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Jeff Bezos quer impedir Elon Musk de lançar nova geração de satélites Starlink

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Agosto de 2021 às 12h10

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Divulgação/SpaceX
Divulgação/SpaceX

Em agosto, a SpaceX enviou à Federal Communications Commission (FCC) duas novas configurações possíveis para quase 30.000 satélites Starlink, que seriam direcionadas à segunda geração dos dispositivos. Agora, a Amazon solicita que a FCC, que é a entidade responsável pela regulamentação de telecomunicações nos Estados Unidos, rejeite o projeto, argumentando que a proposta da SpaceX vai contra as regras da instituição.

Embora tenha apresentado duas opções, a SpaceX planeja seguir com somente uma delas. Mesmo assim, a Amazon afirma que a proposta da empresa rival quebra as regras do FCC, que exigiram que os detalhes de alguma alteração na constelação sejam resolvidos antes de uma solicitação do tipo ser protocolada. Além disso, a Amazon alega ainda que as duas propostas vão duplicar o esforço empregado pelos operadores, que vão precisar analisar aspectos como interferência e preocupações relacionadas a detritos orbitais.

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Mariah Shuman, conselheira corporativa do Projeto Kuiper, da Amazon, enviou uma carta ao FCC onde afirma que, se a entidade abrir mão das regras e precedentes para endossar a iniciativa de solicitar configurações múltiplas e mutuamente exclusivas para os satélites, as consequências vão se estender bem além da proposta da SpaceX. "Não importa o quão ineficiente essa estratégia seja para a Comissão e demais partes respondendo às solicitações, outras licenças de prospecção vão, com certeza, ver o benefício em maximizar as opções ao descrever múltiplas configurações em suas solicitações de licença", argumentou.

Assim, Shuman solicitou ao FCC que descartasse a alteração proposta pela SpaceX e convidasse a empresa a enviar a alteração novamente após estabelecer somente uma configuração para o sistema de segunda geração. De acordo com a Amazon, as regras do FCC exigem que a SpaceX apresente a proposta da alteração antes de protocolar a solicitação, não depois. Portanto, a empresa vê que se a instituição "relaxar" as regras, isso irá incentivar a SpaceX e outras empresas a tentar enviar solicitações "especulativas" para, assim, tentar garantir o acesso a várias configurações de satélites.

A SpaceX apresentou as duas configurações porque a primeira depende do foguete Starship para os lançamentos, mas o veículo ainda está em desenvolvimento. Por outro lado, a configuração secundária poderia utilizar foguetes Falcon 9, reutilizáveis e já prontos para uso. "Com qualquer configuração, o sistema da 2º geração otimizará o serviço aos clientes e irá atender melhor os serviços de baixa latência e banda larga ampla, com menos satélites", afirmou a empresa.

Atualmente, a Amazon trabalha no Projeto Kuiper, que irá oferecer internet de alta velocidade e baixa latência para seus clientes — mas que, por enquanto, não tem nenhum satélite já implantado. A SpaceX, em paralelo, já tem mais de 1.700 satélites em órbita e atende clientes em 12 países. Independentemente da configuração adotada, a segunda geração deve ter cerca de 30.000 satélites na órbita baixa da Terra, que ficariam espalhados mais uniformemente em até 12 órbitas inclinadas, o que poderá melhorar a cobertura para usuários de regiões rurais ou remotas.

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Fonte: SpaceNews, PC Mag