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Primeira supernova registrada tem detalhes revelados em nova imagem

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Março de 2023 às 18h20

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NSF NOIRLab
NSF NOIRLab

O remanescente de supernova RCW 86, o primeiro a aparecer em registros históricos, foi observado pela câmera do telescópio Víctor M. Blanco, do Observatório Interamericano de Cerro Tololo. A supernova foi formada por uma estrela anã branca que explodiu há mais de 1.800 anos, cujo brilho foi registrado por observadores na China como uma “estrela visitante”. Hoje, restou apenas o anel de detritos deixado pelo processo.

Esta supernova histórica ocorreu a mais de 8 mil anos-luz de nós em direção ao sistema estelar Alpha Centauri, e formou a estrutura que, hoje, os astrônomos chamam oficialmente de “SN 185". A nova imagem ajudará os cientistas a entenderem como os restos do objeto evoluíram ao longo dos últimos 1.800 anos até formar o remanescente observado atualmente.

Confira:

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Graças aos recursos que permitem observar grandes áreas do céu noturno sem perder informações, a câmera Dark Energy proporcionou esta imagem, que revela uma visualização rara da estrutura completa da supernova como é vista hoje. Além da beleza, a imagem poderá ajudar os cientistas a entender melhor os processos por trás da explosão.

A foto traz várias estrelas junto de estruturas em filamentos, que parecem se afastar de um ponto central. Estas formações são consideradas os restos brilhantes de uma supernova observada por astrônomos chineses durante o ano 185 a.C. Ela seguiu visível a olho nu por cerca de oito meses, até que perdeu o brilho e desapareceu.

Atualmente, a relação entre o remanescente RCW 86 e a supernova SN 185 já é bem conhecida, mas não foi sempre assim: por décadas, os astrônomos consideraram que levaria cerca de 10 mil anos para uma estrela massiva colapsar em supernova e formar a estrutura observada. Se este fosse o caso, ela seria muito mais antiga do que a supernova vista em 185.

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Através de dados de raios X, os cientistas descobriram que a região da supernova tem grandes quantidades de ferro, o que sugere que ela foi uma supernova do tipo Ia. Esta classificação é dada às explosões que ocorrem em sistemas estelares binários, quando uma estrela anã branca captura material de estrela vizinha até acabar detonada.

Conforme a anã branca capturou a matéria da outra estrela, os ventos de alta velocidade empurraram o gás e poeira por perto para fora, esculpindo a cavidade que observamos hoje. Depois, quando a estrela anã branca chegou ao ponto em que não poderia mais suportar mais massa, ela explodiu violentamente.

Fonte: NOIRLab