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Thor: Amor e Trovão | Quem é Gorr, o Carniceiro dos Deuses, o novo vilão do MCU

Por| Editado por Jones Oliveira | 27 de Junho de 2022 às 17h30

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Marvel Studios
Marvel Studios

O novo Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas no próximo dia 7 de julho trazendo um vilão de nome muito pomposo, mas um tanto quanto desconhecido do grande público: Gorr, o Carniceiro dos Deuses. Interpretado nos cinemas pro Christian Bale, o personagem promete ser uma das maiores ameaças vividas pelo Deus do Trovão não apenas por ser esse perigo físico, mas por abalar profundamente naquilo que o herói acredita.

Isso porque a principal motivação do vilão não é dominar o mundo ou apenas espalhar o caos e a desordem gratuitamente. A grande força que move Gorr e o torna tão particular nesse mundo de divindades é o simples fato de ele pôr em xeque a própria função dos deuses. Afinal, eles existem para guiar o mundo e ajudar as pessoas ou apenas para satisfazerem seus caprichos?

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E em meio a essa jornada de autodescoberta de Thor após os eventos de Vingadores: Guerra Infinita e Ultimato, ser confrontado com questões tão profundas pode mexer bastante com o herói. Afinal, qual é a razão de sua existência?

Abandonado pelos deuses

Criado em 2012 nas páginas da revista Thor: God of Thunder #2, Gorr é apresentado inicialmente como parte de uma raça bastante supersticiosa e devota aos deuses. E mesmo que vivesse em um planeta totalmente inóspito e sem alimentos, ele seguia pedindo a essas divindades por um futuro melhor e que todas essas adversidades fossem ultrapassadas.

Só que nada disso aconteceu. Assim, Gorr vê sua mulher e filhos morrerem de fome e toda a sua devoção é enterrada junto com sua família. Desiludido e abrindo mão de sua fé, ele deixa de acreditar na própria existência dos deuses. E é quando ele vê duas entidades cósmicas lutarem e caírem em seu planeta sem nome.

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Ao ir até o local, ele encontra os corpos desses dois deuses: um de vestes negras e outro de armadura dourada, que ainda estava vivo e pedindo por ajuda. E é quando Gorr se dá conta que as divindades que ele sempre adorou realmente existem, só que nunca se importaram com seres pequenos como ele e que chegou a hora de dar o troco. Afinal, por que ajudar esse deus que nunca atendeu suas preces?

É quando ele pega a arma da criatura de vestes negras e executa a divindade a seus pés, jurando levar o mesmo tratamento a todas as criaturas ditas divinas que encontrar em seu caminho.

A partir disso, Gorr adota a alcunha de Carniceiro dos Deuses e passa milhares de anos viajando pelo cosmos e enfrentando diferentes tipos de panteões. Nas HQs, é mostrado que ele esteve na Terra algumas vezes, sendo o responsável pelo desaparecimento de algumas deidades, como deuses americanos e eslavos. E ele chega a enfrentar o próprio Thor no passado, tendo sido derrotado — o que só aumenta o seu desejo por vingança.

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Isso tudo faz com que Gorr seja, na prática, uma espécie de versão Marvel de Kratos, o personagem da popular série de games God of War. Em sua essência, os dois personagens foram traídos pelos deuses e partem em uma cruzada insana para eliminá-los do mundo. E, no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês), até o visual deles é um tanto quanto parecido.

O grande ponto é que, nos gibis, a passagem do Carniceiro dos Deuses foi bastante breve. Ele participa apenas de um único arco e, apesar de ter dado muito trabalho para Thor, não se tornou uma ameaça recorrente para o herói. E, justamente por isso, se tornou tão icônico.

Gorr e o multiverso

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E, como não poderia deixar de ser, o arco Thor: O Carniceiro dos Deuses tangencia o multiverso em alguns pontos que podem ser reaproveitados em Amor e Trovão. Isso porque, no gibi, Gorr mata os Deuses do Tempo e, com isso, passa a viajar por linhas temporais e levar sua vingança para outros períodos.

É assim que ele vai para o início da existência para matar os deuses antigos, o que cria um paradoxo temporal que mexe com as estruturas do multiverso. É aí que entra uma salada temporal bem típica das HQs com três versões do Thor caindo na porrada contra o vilão.

Um ponto importante é que, nos quadrinhos, o saldo final desse confronto também não é positivo para Thor. Embora o Deus do Trovão tenha vencido a luta final, todos os questionamentos feitos por Gorr sobre o que é ser um deus e o papel dessas deidades na vida das pessoas comuns afetou o herói a ponto de ele não ser mais digno de empunhar o Mjölnir.

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O que esperar de Gorr no MCU

É realmente difícil prever qualquer coisa vindo de Taika Waititi — basta lembrar que ele transformou Ragnarok em uma comédia —, mas os trailers dão a entender que muito dessa origem do Carniceiro dos Deuses deve estar na tela.

Toda essa trama envolvendo a morte da família é algo que parece estar presente e ser sua motivação principal. Contudo, a história de ele roubar uma arma feita de matéria negra — o mesmo componente que dá vida aos simbiontes — é algo que parece ter sido limado, já que vemos Christian Bale empunhar uma espada comum nas imagens oficiais. Isso significa também que o visual do vilão foi alterado, deixando de lado a sombra viva que ele usa como manto.

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Só que tudo isso é detalhe. O que realmente importa é o quanto Gorr vai ser essa ameaça. Vimos que teremos vários deuses sendo mortos — incluindo em quadros idênticos à HQ —, além de servir de ameaça a outros panteões. Deve ser nesse contexto que veremos o Olimpo, por exemplo. E o fato de Valquíria (Tessa Thompson) aparecer empunhando o raio de Zeus contra Gorr indica que as coisas não vão terminar muito bem para o personagem de Russell Crowe.

Em relação à trama rocambolesca envolvendo o multiverso, viagem no tempo e toda essa salada que a HQ original continha, essa é uma grande incógnita. O trailer de Thor: Amor e Trovão mostra uma luta dos heróis contra o vilão em uma espécie de templo em que é possível ver estátuas de entidades cósmicas como o Tribunal Vivo, a Morte e o próprio Vigia. Pode ser a pista de que devemos ver alguma menção a essas deidades ou que, de alguma forma, a busca por vingança do Carniceiro vai afetar o multiverso. Afinal, o que não afeta a essa altura do campeonato no MCU?

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Há uma expectativa ainda para que Gorr consiga matar algum dos aliados de Thor. Afinal, para que o vilão seja tratado como um perigo real, ele precisa matar mais do que figurantes, e isso pode colocar a própria Valquíria em risco. E essa é uma possibilidade real também para dar uma conclusão à história de Thor: depois de toda essa última aventura, o Deus do Trovão deve pendurar o Mjölnir — ou se tornar indigno de empunhá-lo — e se dedicar a comandar Nova Asgard.

De qualquer forma, as expectativas para a estreia de Gorr são altas justamente pelo potencial de transformação que o personagem carrega nesse lado tão poderoso da Marvel. E em um momento em que o MCU precisa de ordem, ameaçar os deuses parece ser um bom caminho para chamar a atenção.

Thor: Amor e Trovão chega aos cinemas em 7 de julho.