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Colisão com espaçonave pode deixar asteroide irreconhecível

Por| 29 de Junho de 2022 às 18h15

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NASA
NASA

Lançada em novembro de 2021, a missão DART (Double Asteroid Redirect Test) da NASA pretende colidir uma pequena espaçonave contra Dimorphos, um pequeno asteroide companheiro de um asteroide maior chamado Didymos.

A missão testa um conceito que poderá, um dia, salvar nosso planeta de uma colisão muito maior e potencialmente fatal. A ideia não é destruir um asteroide perigoso, mas sim dar um “tranco” nele, fazendo com que mude sua órbita a longo prazo. Assim, seriamos capazes de evitar um encontrão com nosso mundo.

Mas um novo estudo publicado por pesquisadores suíços da Universidade de Berna e do Centro Nacional de Competência em Pesquisa (NCCR) PlanetS estima que os resultados do teste serão muito mais violentos. Segundo eles, o teste pode deformar Dimorphos muito mais severamente do que o imaginado.

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Trombada cósmica

"Ao contrário do que se pode imaginar quando pensamos em um asteroide, evidências diretas de missões espaciais como a sonda Hayabusa2 da agência espacial japonesa (JAXA) demonstram que o asteroide pode ter uma estrutura interna muito solta — como uma pilha de escombros — mantida unida por interações gravitacionais e pequenas forças coesivas", diz a principal autora do estudo, Sabina Raducan, do Instituto de Física e do NCCR PlanetS da Universidade de Berna.

O “detalhe” é que simulações anteriores do impacto da DART assumem que Dimorphos tem uma estrutura interna muito mais sólida. “Isto pode mudar drasticamente o resultado da colisão, que está programada para acontecer em setembro”, diz Raducan.

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Em vez de criar uma cratera “pequena” no asteroide, que tem 160 metros de diâmetro, o impacto a uma velocidade de 24.000 km/h pode deformar Dimorphos completamente. O asteroide também pode ter sua órbita afetada de forma muito mais severa, e um quantidade de material muito maior do que o previsto pode ser ejetado de sua superfície.

"Uma das razões pelas quais esse cenário de uma estrutura interna frouxa até agora não foi completamente estudado é que os métodos necessários não estavam disponíveis", diz Raducan.

"Tais condições de impacto não podem ser recriadas em experimentos de laboratório e o processo relativamente longo e complexo de formação de crateras após tal impacto — uma questão de horas no caso do DART — impossibilitou simular realisticamente esses processos de impacto até agora", de acordo com a pesquisadora.

"Com nossa nova abordagem de modelagem, que considera a propagação das ondas de choque, a compactação e o subsequente fluxo de material, fomos pela primeira vez capazes de modelar todo o processo de formação de crateras resultante de impactos em pequenos asteroides como Dimorphos"

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Fonte: Phys.org