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China vai escolher estrangeiros para irem à estação espacial Tiangong

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Fevereiro de 2023 às 15h52

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A China planeja expandir sua estação espacial Tiangong com um novo módulo de funcionalidades múltiplas, e deve também começar a treinar astronautas estrangeiros em breve para que sirvam em missões no novo complexo orbital. A decisão sinaliza que o país planeja usar a estação para expandir a colaboração e relações internacionais.

Segundo Chen Shanguang, vice-designer-chefe do programa de voos espaciais tripulados da China, vários países já enviaram pedidos para levar seus astronautas à nova estação, e a seleção dos candidatos para voos conjuntos para ela deve começar em breve. “Eles vão poder trabalhar com nossos astronautas para realizar tarefas científicas no espaço”, disse, em entrevista ao jornal China Daily. Para isso, os candidatos devem passar por um processo seletivo inicial, e depois vão para a China para aprender a operar naves chinesas Shenzhou e os recursos da estação.

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"O idioma de trabalho na Estação Espacial Internacional é o inglês. Portanto, a linguagem falada em uma estação chinesa é, naturalmente, chinês", observou Pang Zhihao, especialista em tecnologias de exploração espacial. “Também esperamos que os candidatos estrangeiros possam conseguir algum conhecimento sobre a cultura chinesa, porque eles estarão a bordo de uma estação espacial chinesa”, finalizou Chen.

A estação espacial Tiangong recebeu o módulo Mengtian em novembro, que sinalizou a conclusão de sua estrutura em formato da letra “T”. No momento, a estação conta também com o módulo Wentian e o Tianhe, e deve seguir permanentemente ocupada por pelo menos uma década. Cada tripulação terá três astronautas, que devem passar seis meses por vez em órbita.

Agora, o país já vem elaborando planos para aumentar o complexo orbital. “Vamos lançar o módulo de expansão da estação espacial no momento apropriado, para expandir o tamanho dela e ampliar sua capacidade”, explicou Ji Qiming, assistente de direção do Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China (CMSEO). Ao que tudo indica, o tal módulo de expansão substituiu um projeto anterior, que iria enviar ao espaço módulos “irmãos” dos três já lançados.

A ideia agora é que o módulo de expansão multifuncional deixe a estação com formato de cruz, e que tenha seis portas de acoplagem. Estas portas vão oferecer redundância, permitindo que mais naves sejam acopladas à estação do que as capacidades atuais comportam — e, se for lançado, o módulo poderá facilitar os planos que a China tem de receber missões comerciais e visitas turísticas no complexo orbital.

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Fonte: AP News, China Daily