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Oscar 2021 | Quem deve ganhar o Melhor Roteiro Adaptado?

Por| Editado por Jones Oliveira | 18 de Abril de 2021 às 22h00

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Divulgação/Netflix, California Filmes, Amazon Studios
Divulgação/Netflix, California Filmes, Amazon Studios

A grande festa do cinema internacional está chegando, e com isso, as perguntas sobre o Oscar 2021, especificamente a respeito da categoria que consagrará o Melhor Roteiro Adaptado. Qual é o seu preferido? E a sua aposta?

Apesar da temporada bem complicada (no mínimo), tivemos um bom ano no que diz respeito às indicações. A lista abaixo está em ordem de probabilidade de vitória de acordo com o Canaltech, do menos provável aos dois filmes com mais chances... quase empatados.

5. O Tigre Branco

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Mesmo com o sucesso na Netflix, a indicação dessa coprodução entre Índia e EUA foi tida como uma grande surpresa para muitos, desbancando adaptações que pareciam certas, como A Voz Suprema do Blues. O Tigre Branco conta a história de um ambicioso motorista indiano que usa sua inteligência para escapar da pobreza e chegar ao topo.

Apesar da jornada épica, baseada no best-seller do New York Times de Aravind Adiga, o roteiro de Ramin Bahrani é uma grande zebra... mas não deve ser descartado, já que foi indicado em muitas das principais premiações da categoria e é querido por público e crítica.

4. Borat: Fita de Cinema Seguinte

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Tendo seu antecessor uma indicação a Melhor Roteiro Original e com nada menos que oito comediantes sendo responsáveis, as chances poderiam ser maiores para este filme. De todo modo, mesmo que a Academia esteja sofrendo uma modificação necessária, ela não deve estar pronta para uma obra como Borat: Fita de Cinema Seguinte. Além disso, comédias sofrem com um desprezo histórico nas premiações.

A criatividade aqui já começa com o título original: Borat Subsequent Moviefilm: Delivery of Prodigious Bribe to American Regime for Make Benefit Once Glorious Nation of Kazakhstan, algo como Borat, Filme Subsequente: Entrega de um Suborno Prodigioso ao Regime Americano para Beneficiar a uma Vez Gloriosa Nação do Cazaquistão (em tradução livre). No filme, Borat (Sacha Baron Cohen) retorna do Cazaquistão para a América e, desta vez, revela mais sobre a cultura americana, trazendo à tona a pandemia do novo coronavírus e as eleições políticas.

Chances de vencer? Quase nulas. Mas poderia ser, de repente, engraçado o discurso de oito comediantes no palco para receber a estatueta.

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3. Uma Noite em Miami...

A diretora Regina King (estreante em longa-metragem para cinema) entendeu bem a força do roteiro que tinha em mãos e parece que deixou fluir. A história é um relato fictício de uma noite onde os ícones Muhammad Ali, Malcolm X, Sam Cooke e Jim Brown se reuniram para discutir seus papéis no Movimento dos Direitos Civis e na convulsão cultural dos anos 1960.

Os diálogos são um motor que conduz o roteiro de Kemp Powers (baseado em uma peça teatral dele mesmo). King, dessa maneira, deixa que as palavras fluam por si, interferindo de fato em pouco momentos.

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Tem chances de surpreender, mas ainda é bem improvável que consiga superar os dois favoritos.

2. Nomadland

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Nomadland poderia estar na primeira posição. Deve ser, inclusive, arriscado não apostarmos em sua vitória nesta categoria. A questão é que, ao contrário de Meu Pai, não houve uma crescente na reta final. O filme se manteve sempre no alto e, por isso, uma queda diante da forte chegada do nosso primeiro colocado pode acontecer.

Se na maioria das vezes os filmes têm tentado fisgar o público somente por meio de suas histórias e a necessidade excessiva de se ter algo para contar acaba transformando o cinema em uma espécie de livro ilustrado, Chloé Zhao, como diretora, dá uma vida muito própria ao seu roteiro, uma alma. Isso chama a atenção.

Nomadland chega com força em outras categorias também e, provavelmente, sairá com, pelo menos duas estatuetas entre as seis indicações. A vitória em Melhor Direção é a aposta mais certa do ano.

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1. Meu Pai

Adaptado do teatro, assim como Uma Noite em Miami..., o roteiro de Meu Pai, baseado em trabalho do próprio diretor Florian Zeller e escrito por ele e Christopher Hampton (oscarizado por Ligações Perigosas), não se desvia muito do caráter teatral. As saídas e entradas de personagens em cena acabam por fomentar essa condição e muito do que Zeller faz na direção é buscar um ritmo urgente e vivo.

Hampton é um velho conhecido da Academia, tendo duas outras indicações na mesma categoria (o citado Ligações Perigosas e Desejo e Reparação). Zeller é respeitado enquanto dramaturgo. O filme cresceu muito na reta final, vencendo inclusive o BAFTA de roteiro adaptado. Apesar da força de Nomadland, a história de Meu Pai é mais capaz de conseguir votos, acompanhando um homem que recusa toda a ajuda de sua filha à medida que envelhece. E o filme cresce quando o protagonista — vivido pelo inquestionável Anthony Hopkins — tenta entender as mudanças nas circunstâncias e começa a duvidar de seus entes queridos, de sua própria mente e até mesmo da estrutura de sua realidade.

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É uma obra-prima que merece essa vitória. Estatueta incerta, mas possível.

E então? Qual é o seu filme favorito para Melhor Roteiro Adaptado? Qual você acredita que irá vencer? Por quê? Vamos debatendo porque, apesar de ser uma premiação bem política, movimenta o cinema, o que a torna essencialmente válida.