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Produtora processa Warner por lançar Matrix Resurrections no streaming

Por| Editado por Jones Oliveira | 08 de Fevereiro de 2022 às 09h05

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Divulgação/Warner Bros.
Divulgação/Warner Bros.
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A produtora Village Roadshow abriu um processo contra a Warner Bros por causa do lançamento de Matrix Resurrections simultaneamente nos cinemas e na HBO Max. De acordo com a ação, movida em uma corte superior de Los Angeles, nos Estados Unidos, a distribuidora teria minado de forma deliberada os resultados do longa nas salas de exibição, não repassando os valores devidos à empresa e visando obter os direitos de exploração do filme para si.

A acusação da Village Roadshow é de quebra de contrato, com a produtora acusando a Warner de contribuir diretamente para um resultado de apenas US$ 150 milhões nas bilheterias, considerado insatisfatório. A produtora afirma que a distribuidora não leva em conta outras receitas que deveriam ser pagas em decorrência do lançamento, como um aumento no total de assinantes por causa de Matrix Resurrections, e os danos causados pela recusa em cobrar uma taxa extra para acesso ao longa, como fez, por exemplo, a Disney em alguns de seus lançamentos.

Mas as acusações não param por aí e, falando em n ome de todos os parceiros da Warner, a Village Roadshow chamou o Project Popcorn de uma tentativa “clandestina” de reduzir a bilheteria e evitar o pagamento de receitas relacionadas a filmes de destaque.

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A iniciativa que trouxe os lançamentos da empresa simultaneamente ao streaming ao longo de 2021, por conta da pandemia da covid-19, também foi criticada por outros estúdios, como a Legendary, de Godzilla Vs. Kong, e cineastas como Christopher Nolan, de Tenet. Este, entretanto, é o primeiro processo aberto contra a Warner por conta disso.

Ao atacar o projeto, longas da concorrência também são citados, como Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, que avassalou as bilheterias de todo o mundo ao final de 2021 após receber um lançamento exclusivamente nos cinemas. A Village Roadshow afirma, ainda, que a Warner sabe do poder de muitas de suas franquias nas salas, tanto que adiou o lançamento de títulos como Adão Negroe The Batmanpara 2022, de forma que eles não fossem obrigatoriamente lançados no streaming de forma simultânea.

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O processo pede novos cálculos sobre o sucesso de Matrix Resurrections, principalmente no que toca um pagamento contratual que a Village Roadshow deve fazer à Warner. Sem as cifras devidas, a produtora estaria correndo o risco de perder os direitos sobre o longa, com o processo afirmando que a gigante estaria tentando fazer o mesmo com outros longas mais antigos, como A Fantástica Fábrica de Chocolate e No Limite do Amanhã.

Em resposta, a Warner afirmou que o processo é uma tentativa da produtora de escapar de um processo de arbitragem interno, que seria uma obrigação contratual antes de disputas judiciais públicas como a aberta nesta semana. No comunicado, a distribuidora diz que a medida é “frívola” e que não tem dúvidas de que sairá vitoriosa dos tribunais, em uma decisão que ainda não tem data para sair.

Fonte: Village Roadshow (PR Newswire), Deadline