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Uma das estrelas mais antigas do Universo é descoberta — e ela está morrendo

Por| 07 de Agosto de 2019 às 12h48

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Uma das estrelas mais antigas do Universo é descoberta — e ela está morrendo
Uma das estrelas mais antigas do Universo é descoberta — e ela está morrendo

Uma estrela gigante vermelha foi encontrada meio escondida na nossa galáxia, a cerca de 35.000 anos-luz de distância, e ela tem níveis de ferro mais baixos do que qualquer outra estrela já analisada na Via Láctea. Isso significa que se trata de uma das mais antigas do Universo.

É muito provável que a SMSS J160540.18–144323.1 pertença à segunda geração de estrelas - a mesma da Matusalém, considerada a mais antiga já encontrada no cosmos - após o surgimento do Universo. "Esta estrela incrivelmente anêmica, que provavelmente se formou apenas algumas centenas de milhões de anos depois do Big Bang, tem níveis de ferro 1,5 milhão de vezes menores que o do Sol", disse o astrônomo Thomas Nordlander.

A quantidade de ferro em uma estrela é um ótimo indicador de sua idade porque no Universo primitivo não havia metais. As primeiras estrelas eram feitas principalmente de hidrogênio e hélio, e tinham vida muito curta. Essas estrelas, chamadas de População III, nunca foram vistas, mas supõe-se que elas eram tão massivas que forjavam elementos como silício e ferro em seus núcleos atômicos, onde os elementos mais leves de uma estrela são combinados para criar os mais pesados.

Quando essas estrelas se transformavam supernovas, elas expeliam esses elementos para o Universo. Assim, os metais por elas forjados se espalharam pelo cosmos, e as novas estrelas que se formaram “capturaram” esses elementos. Por isso, quanto menos ferro houver em uma estrela, mais antiga ela é. Se usarmos esse método para medir a idade do Sol, por exemplo, saberemos que ele está a 100.000 gerações do Big Bang.

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Os pesquisadores acreditam que a estrela que deixou de herança o ferro à SMSS J160540.18-144323.1 tinha massa relativamente baixa para os padrões do Universo primitivo, mas era cerca de 10 vezes mais massiva que o Sol. Isso já é o suficiente para produzir uma estrela de nêutrons e sintetizar elementos até mais pesados que o ferro.

No entanto, por ser uma gigante vermelha, a SMSS J160540.18-144323.1 está no final de sua vida, usando o restante de seu hidrogênio antes de mudar para a fusão de hélio. Ainda assim, os pesquisadores acreditam que estudá-la pode nos dar mais informações sobre as estrelas da População III. A pesquisa foi publicada no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.

Fonte: Science Alert