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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (13/11 a 19/11/2021)

Por| Editado por Patricia Gnipper | 20 de Novembro de 2021 às 11h00

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Wang Jin/NASA, ESA, Hubble/W. Ostling/Rolando Ligustri
Wang Jin/NASA, ESA, Hubble/W. Ostling/Rolando Ligustri
Tudo sobre NASA

A coletânea de imagens astronômicas selecionadas pela NASA na última semana está cheia registros de objetos variados e coloridos que vão surpreender os entusiastas da ciência espacial.

Por exemplo, você encontrará uma foto de um par de galáxias que parece mostrar uma sobreposta à outra — o que, claro, é um efeito da nossa perspectiva em relação a elas. Já em outra imagem, você verá uma nebulosa com forma parecida com a de um personagem popular de um videogame, e essa coincidência ajudou a inspirar seu apelido.

Além disso, temos também alguns registros feitos por fotógrafos que conseguiram capturar alguns fenômenos belíssimos. Um deles é o espetáculo da chuva de meteoros Geminídeas, ocorrida no ano passado; outros mostram todo o brilho da Lua cheia e até uma coluna de luz sobre a caldeira de um vulcão, formada por um fenômeno atmosférico curioso.

Vamos lá!

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Sábado (13) — Cometa 67P

Essa imagem do cometa Churyumov-Gerasimenko (67P) foi feita no início do mês. Este é um cometa periódico, que viaja ao redor do Sol com período orbital de 6,4 anos e que chegou ao ponto mais próximo da nossa estrela (o chamado “periélio”) no dia 2 de novembro. Já no dia 12, o cometa fez sua maior aproximação da Terra e passou por nós a uma distância de apenas 0,42 unidades astronômicas. 

Aqui, o cometa aparece em contraste com várias estrelas brilhando ao fundo. Uma delas, que se destaca por seu brilho intenso na parte esquerda da foto, é a estrela Beta Geminorum. Também conhecida como Pollux, essa estrela é uma gigante vermelha que fica a aproximadamente 34 anos-luz de nós e é a gigante mais próxima do Sol. Ela tem quase o dobro da massa da nossa estrela e quase nove vezes seu raio, sendo também a estrela mais brilhante da constelação.

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Domingo (14) — Identificando luzes no céu

Se você já viu uma luz no céu e ficou frustrado por não saber exatamente do que se tratava, fique tranquilo, já que esse é um tipo de dúvida que acompanha a humanidade há séculos. Felizmente, o quadro acima pode ajudar a — com o perdão pelo trocadilho — iluminar a questão, de forma bem humorada.

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Por exemplo, se você estiver em algum centro urbano e perceber que a luz pisca ou parece se mover, é porque ela provavelmente vem de um avião. Satélites até seriam uma possibilidade, mas eles não costumam ser tão brilhantes para serem vistos em meio às luzes das cidades.

Por outro lado, se você estiver em algum lugar mais remoto e ver algo brilhando muito intensamente no céu, pode simplesmente ser algum dos nossos planetas vizinhos, como Marte e Vênus — este, que costuma aparecer próximo do horizonte e é conhecido por seu forte brilho.

Caso a luz em questão seja grande, esteja se movendo rapidamente e piscando e, por acaso, tenha astronautas acenando para você, o quadro nos indica (com um toque de humor, claro) que pode se tratar da Estação Espacial Internacional. Brincadeiras à parte, tentar identificar objetos no céu é uma prática que pode render descobertas interessantes — uma forma de facilitá-la é usar aplicativos de celular, que indicam os nomes e posições dos objetos.

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Segunda-feira (15) — Pilar de luz no Monte Etna

As erupções vulcânicas são fenômenos impressionantes por si só e, às vezes, podem ficar ainda mais interessantes — como foi o caso desta erupção ocorrida no Monte Etna, na Itália. O feixe luminoso que aparece na direção da caldeira do vulcão é um exemplo claro de “pilar de luz”, um fenômeno atmosférico que ocorre quando pequenos cristais suspensos na atmosfera ou em nuvens refletem luz.

Vale lembrar que, ao contrário do que acontece com os raios de luz (vindos em linha reta da fonte que os emitiu), os pilares não têm que, necessariamente, estar acima ou abaixo da fonte de emissão.

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A forma vertical deles é muito mais uma ilusão de óptica e esses feixes luminosos podem ser de diferentes cores. Como o desta foto ocorreu em um vulcão em erupção, o vermelho vem da luz refletida pelo magma. Essa imagem foi feita apenas algumas horas após o Sol se pôr durante o mês de junho e, como as temperaturas da nuvem de cinzas sobre o vulcão estavam consideravelmente baixas, cristais de gelo se formaram nas nuvens acima da estrutura do vulcão ou no vapor d’água liberado. Depois, esses cristais refletiram a luz da caldeira e proporcionaram esse pilar luminoso.

