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10 referências e easter eggs em Thor: Amor e Trovão

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Como não poderia deixar de ser, Thor: Amor e Trovão chegou aos cinemas trazendo não só uma aventura bastante divertida como também faz isso com diversos easter eggs na bagagem. Afinal, caçar referências já virou um esporte para os fãs.

O longa faz vários acenos aos leitores de quadrinhos, da mesma forma que também brinca com o próprio Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) e seus bastidores. Por isso mesmo, é muito fácil deixar algumas coisas passarem despercebido, ainda mais quando você está tão empolgado com o frenesi e a correria da história.

E embora não seja nada que vá deixar o espectador boiando entre os Nove Reinos, são brincadeiras que tornam a experiência mais divertida e dão um sentido novo a certas situações ou mesmo piadas. Por isso, para ajudá-lo a aproveitar melhor Thor: Amor e Trovão, listamos alguns easter eggs que podem ter passado despercebidos. Quem sabe isso não motiva uma segunda ida ao cinema?

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Atenção! A partir daqui, este texto traz spoilers de Thor: Amor e Trovão! Pare de ler aqui se não quiser saber o que acontece!

10. Os bodes de Thor

Ok, não tem como não perceber que o Thor (Chris Hemsworth) tem dois bodes de estimação em Amor e Trovão. Os animais estão a todo o instante berrando na tela e até desempenham um papel importante na trama, sendo mais do que apenas uma piada bizarra. E o que pouca gente sabe é que eles são personagens vindos diretamente dos quadrinhos — ou, melhor dizendo, da mitologia.

O filme não chega a revelar o nome dos animais e eles surgem de um contexto nada nórdico. Na verdade, eles são um “presente” dado por uma raça alienígena após o Deus do Trovão salvar o planeta ao lado dos Guardiões da Galáxia. Só que a origem dessa dupla berrante é bem mais antiga.

Na mitologia escandinava, Thor realmente tinha dois bodes de batalha que eram usados para puxar sua carruagem durante as guerras. E eles até tinham nomes: Tanngrisnir e Tanngnjóstr — que significam, em uma tradução livre, “aquele que mostra os dentes” e “aquele que range os dentes”.

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Isso foi levado para as publicações da Marvel em 1976, quando Steve Englehart e John Buscema adaptaram a história mitológica para os gibis. Com isso, eles tiveram seus nomes simplificados para Toothgnasher e Toothgrinder e passaram a aparecer em algumas histórias do herói como criaturas mágicas que não só podiam viajar pelos Nove Reinos em alta velocidade, como também eram tão poderosas que podiam quebrar o próprio Mjolnir com uma cabeçada.

9. Uma morte bastante familiar

Falando em quadrinhos, há uma cena de Thor: Amor e Trovão que foi retirada diretamente dos quadrinhos de forma quase literal. Quando Thor vai atrás de Sif (Jamie Alexander) após ela ter sido atacada pelo Carniceiro dos Deuses (Christian Bale), o Deus do Trovão se depara com outra vítima do vilão.

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Trata-se de Falligar, um deus que Thor parecia conhecer de outros carnavais, mas que foi cruelmente morto por Gorr. Em termos de trama, isso é apenas um detalhe. Contudo, a construção da cena é idêntica à da revista Thor: God of Thunder no arco O Carniceiro dos Deuses.

A recriação é tão clara que reacendeu a velha discussão se os autores de quadrinhos deveriam ou não receber royalties quando a Disney e o Marvel Studios fazem esse tipo de transposição literal do desenho para as telas.

8. O teatro asgardiano

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Esse easter egg é, na verdade, uma continuação de uma piada iniciada em Thor: Ragnarok. No filme anterior, Loki (Tom Hiddleston) pegou alguns asgardianos para que encenassem a história da sua vida. E vemos agora que esse tipo de entretenimento se mantém ainda bastante popular em Nova Asgard.

