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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (08/08 a 14/08/2020)

Por| 15 de Agosto de 2020 às 11h00

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Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (08/08 a 14/08/2020)
Destaques da NASA: fotos astronômicas da semana (08/08 a 14/08/2020)
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Uma das melhores características das imagens selecionadas pela NASA no site Astronomy Picture of the Day (APOD) são as curiosidades que geralmente as acompanham. Por exemplo, nesta semana há uma foto fascinante de Júpiter e Saturno nascendo juntos no horizonte de uma região chamada Ah-Shi-Sle-Pah, localizada na Bacia de San Juan, no Novo México. Ali, as formações rochosas ganham formatos inusitados, graças aos processos de erosão, dando ao cenário um quê de paisagem alienígena de filmes de ficção científica.

Também há uma imagem que pode não parecer astronômica, mas tem tudo a ver com astronomia - uma simples tabela periódica, com o diferencial de que, nesta versão, podemos aprender sobre a origem dos elementos. Muitos deles surgiram dentro do núcleo das estrelas, supernovas, ou em colisões de estrelas de nêutrons.

Também há imagens magníficas como a sombra em Saturno, algo que jamais poderemos ver aqui da Terra, nem mesmo com os mais poderosos telescópios, pois a face escura de Saturno nunca fica voltada para nós. O cometa C/2020 F3 (NEOWISE) e a chuva de meteoros Perseidas também aparecem aqui, bem como as densas e misteriosas nuvens de Júpiter, que escondem o segredo da amônia desaparecida. E, por fim, não poderia faltar uma imagem das incríveis nebulosas, com todas as suas complexidades e cores.

Sábado (08) - Sombra em Saturno

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Nesta imagem capturada pela sonda Cassini em 2007, o majestoso planeta gigante mostra apenas uma face iluminada pelo Sol - algo que não acontece quando observado com telescópios aqui da Terra. A fotografia fica ainda mais impactante por registrar os anéis do lado oposto à nossa estrela, o lado não iluminado, que também não podemos ver observando do nosso planeta. A sombra de Saturno é projetada sobre seus próprios anéis.

Também foram bem registradas as cores sutis das faixas de nuvens e as luas Mimas, às 2 horas, e Janus às 4 horas, que aparecem como pontinhos de luz. Na posição das 8 horas, também está Pandora, quase impossível de enxergar.

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Domingo (09) - A origem dos elementos

Nessa imagem, a NASA optou por uma rápida aula sobre a química do nosso universo. Todos os elementos químicos que conhecemos surgiu em algum momento no cosmos, muito antes do nosso planeta nem sequer sonhar em existir. Nesta tabela, entendemos um pouco melhor quando cada um deles se formou.

O hidrogênio, o primeiro elemento, presente em cada molécula de água, veio do Big Bang. Não existem outras fontes de hidrogênio no universo. O carbono, sem o qual também não existiríamos, foi feito por fusão nuclear no interior das estrelas, assim como o oxigênio.

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Já o ferro foi feito em processos semelhantes de fusão no núcleo de estrelas, mas isso aconteceu quando elas explodiram em supernovas, há muito tempo, e em galáxias distantes. O ouro provavelmente foi feito de estrelas de nêutrons durante colisões que poderiam ser visíveis como explosões de raios gama de curta duração ou eventos de ondas gravitacionais.

Esta tabela periódica é codificada por cores para indicar a melhor estimativa dos cientistas quanto à origem de todos os elementos conhecidos. Mas não se conhece exatamente a origem de alguns deles, como o cobre. Existem pesquisas observacionais e computacionais contínuas para que esses mistérios sejam revelados.

Segunda-feira (10) - Chuva de meteoros Perseidas

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A chuva de meteoros Perseidas atingiu seu pico na madrugada de terça para quarta-feira, e a NASA compartilhou esta imagem fabulosa. Ela mostra que todos os meteoros dessa chuva específica parecem vir da constelação de Perseu. Os pesquisadores chamam esse ponto de onde os meteoros parecem vir de “radiante”.

Mas isso é apenas uma origem aparente. Os meteoros são fragmentos do tamanho de areia que vieram do Cometa Swift-Tuttle. O cometa segue uma órbita bem definida em torno de nosso Sol, e a parte da órbita que se aproxima da Terra é sobreposta na frente de Perseu. Portanto, quando a Terra cruza esta órbita, o rastro de destroços deixados para trás pelo cometa em todas as suas passagens entram na nossa atmosfera, aparecendo perto da constelação radiante.

A imagem foi composta a partir de fotografias realizadas em um total de oito noites, em agosto de 2018. O resultado são mais de 400 meteoros Perseidas.

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Terça-feira (11) - Onde está a amônia?

