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Caça-Fantasmas é surpreendentemente divertido

Por| 11 de Julho de 2016 às 19h47

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Caça-Fantasmas é surpreendentemente divertido
Caça-Fantasmas é surpreendentemente divertido

Caça-Fantasmas não foi um reboot muito bem aceito pelo público, principalmente após a divulgação do primeiro trailer, já que o conteúdo do vídeo foi realmente fraco. Entretanto, não se esperava uma rejeição tão grande da Internet, fazendo com que vários questionamentos sobre machismo contra as novas protagonistas fossem levantados. Surpreendentemente, o filme é muito mais interessante e divertido do que se esperava para a produção da Columbia Pictures, ainda mais com a dinâmica que o novo quarteto apresenta na história.

Na trama, Erin Gilbert (Kristen Wiig) é uma cientista que cresceu profissionalmente no meio acadêmico, mas tem no seu passado um livro sobre fantasmas, co-escrito por sua amiga Abby (Melissa McCarthy), algo que poderia arruinar sua carreira se a universidade tomasse ciência do assunto. Enquanto isso, novos eventos sobrenaturais ocorrem pela cidade, fazendo com que as duas amigas se reencontrem para desvendá-los com a ajuda da maluca Jillian Holtzmann (Kate McKinnon) e da funcionária do metrô novaiorquino Patty (Leslie Jones).

Um dos grandes fatores que fazem o filme fluir é a dinâmica que existe entre as quatro Caça-Fantasmas. As motivações e personalidades delas são bastante diferentes, permitindo assim que o roteiro explore as situações engraçadas que podem existir entre o quarteto. As atrizes parecem acreditar fielmente em seus papéis e aceitar qualquer tipo de bizarrice com naturalidade. Entrando perfeitamente no estereótipo de "bonito, porém burro" está o personagem Kevin (Chris Hemsworth), que rende boas piadas conforme ganha espaço com as protagonistas e nos dois Atos finais do longa.

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Apesar de divertido, o longa dirigido e escrito por Paul Feig tropeça várias vezes em suas próprias piadas. Algumas funcionam inegavelmente bem, ainda mais quando a edição faz a transição entre situações, assim gerando o timing ideal. O roteiro entende que a atual geração adora referências, assim as transformando em elementos básicos da comédia, seja lembrando do corredor de O Iluminado ou da icônica cena de Patrick Swayze com Demi Moore em Ghost. Vale ressaltar que a própria repercussão negativa do filme no YouTube ganha espaço na trama em uma analogia precisa. Entretanto, as piadas que não funcionam soam terríveis, parecendo um misto de infantilidade com falta de bom senso.

Uma das grandes vantagens de um novo filme dos Caça-Fantasmas ser lançado nos dias atuais é utilizar os recursos visuais que não existiam nos anos 80. Os fantasmas são bem produzidos, assim criando um aspecto que o clássico não era capaz em sua época. O 3D não é tão presente em tantas cenas do longa, mas nas que ele tem influência fica evidente como ele melhora a experiência ao criar uma profundidade maior para a transição das formas fantasmagóricas ou ao jogar coisas na tela.

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Caça-Fantasmas volta aos cinemas com um reboot que respeita a produção original e consegue recriar a atmosfera do longa dos anos 80. As homenagens ao clássico são fan services claros, inclusive nas participações especiais de Bill Murray, Dan Aykroyd, Annie Potts, Ernie Hudson e Sigourney Weaver. A versão de Paul Feig não vai ser tão respeitada quanto a original nem mesmo bem vista por boa parte do público devido à visão depreciativa que já se criou para a produção, mas o novo filme tem o espírito da franquia e é realmente divertido, assim entregando até mais do que se esperava, mesmo com seus exageros.