campo magnético como o nosso, o que permite que os raios cósmicos bombardeiem sua atmosfera e superfície. Isso quebra as móléculas de água em dois átomos de Hidrogênio e um de Oxigênio, e como o Hidrogênio é muito leve, ele flutua para o espaço.

Continua após a publicidade

“Queremos aprender o que desencadeia a formação de nuvens — especialmente nuvens de vapor de água, que podem nos ensinar a que altura ele chega à atmosfera — e durante quais estações”, disse Marek Slipski, pesquisador de pós-doutorado no Jet Propulsion Laboratory da NASA no sul Califórnia.

É aqui que entra um programa de ciência cidadã chamado Cloudspotting on Mars. A NASA tem 16 anos de observações da atmosfera marciana feitas pelo Mars Climate Sounder, um instrumento a bordo do satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO). Nesses dados, nuvens aparecem como “arcos” luminosos em imagens.

Os engenheiros da NASA precisam de ajuda do público para passar um “pente fino” nestas imagens, encontrar os arcos e marcar o ponto mais alto de cada um deles, que revela a localização de uma nuvem. Eles já tentaram treinar algoritmos para realizar esta tarefa, mas afirmam que é muito mais fácil para os humanos identificar os arcos “de olho”.

Continua após a publicidade

O trabalho é voluntário pode ser feito de casa, e tudo o que você precisa é de um navegador. O site do projeto tem as imagens e um rápido tutorial que explica como fazer a análise e marcar os pontos de interesse.

"Temos mais de 16 anos de dados para pesquisar, o que é muito valioso — nos permite ver como as temperaturas e as nuvens mudam ao longo de diferentes estações e de ano para ano", disse Armin Kleinboehl, vice-investigador principal do Mars Climate Sounder na JPL. "Mas são muitos dados para uma pequena equipe analisar."

Fonte: Phys