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Chuva de meteoros Leônidas tem pico nesta semana; saiba como observar

Por| Editado por Patricia Gnipper | 16 de Novembro de 2021 às 18h13

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Miguel Claro (TWAN, Dark Sky Alqueva)
Miguel Claro (TWAN, Dark Sky Alqueva)

A chuva de meteoros Leônidas (ou Leonídeas) já começou, mas ela atinge o pico na madrugada de 17 para 18 de novembro. Isso significa que você poderá observar uma quantidade maior de “estrelas cadentes” nesse período, mas há alguns desafios que merecem atenção de quem deseja conferir o melhor do espetáculo.

Essa chuva pode ser imprevisível e reservar algumas surpresas, mas é após a passagem do cometa Tempel-Tuttle pela Terra que ela se torna realmente intensa. Em 1799, 1833, 1866, 1966 e 1998, por exemplo, a Leônidas proporcionou chuvas com milhares de meteoros. Nas décadas seguintes à passagem, também pode haver maior proficiência — como em 2001 e 2002, quando o material veio principalmente da passagem do cometa, em 1766.

Para este ano, entretanto, as previsões são para uma chuva amena, com cerca de 15 meteoros por hora. Não é das mais prolíficas, mas é uma boa taxa, se você tiver paciência (e puder ficar acordado até mais tarde). O astrônomo russo Mikhail Maslov prevê que a próxima grande explosão de Leônidas ocorrerá em 2034, com até 500 meteoros por hora. Já pode marcar a data no calendário.

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De onde vêm os meteoros Leônidas?

A chuva de meteoros Leônidas está associada à passagem do cometa 55P/Tempel-Tuttle, que leva 33 anos para completar uma volta ao redor do Sol. O nome do cometa vem dos dois astrônomos que o descobriram, em momentos diferentes e de modo independente: Ernst Tempel e Horace Parnell Tuttle, que observaram o corpo celeste em 1865 e 1866, respectivamente.

Como ocorre com as demais chuvas, o cometa deixa para trás uma nuvem de detritos ao se aproximar do Sol, e são esses pequenos grãos que se transformam em “estrelas cadentes” quando a Terra passa por essas nuvens. Ao entrar em contato com nossa atmosfera, os detritos queimam e deixam um rastro devido às reações químicas. Quanto mais rápido os meteoros se movem, mais brilhante será o rastro.

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As partículas mais lentas costumam atingir nossa atmosfera a uma velocidade de cerca de 12km/s, velocidade extrema o suficiente para queimar com tanto atrito. A energia cinética que o objeto carrega é proporcional à sua massa multiplicada pelo quadrado da sua velocidade, por isso os grãos minúsculos que se movem muito rápido carregam grandes quantidades de energia — que por sua vez é convertida em luz.

Como observar a chuva de meteoros Leônidas

Como o nome sugere, a chuva tem como radiante a constelação de Leão. Isso significa que os meteoros parecem vir de lá, mas não necessariamente você deve olhar para essa região. Se você encontrar as constelações vizinhas — Ursa Maior, o Leão Menor, o Caranguejo —, também estará no caminho certo. Senão, basta olhar para o céu na direção Nordeste.

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Se olhar para a direção certa, você deve encontrar facilmente a estrela Régulo, a mais brilhante da constelação de Leão, um pouco à sua direita. Aplicativos como Carta Celeste podem ajudar nessa etapa. A partir daí, acomode-se em uma cadeira, ou até mesmo um saco de dormir, se tiver. As chuvas de meteoros costumam ser “ingratas” para os mais apressados, então você pode tornar esse momento mais interessante se aproveitar para conhecer melhor as constelações, capturar algumas imagens e apreciar a Lua.

Por falar em nosso satélite natural, estaremos apenas a dois dias (ou melhor, noites) para a Lua Cheia, então o brilho lunar estará forte e pode ofuscar alguns meteoros. Felizmente, ela se põe a noroeste (no ponto subcolateral ONO, se preferir maior precisão) às 4h, então a partir desse horário não haverá muita interferência. Esse é, sem dúvida o melhor momento para observar, pois há uma janela curta até o nascer do Sol, que definitivamente encerrará o espetáculo.

Para observar a chuva Leônidas, não é necessário nenhum equipamento especial, pois os meteoros são bem visíveis a olho nu e qualquer tipo de lente diminuirá seu campo de visão. Outra dica importante é ir a um local mais afastado, longe de iluminação artificial, nuvens e neblina. Ah, caso pretenda utilizar o celular durante as observações, procure algum aplicativo que deixe a luz da tela avermelhada, pois assim suas pupilas não dilatarão e você manterá boa visão noturna. Prefira lanternas de luz vermelha, também.

Fonte: The New York Times, Space.com