Recentemente, astrônomos conseguiram responder um dos grandes mistérios da atmosfera de Júpiter. É que quando a sonda Juno passou por lá, os pesquisadores esperavam ver uma grande quantidade de amônia gasosa, mas o elemento estava quase ausente em muitas nuvens. No entanto, os pesquisadores descobriram o que está acontecendo com as nuvens de Júpiter: um ciclo de amônia faz com que o elemento desça para as partes mais internas da atmosfera.

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Eles encontraram um tipo peculiar de relâmpagos em algumas das nuvens mais altas do planeta, e descobriram que eles provavelmente são criados por causa de uma mistura de água e gás de amônia, que se transforma em pedras de granizo jupiterianas. Essas pedras, chamadas “mushballs”, aumentam à medida que se movem para cima e para baixo na atmosfera, até ficarem tão grandes que caem. Com a queda, elas encontram temperaturas mais quentes, e eventualmente evaporam por completo.

Isso leva a amônia e a água até níveis profundos na atmosfera do planeta. Por isso, a amônia que os cientistas esperavam encontrar na parte mais externa das nuvens estava “escondida” lá embaixo. As nuvens agitadas de Júpiter revelam não apenas uma complexidade magnífica, mas também pistas misteriosas para fenômenos atmosféricos fantásticos, que incluem relâmpagos semelhantes aos que ocorrem na Terra.

Quarta-feira (12) - NEOWISE aponta para o Sol

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Essa imagem foi composta por fotografias do cometa C/2020 F3 (NEOWISE) entre os dias 17 a 25 de julho e revelam algo curioso: a posição do Sol em relação à Terra em cada um desses dias. Se você observar a cauda de íons do cometa, verá que a cada dia ela apontava para uma direção diferente, dando a impressão de que o NEOWISE estava se movendo. Mas, na verdade, é a Terra quem se moveu.

A cauda dos cometas sempre aponta para o lado oposto do Sol, já que são justamente as partículas da luz solar que faz com que ela apareça. Mas conforme o NEOWISE circundava o Sol, a Terra moveu-se visivelmente em sua órbita. Claro, o cometa também estava se movendo em sua própria órbita, mas foi o movimento do nosso planeta que fez com que o Sol aparecesse em pontos diferentes no céu. Como consequência, o cometa e sua cauda também estão apontando para lugares diferentes da Terra - mas sempre para nossa estrela.

Essa composição de imagens foi meticulosamente calculada para mostrar esse efeito das órbitas dos corpos celestes, com fotografias que também destacam a montanha Turó de l'Home, ao norte de Barcelona, ​​Espanha. O cometa NEOWISE não é mais visível a olho nu, mas ainda pode ser encontrado com um pequeno telescópio enquanto retorna ao Sistema Solar exterior.

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Quinta-feira (13) - Saturno, Júpiter e uma rocha peculiar

Saturno e Júpiter aparecem subindo no horizonte, no canto esquerdo inferior desse cenário que mais parece oriundo de um mundo alienígena em filmes de ficção científica. Na verdade, trata-se de terras na região de Ah-Shi-Sle-Pah, na Bacia de San Juan, no Novo México. A torre de rocha no centro, informalmente apelidada de "Trono Alienígena", tem cerca de 3 metros de altura, e nos dá uma dimensão da diversidade na formação rochosa do planeta. A região tem ermo multicolorido, "chaminés de fada" (também chamados de pirâmides de terra arenito), madeira petrificada e ossos de dinossauros.

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Saturno e Júpiter, os maiores mundos do Sistema Solar, nem sempre aparecem juntos no céu, mas continuarão nos dando essa oportunidade de apreciá-los dessa forma por vários meses, sempre após o por do Sol. A imagem é uma composição de exposições consecutivas de primeiro e segundo plano, todas tiradas no final de maio com a mesma câmera e do mesmo local.

Sexta-feira (14) - Nebulosa para lá de complexa

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Esta nebulosa é incomumente complexa. Normalmente, as nebulosas que se formam ao redor de uma estrela moribunda, elas adquirem um formado circular, às vezes de um lóbulo duplo, ou uma hélice. No caso da nebulosa planetária NGC 5189, sua forma é de "Z" (a imagem está invertida horizontalmente).

Com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble, os pesquisadores buscaram entender porque a nebulosa ganhou este formato. Estudos anteriores indicaram a existência de várias épocas em que ocorreu a ejeção de material, incluindo uma recente, que criou um toro brilhante e distorcido, que você pode ver atravessando o centro da imagem. Também havia uma hipótese de que essa estrela à beira da morte tem uma irmã gêmea.

Os resultados do Hubble parecem consistentes com essa hipótese - a nebulosa surgiu de um sistema estelar binário com um eixo de simetria, ou seja, há uma linha que divide uma figura em duas partes simétricas. A NGC 5189 se estende por cerca de três anos-luz e fica a cerca de 3.000 anos-luz de distância, em direção à constelação da Mosca.

Fonte: APOD