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O céu não é o limite! | Asteroides, supernova antiga, superfície de Vênus e mais

Por| Editado por Patricia Gnipper | 04 de Março de 2023 às 20h00

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NOIRLab/T.A. Rector/J. Miller/M. Zamani/D. de Martin/Pixabay
NOIRLab/T.A. Rector/J. Miller/M. Zamani/D. de Martin/Pixabay

Neste primeiro fim de semana de março, o resumo semanal das notícias astronômicas conta com uma imagem incrível da conjunção dos planetas Vênus e Júpiter. Além disso, claro, você confere outras notícias que se destacaram na semana, como os mais de 5 asteroides que se aproximaram da Terra.

Confira abaixo.

Os asteroides se aproximando da Terra

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Alguns asteroides se aproximaram de nosso planeta durante a semana sem nenhum risco de colisão. As visitas aconteceram de segunda a sexta-feira e o mais perto que um deles conseguiu chegar de nós ficou a 3,5 milhões de quilômetros, o equivalente a 10 vezes a distância entre a Terra e a Lua.

Todos os objetos seriam preocupantes, caso estivessem em rota de impacto, já que os menores tinham cerca de 50 metros de diâmetro e o maior tinha mais de 200 metros. Mas a passagem foi tranquila e deu aos astrônomos a chance de observar suas órbitas e refinarem os métodos de monitoramento espacial para prevenção de ameaças futuras.

A nova imagem de antiga supernova

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Uma antiga supernova, observada no céu pela humanidade durante 8 meses no ano 185 aC, deixou rastros que ainda se dissipam e são alvos de estudos dos cientistas. A nova imagem foi feita pelo câmera Dark Energy e mostrou a estrutura completa do remanescente, na sua forma de bolha.

A explosão da estrela que deixou esses detritos ocorreu a mais de 8 mil anos-luz de distância da Terra e ficou conhecida como SN 185. A nova imagem ajudará os cientistas a entenderem melhor os processos físicos ao longo desses quase dois últimos megaannum (dois milhões de anos).

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A superfície "mole" de Vênus

Os cientistas descobriram que, em algumas regiões conhecidas como "corona", a superfície de Vênus é muito mais fina do que a média. Isso torna essas áreas mais "moles" ou elásticas, por assim dizer.

Curiosamente, esse é o modo como o planeta libera o calor de seu interior, já que Vênus não possui placas tectônicas. Como as coronas são mais finas, é mais fácil os processos geológicos ocorrerem ali para o calor "ir embora". Em outras palavras, o planeta perde temperatura por processos diferentes ao que ocorre na Terra.

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A conjunção de Vênus e Júpiter

Eis um tipo de imagem que dá muito trabalho fazer, mas o resultado é fascinante. O astrofotógrafo Soumyadeep Mukherjee, da Índia, capturou uma sequência de fotos entre os dias 21 de fevereiro e 3 de março para compor esse quadro que mostra a aproximação gradual de Vênus e Júpiter, até o ápice da conjunção.

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O fotógrafo deu à composição o nome de "10 Days of Nearness" (ou “10 Dias de Proximidade”, em tradução livre).

O ousado nascimento de uma estrela perto de um buraco negro

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O nascimento de uma estrela perto do buraco negro supermassivo central da Via Láctea impressionou os cientistas. Segundo os modelos atuais, isso não deveria acontecer, simplesmente porque a radiação dos arredores do buraco negro, teoricamente, "aborta" qualquer "embrião" de estrela em suas nuvens de formação.

Mas a X3b nasceu, por mais inusitado que isso seja, e os astrofísicos estão tentando entender como isso foi possível. Uma das hipóteses é que ela nasceu um pouco mais afastada e se aproximou depois. Será?

A formação de moléculas por tunelamento quântico

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E por falar em inusitado, os cientistas conseguiram fazer uma molécula se formar por tunelamento quântico, que é quando um elétron passa por alguma "barreira" sem precisar atravessá-la diretamente, ou seja, sem consumir nenhuma energia extra.

O tunelamento é uma técnica importante para a tecnologia; por exemplo, é através dele que os SSD conseguem "prender" elétrons em uma armadilha para guardar informações. A formação de uma molécula com esse método abre as portas para novas aplicações no futuro.

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O planeta "proibido" (mas nem tanto)

Um planeta mais ou menos com o tamanho e massa de Júpiter foi encontrado na órbita de uma estrela muito menor que o Sol. Isso chocou tanto os astrônomos que eles o apelidaram de "planeta impossível" e "planeta proibido" (causando até uma certa confusão na mídia).

Os cientistas terão algum trabalho para explicar como isso aconteceu, já que nenhum modelo atual mostra como esse planeta conseguiu se formar. Mas se aconteceu uma vez no universo, é muito provável que seja mais comum do que imaginamos.

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