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Tiangong-3 | Como será a futura estação espacial chinesa?

Por| Editado por Patricia Gnipper | 13 de Maio de 2021 às 12h00

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O primeiro voo tripulado da China aconteceu em 2003, mais de 40 anos após o cosmonauta Yuri Gagarin se tornar o primeiro humano a ir para o espaço. Desde então, o programa espacial chinês vem progredindo, e o avanço mais recente envolve a Tiangong-3, a terceira estação espacial do país, cujo módulo central já está na órbita do nosso planeta.

A Estação Espacial Chinesa (CSS) é a sucessora dos laboratórios Tiangong-1 e Tiangong-2, que foram lançados em 2011 e 2016, respectivamente. Desta vez, o novo laboratório será construído em um design modular e a estrutura será composta por um módulo central ligado a outros dois laboratórios, com peso combinado de quase 70 toneladas.

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O lançamento do módulo Tianhe (nome que significa "Harmonia dos Céus", em tradução livre), o primeiro da estação, aconteceu no final de abril com um foguete Long March 5B, que possui um estágio central e quatro propulsores. O veículo cumpriu o objetivo de levar a espaçonave de 22,5 toneladas para a órbita, mas seu estágio central acabou alcançando velocidade orbital, de modo que começou a orbitar a Terra descontroladamente. Depois de quase uma semana, a reentrada do componente aconteceu no mar.

Apesar do incidente, o módulo foi para a órbita em segurança e os painéis solares que o equipam já estão em operação. O Tianhe, o principal ambiente da estação, é formado por duas seções cilíndricas com tamanho total de 16,6 m, capazes de abrigar até três tripulantes. O módulo fica na órbita baixa da Terra, a cerca de 400 km do solo, e deverá receber os três primeiros taikonautas (o nome dado aos astronautas chineses) em breve.

O que esperar da Tiangong-3

A Tiangong-3 será um laboratório orbital parecido com a antiga estação Mir; ou seja, será composta por um módulo central para que outros módulos sejam adicionados gradualmente. Assim, o país deverá lançar no ano que vem os módulos científicos Wentian e Mengtian, que terão 14,4 m de comprimento e diâmetro de 4,2 metros. A ideia é que estes componentes sejam usados para realizar experimentos científicos de ciência, biotecnologia, física, microgravidade, entre outros.

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Aliás, a estação ainda contará com o Xuntian, um telescópio espacial do tamanho do Hubble, mas com campo de visão 300 vezes mais amplo. Esse módulo experimental não será conectado à estrutura da estação porque ficará em uma órbita próxima da espaçonave, mas poderá ser adicionado à Tiangong-3 para passar por operações de reparo. O telescópio será usado para estudar as origens, evolução e expansão do universo, além da energia e matéria escuras.

Gu Yidong, cientista chefe do programa espacial tripulado da China, aponta que o país está pronto para levar a colaboração com cientistas de todo o mundo à Tiangong-3, e os interessados poderão aplicar para parcerias internacionais para poderem acessar os recursos da estação. Contudo, não está claro como essa colaboração irá acontecer em termos geopolíticos — a legislação dos Estados Unidos, por exemplo, proíbe que os cientistas da NASA trabalhem diretamente com a China.

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A expectativa é que ainda sejam lançadas mais dez missões nos próximos 18 meses para a construção da estação, e a agência espacial chinesa estima que a CSS esteja funcionando em 2022. Enquanto a montagem continua, você pode fazer uma visita virtual da estação com a CSS Virtual, uma plataforma que te leva pelas unidades da estação em diferentes perspectivas, além de oferecer também uma experiência de Realidade Virtual (VR).

Fonte: The Conversation, NASA Spaceflight, Scientific American