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Hubble 30 anos | 10 das maiores descobertas feitas com este telescópio espacial

Por| 24 de Abril de 2020 às 18h29

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AURA/STScI/NASA/Hubble Site
AURA/STScI/NASA/Hubble Site

No dia 24 de abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble foi lançado para a órbita baixa da Terra para revolucionar nosso conhecimento sobre o universo - e o fez com maestria. E, além de presentear astrônomos com uma imensidão de dados para muitos novos estudos, o telescópio mostrou ao público o cosmos como nunca visto antes, inspirando entusiastas da astronomia em todo o mundo com belíssimas imagens.

Sua missão, nesses 30 anos, já rendeu cerca de 1,4 milhão de observações e forneceu dados para que astrônomos de todos os lugares pudessem escrever mais de 17.000 publicações científicas. Toda essa relevância o transformou em um dos observatórios espaciais mais importantes de toda a história.

Nas palavras do professor Günther Hasinger, Diretor de Ciências da ESA (Agência Espacial Europeia e parceira da NASA no projeto), “o Telescópio Espacial Hubble moldou, verdadeiramente, a imaginação de uma geração inteira, inspirando não apenas cientistas, mas quase todo mundo”. Para celebrar o 30º aniversário do Hubble, selecionamos 10 de suas principais descobertas.

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1. Buracos negros supermassivos

No início dos anos 1990, suspeitava-se que, no centro de várias galáxias, existiam buracos negros supermassivos. Isso era algo difícil de comprovar, mas, logo após o lançamento do Hubble, foram confirmadas as suspeitas, graças às imagens do telescópio que eram cinco vezes mais nítidas do que se podia obter até então. O Hubble ficou conhecido como um verdadeiro “caçador de buracos negros”.

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2. A causa das explosões de raios gama

Na galáxia que você vê na imagem acima, aconteceu um dos eventos mais energéticos do universo: uma explosão de raios gama (GRB), enigma por ser um evento muito raro, liberando tanta energia em poucos segundos quanto o Sol em 10 bilhões de anos. Com a ajuda do Hubble, pesquisadores descobriram que a causa deste GRB foi uma quilonova, que é a fusão de estrelas de nêutrons ou de uma estrela de nêutrons com um buraco negro.

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3. Colisões planetárias

Em 1994, telescópicos se voltaram para Júpiter para acompanhar fragmentos de um cometa colidindo com o gigante gasoso, e deixando marcas na sua atmosfera por um mês antes de desaparecer. Observatórios terrestres conseguiam imagens, mas o Hubble era o único que podia observar toda uma gama de comprimentos de onda, independentemente da hora do dia ou das condições climáticas. O ultravioleta foi importante para entender a reação causada pelos impactos, observando moléculas na atmosfera jupiteriana por meses e até anos depois.

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4. Discos protoplanetários

Os telescópios terrestres haviam detectado alguns objetos na nebulosa de Orion, que inicialmente pareciam se tratar de estrelas, e já se suspeitava de que havia discos protoplanetários ali desde 1700. Mas foi o Hubble que forneceu a confirmação através da imagem direta de numerosos discos, pela primeira vez, na nebulosa em questão. Discos protoplanetários são formados de poeira que circulam estrelas e, com o passar do tempo, esse material se condensa, formando os estágios iniciais de um protoplaneta. A imagem acima é uma aproximação da fotografia que o Hubble conseguiu dos discos protoplanetários em Orion.

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5. Matéria escura

A imagem acima revela a presença de algo que não podemos ver: a matéria escura. As galáxias, estrelas e planetas que podemos visualizar representam apenas 15% da matéria do universo. Os outros 85% são matéria escura, algo que não emite nem absorve qualquer comprimento de onda conhecido da luz. Este mapa, que revelou pela primeira vez onde a matéria escura está, foi criado a partir da observação de meio milhão de galáxias com o Hubble, junto a dados de alguns telescópios terrestres.

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6. Idade do universo

Cientistas utilizaram o Hubble para mensurar o brilho de estrelas Cefeidas – estrelas gigantes ou mesmo supergigantes amarelas –, que são como “faróis” usados para auxiliar na medição de longas distâncias. Isso ajudou a calcular distâncias entre galáxias e permitiu refinar as estimativas da idade do universo: 13,8 bilhões de anos.

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7. Evolução das galáxias

A imagem acima, uma das mais famosas do Hubble, mudou a maneira como pensamos sobre o universo distante para sempre. Trata-se de um pequeno pedaço de espaço na constelação da Ursa Maior, e abrange uma área milionésima do nosso céu noturno. No entanto, ali há 3.000 galáxias aglomeradas. Hoje, os astrônomos encontram galáxias de uma época em que o universo tinha apenas 500 milhões de anos, possibilitando mapear a evolução das galáxias, e medindo alterações de propriedades como tamanho, forma e cor ao longo do tempo.

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8. Atmosfera de exoplanetas

Já descobrimos a existência de mais de 4.000 exoplanetas, mas ainda não foi possível tirar nenhuma foto direta de nenhum deles. O Hubble, no entanto, foi o primeiro a detectar a atmosfera de um desses mundos alienígenas: o HD 209458-b, também conhecido como Osíris, localizado a 150 anos-luz da Terra.

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9. Gerações de estrelas

Por muitos anos, acreditava-se que todas as estrelas dentro de um aglomerado (centenas de milhares de estrelas unidas pela gravidade) deveriam ser muito semelhantes, formadas próximas da mesma nuvem de poeira. Mas, em 2005, o Hubble mediu o brilho e as cores das estrelas dentro do aglomerado globular NGC 2808. Era esperado encontrar apenas uma geração de estrelas, mas o Hubble detectou três.

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10. Aceleração do universo

O telescópio faz jus ao seu nome, que homenageia o astrônomo Edwin Hubble, criador da equação necessária para o cálculo da taxa de expansão do universo. O telescópio Hubble ajudou não só a comprovar que a expansão do universo está mesmo se acelerando, mas também mostrou que ela está sendo alimentada por um fenômeno denominado energia escura.