Terça-feira (16) — Meteoros Geminídeas

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À medida que cometas e asteroides se aproximam do Sol, eles costumam deixar um rastro de poeira para trás. De tempos em tempos, a Terra atravessa esses grupos de poeira e fragmentos de rochas espaciais, que passam pela atmosfera do nosso planeta e se desintegram em rastros luminosos no céu — como os que aparecem nesta foto da chuva de meteoros Geminídeas ocorrida no ano passado, que tem este nome porque os meteoros parecem vir da direção da constelação de Gêmeos.

Os meteoros da chuva Geminídeas vêm do asteroide 3200 Faetonte, que orbita o Sol a cada 1,4 anos. O pico do fenômeno costuma ocorrer durante a metade do mês de dezembro, e esta é considerada uma das melhores chuvas de meteoros para quem quer flagrar o brilho de algum dos fragmentos do asteroide no céu.

A foto acima é uma composição de várias imagens da chuva do ano passado e inclui mais de 200 meteoros, que brilharam no céu durante a noite do dia 14 de dezembro. Felizmente, não é preciso esperar até dezembro para observar meteoros no céu: entre os dias 17 e 18 desta semana, ocorreu o pico da chuva de meteoros Leônidas.

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Quarta-feira (17) — Galáxias alinhadas

Essa imagem foi feita pelo telescópio Hubble e mostra o par de galáxias NGC 3314, formado por uma dupla delas que parece estar prestes entrar em uma colisão cósmica — mas, na verdade, essa é uma impressão que se deve muito mais à nossa perspectiva, que mostra ambas em um alinhamento quase perfeito.

A NGC 3314a, que aparece no primeiro plano, está quase “de frente” no nosso ângulo de visão, e tem sua estrutura bem definida graças a aglomerados de estrelas jovens e brilhantes. Já ao fundo, encontramos a NGC 3314b, formada por caminhos de poeira escura interestelar presentes em sua estrutura espiral. Ambas ficam nos limites do aglomerado Hydra, localizado a cerca de 200 milhões de anos-luz de nós e lar de 157 galáxias brilhantes.

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Aliás, o movimento dessas galáxias indica algo curioso sobre elas: na verdade, elas estão relativamente sem perturbações e seguem em movimento para em direções diferentes; portanto, não estão numa rota de colisão. Outra característica interessante dessa dupla envolve à galáxia à frente, cuja massa deveria criar um efeito de lente gravitacional que iria distorcer aquela que está ao fundo, certo? Pois bem, pode não parecer, mas a lente gravitacional está aí! O que acontece é que não conseguimos percebê-la por causa da distância entre as duas galáxias, que estão tão próximas uma da outra que o desvio angular acaba menor que o tamanho delas próprias.

Quinta-feira (18) — Brilho da Lua cheia

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Essa bela foto mostra a silhueta de um fotógrafo em contraste com a Lua cheia ao fundo, que geralmente é a fase mais brilhante do nosso satélite natural. Além disso, houve um eclipse lunar nesta semana: na madrugada do dia 18 para o dia 19, a luz da Lua ficou escurecida por algumas horas devido ao eclipse lunar parcial, em que apenas uma parte do disco lunar ficou fora da sombra da Terra quando a Lua se deslocou para a parte sul da sombra. Este foi o segundo eclipse lunar de 2021, considerado excepcionalmente longo.

Na foto, a Lua parece ter grandes dimensões em comparação com o fotógrafo, certo? Bem, isso é um efeito causado pela lente utilizada para a produção deste registro. As lentes de telefoto são capazes de causar um efeito de ampliação no objeto registrado, que faz com que pareça ser maior. Isso pode ser reduzido se o fotógrafo se afastar um pouco do que está registrando, mas como não é possível se afastar da Lua, a ampliação é mantida.

Sexta-feira (19) — Nebulosa Pacman

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Esta é a nebulosa NGC 281, localizada a cerca de 10.000 anos-luz de nós na constelação de Cassiopeia — você também pode encontrá-la com o apelido "Nebulosa Pacman", devido à sua semelhança com o célebre personagem dos jogos.

Esta é uma nebulosa de emissão, formada por gases ionizados que emitem luz em comprimentos de onda variados. Geralmente, essa ionização é causada por uma estrela quente que está por perto. Na maior parte das vezes, a estrela jovem ioniza a parte da nuvem em que nasceu, mas estrelas quentes e massivas são capazes de ionizar parte significativa da nuvem.

A NGC 281 se estende por aproximadamente 80 anos-luz e, nesta imagem, as estrelas em luz visível foram acrescentadas digitalmente. Elas foram editadas a partir dos dados de emissões em raios X (em roxo), coletadas pelo telescópio espacial Chandra, junto dos dados de infravermelho (em vermelho) obtidos pelo telescópio espacial Spizer. No fim, essa mistura de diferentes comprimentos de onda nos mostra a diversidade de estrelas no interior do aglomerado estelar IC 1590, que normalmente estariam escondidas por gases e poeira.

Fonte: APOD