O mais divertido são os envolvidos nessa adaptação teatral. Odin é vivido pelo ator Sam Neill (Jurassic World: Domínio), enquanto Loki é ninguém menos do que Matt Damon. Já o Thor é Luke Hemsworth, irmão de Chris Hemsworth.

Em Amor e Trovão, a trupe está com uma peça que reconta os eventos de Thor: Ragnarok e, para viver a vilã Hela, eles chamaram ninguém menos do que Melissa McCarthy (As Caça-Fantasmas).

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7. A família inteira no elenco

Luke Hemsworth não é o único parente a estar no elenco do filme. Na verdade, Thor: Amor e Trovão é uma enorme cabine de emprego para toda a família do protagonista, do diretor e até do vilão.

A esposa de Chris Hemsworth, Elsa Pataky, já havia aparecido no MCU em Thor: Mundo Sombrio — ela é a dublê de Natalie Portman que aparece na cena final para beijar o herói — e agora aparece com um papel um pouco maior. Ela é a mulher-lobo com quem o Deus do Trovão flerta logo no comecinho da história, quando Korg (Taika Waititi) está narrando as aventuras do Viking Espacial.

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Os filhos do ator também aparecem. Ainda nessa sequência inicial, em que vemos Thor criança correndo no campo de batalha, o personagem é vivido por Tristan Hemsworth, de apenas 8 anos. E sua irmã gêmea é uma das crianças asgardianas que é sequestrada por Gorr.

Além disso, a filha mais velha do casal, India Rose, vive a personagem Amor. Ela é a garotinha que aparece inicialmente como a filha de Gorr e que, no fim da história, é adotada por Thor após ser revivida com o poder da Eternidade.

Só que o nepotismo asgardiano não para por aí. Entre as crianças sequestradas pelo vilão, também estão os dois filhos de Natalie Portman, os dois de Christian Bale e as duas de Taika Waititi. Pelo visto, até os heróis da Marvel tiveram que levar as crianças para o trabalho durante a pandemia.

6. Os berserkers negros

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Como todo filme do MCU, o vilão conta com um exército de inimigos genéricos que o ajudam a criar uma bela cena de batalha, mas que não apresentam uma grande ameaça. A gente já viu isso com os Chitauri no primeiro Vingadores e com os demônios sugadores de alma em Shang-Chi, apenas para citar dois exemplos. E, com Gorr, não é diferente.

O filme não explica o que são aquelas criaturas, se limitando apenas a mostrar que elas surgem da Necroespada, quase como se fossem sombras vivas. Pois os quadrinhos dão uma explicação um pouco mais detalhada do que são esses seres.

Os gibis os chamam de berserkers negros e são realmente parte da espada — embora Gorr acredite que fazem parte dele. Isso tudo porque a arma tem uma ligação com Knull, uma divindade sombria e criadora dos simbiontes.

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Então, de forma bem resumida, é como se aquelas criaturas que Gorr invoca a todo o instante fossem primos não tão distantes assim do Venom. Contudo, como o longa não fez qualquer relação da espada com Knull e até a transformou em uma espada comum, isso não deve ser aproveitado no MCU.

5. As entidades cósmicas da Marvel

O grande plano de Gorr em Amor e Trovão é chegar ao centro do universo para encontrar a Eternidade, uma entidade cósmica da Marvel que, no filme, é usada como uma espécie de fonte dos desejos que realiza qualquer pedido de quem a alcançá-la. No caso, o vilão quer usar esse poder para eliminar os deuses da existência.

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Nos quadrinhos, ela é a personificação do tempo e, junto com seu irmão Infinito, incorpora o universo como um todo. É algo tão grandioso que chega a ser abstrato — e, por isso mesmo, é absurdamente poderosa.

Além dela, o filme ainda traz outras dessas divindades cósmicas no salão onde acontece a luta final entre Thor, Jane e Gorr. Entre as estátuas estão o Vigia, o celestial Arishem, a Morte, Eon e o Tribunal Vivo.

