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Monte Etna entra em erupção de novo; esta é sua 50ª atividade registrada em 2021

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Setembro de 2021 às 17h50

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Copernicus EU
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O grande vulcão italiano Monte Etna entrou mais uma vez em erupção no último dia 29 de agosto. Esta é a 50ª vez que ele entra em atividade só neste ano — e as imagens obtidas por satélites revelam a dimensão da grande quantidade de lava e cinzas expelidas por ele, o suficiente para fazê-lo crescer em 30 metros nos últimos seis meses.

Desde fevereiro deste ano, o Etna tem passado por uma série de erupções. A quantidade de material vulcânica expelida, desde então, elevou seu pico sudeste, que alcançou cerca de 3.357 metros de altura e ultrapassou o pico nordeste, que se manteve como o ponto mais alto pelos últimos 40 anos.

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O vulcanologista Boris Behncke, do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), que trabalha em um observatório instalado na base do Etna, explicou que os cientistas já sabiam que o vulcão estava tramando algo desde o final do ano passado, quando ele começou a lançar nuvens de cinzas e gás. "O Etna estava se preparando para algo grande (temíamos uma erupção pelo flanco) com intensa atividade sísmica, deformação do solo e desgaseificação", acrescentou Behncke.

No dia 16 de fevereiro, o Etna iniciou suas erupções e, desde então, vários satélites têm acompanhado a evolução de suas atividades, como o satélite europeu Sentinel-2, que registrou a erupção mais recente, além de outros satélites da missão Copernicus da Agência Espacial Europeia (ESA), que monitoram de perto a quantidade de dióxido de enxofre liberada pelo vulcão.

Além desses, os dois satélites Plêiades, da Airbus, forneceram os dados que revelaram o crescimento sem precedentes do vulcão nos últimos seis meses. Com base nos dados obtidos pelo Copernicus Sentinel 5P no último dia 30, a plataforma de análises ADAM criou um mapa que revela a pluma de enxofre liberada na erupção, a qual avança sobre a Grécia e Turquia.

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Estas plumas podem atingir altitudes muito elevadas e, por isso, têm potencial de afetar o tráfego aéreo. Em abril, uma pluma lançada pelo Etna foi detectada a uma altitude de 7.000 metros. Em solo, o dióxido de enxofre pode causar irritações no sistema respiratório e provocar doenças, como asma, em pessoas mais suscetíveis a problemas respiratórios.

De acordo com Earth Observatory, da NASA, o Monte Etna começou a se formar no fundo do oceano, como um vulcão submarino, crescendo à medida que novas erupções aconteciam e lançavam mais materiais. Hoje, os fluxos de lava solidificados do vulcão registram atividades que aconteceram até 300 mil anos atrás.

Fonte: Space.com