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NASA deve alterar cronograma de missões de astrofísica devido à pandemia

Por| 24 de Setembro de 2020 às 21h00

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Não foi só a seleção que a NASAfaria dos próximos astronautas a irem para à Lua que sofreu atraso devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com informações de Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica da agência espacial, algumas missões de astrofísica, que se encontram em diversas etapas de desenvolvimento, também foram afetadas — e possivelmente sofrerão atrasos. A fala de Hertz ocorreu durante uma reunião do Astronomy and Astrophysics Advisory Committee, realizada no início desta semana.

Ele explicou que missões grandes e pequenas sofrerão estes atrasos e ainda não é possível determinar os efeitos no cronograma delas: “todas as nossas missões em desenvolvimento estão avançando, mas elas estão com eficiência reduzida devido à pandemia”, disse. Isso significa que há redução no ritmo de trabalho das equipes envolvidas devido ao distanciamento social e restrições de viagens. “Interrupções na cadeia de fornecimento estão nos afetando, e será um efeito dominó que não saberemos toda a extensão por algum tempo”, acrescenta.

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A missão de astrofísica do telescópio espacial James Webb, a maior da agência, demonstra bem esta questão: o lançamento da missão sofreu um adiamento de sete meses e deverá ocorrer apenas em outubro de 2021 devido a problemas causados pela pandemia. Assim, Hertz mencionou que a missão deverá manter o novo cronograma; os testes acústicos da nave já foram finalizados e os testes de vibração estão em andamento. Existem outras missões em desenvolvimento que também podem ser atrasadas e, apesar de ainda não haver detalhes ou mudanças formais no cronograma delas, Hertz já adiantou que este é o caso da missão do vindouro telescópio espacial Nancy Grace Roman.

Por outro lado, as missões operacionais de astrofísica sofreram poucos efeitos na pandemia, com as missões espaciais ocorrendo normalmente. Muito disso vem de iniciativas passadas que permitiram maior agilidade nas operações. “Ao longo dos anos, a pressão que colocamos nas missões ao longo das operações reduziu os custos e permitiu continuá-las. Isso criou as capacidades necessárias para a realização de operações científicas remotas durante a pandemia”, finaliza ele.

O programa de astronomia que leva instrumentos à estratosfera com balões também continua parado, e o projeto Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (SOFIA), sem atividades desde março, retomou seus voos no meio de agosto.

Fonte: SpaceNews