Não fica claro se eles estão ali apenas fazendo figuração como um bom easter egg ou se a ideia é usá-los mais para frente no MCU, já que alguns desses seres apareceram em outras produções, enquanto outros estão ligados à própria existência e ao multiverso.

4. A Cidade da Onipotência

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Em determinado ponto da trama, Thor, Jane e Valquíria (Tessa Thompson) precisam pedir ajuda para os outros deuses para encarar a ameaça de Gorr. Para isso, eles vão até a Cidade da Onipotência para encontrar essas divindades e alertar sobre o perigo que se aproxima.

O local é a cidade dourada que aparece nos trailers e que é comandada por Zeus (Russell Crowe), o mais heróico e admirado de todos os deuses. E o lugar também surge nos quadrinhos com um visual bem parecido com o que foi levado para os cinemas.

A grande diferença é que, nas HQs, o lugar é bem mais sério. A cidade foi construída pelos Senhores da Aurora há bilhões de anos após a Primeira Grande Guerra dos Deuses e servia quase como um parlamento para as diferentes divindades — uma espécie de Assembleia Geral da ONU cósmica, por assim dizer.

No filme, porém, ele é quase uma espécie de esconderijo com colônia de férias, já que somente os deuses sabem sua localização e eles usam isso para tratar de assuntos menos importantes, como quando será a próxima orgia.

3. Bast, a deus Pantera

Durante essa visita à Cidade da Onipotência, vemos uma infinidade de deuses. Além de Zeus, aparecem divindades de diferentes panteões, inclusive alguns bem bizarros — como o deus dos bolinhos. Contudo, é possível ver uma deusa já bastante conhecida do MCU, embora não na forma que o longa apresenta.

Trata-se de Bast, a deusa egípcia da fertilidade e da música e que, no universo Marvel, é nada menos do que a deusa pantera cultuada em Wakanda. Ela aparece rapidamente próximo a Jane e Valquíria enquanto Thor se opõe a Zeus.

Aliás, vale pontuar que, um pouco antes dessa cena, é citado o nome de Rá, o deus-sol egípcio. Nos quadrinhos, há um inimigo do Cavaleiro da Lua que surge dizendo ser o avatar do deus.

2. Mjolnir absorvendo a Necroespada

Há um detalhe muito rápido na batalha final que muita gente pode não perceber: Jane estilhaça o Mjolnir para quebrar a Necroespada de Gorr e, quando vai remontar o martelo, fragmentos da espada se unem à arma asgardiana — o que impede que ela mantenha a forma divina, matando-a de uma vez.

Essa sequência toda faz alusão à conclusão do arco O Carniceiro dos Deuses nos quadrinhos, em que Thor também é infectado pela espada no confronto final com Gorr. No caso, o herói absorve parte da Necroespada e usa esse poder para matar o vilão.

O interessante é que toda essa reviravolta nos quadrinhos serve para, na saga Pecado Original, Nick Fury usar isso contra o Deus do Trovão e fazer com que o herói se torne indigno de carregar o Mjolnir. Afinal, como ele ainda estava contaminado pela Necroespada e inseguro dos rumos que a batalha contra Gorr tomaram, Fury usa isso a seu favor para desarmar o asgardiano. E vai ser nesse período que vai surgir a Poderosa Thor.

1. Zeus e Hércules

Por fim, temos a cena pós-crédito em que Zeus aparece jurando vingança contra Thor e chamando Hércules (Brett Goldstein) para encarar o asgardiano — em uma clara dica do que podemos esperar do quinto filme do herói.

O interessante aqui é que Hércules é mesmo um personagem da Marvel e que até chegou a ser membro dos Vingadores por um tempo. E, como não poderia deixar de ser, ele e Thor já protagonizaram vários quebra-paus, sendo uma espécie de rivais. A diferença é que o semideus grego é muito mais bonachão do que o Deus do Trovão e os roteiristas acabam sendo pendendo as lutas para a divindade nórdica.