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2025 tem tudo para ser o ano do nerd; entenda o porquê

Por| Editado por Jones Oliveira | 25 de Março de 2023 às 21h00

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DC Comics, Marvel Comics, Marvel Studios, Warner Bros, HBO
DC Comics, Marvel Comics, Marvel Studios, Warner Bros, HBO

Nem 2023 e tampouco 2024. O ano em que o cinema nerd vai ser testado de verdade será 2025, quando veremos uma explosão de megaproduções do gênero chegando às telas de uma só vez e colocando à prova a força desse tipo de filme. Afinal, não é de hoje que se questiona o fôlego dos lançamentos voltados para esse público e, ao que tudo indica, os estúdios escolheram o meio da década para marcar o auge de suas estratégias.

Basta ver o calendário de estreias programadas para daqui a dois anos. De um lado, teremos a entrada definitiva do Quarteto Fantástico ao Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) e o retorno de Vingadores depois de seis anos. Do outro, a sequência do Batman de Matt Reeves e o início definitivo do novo Universo Cinematográfico da DC (DCU, na sigla em inglês), com Superman: Legado.

Isso sem falar, é claro, de outras produções que ainda não foram anunciadas. Há pelo menos dois títulos da Marvel programados para este ano, além de um de Star Wars. Isso tudo faz com que, em 2025, tenhamos pelo menos uma grande novidade pintando nos cinemas a cada dois ou três meses. Mas ainda temos pique para tudo isso?

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O dilema Marvel

Não é exagero algum dizer que cada lançamento do MCU ainda é um evento à parte no cinema. Não por acaso, a Disney segue apostando forte em seus super-heróis tanto com um cronograma bastante extenso quanto na insistência de reservar até quatro datas a cada ano para esses filmes. E, para 2025, o estúdio parece querer dobrar essa aposta.

Isso porque vai ser nesse ano que vamos ver o desenrolar da Fase 6 com todos os (especulados) momentos grandiosos que Kevin Feige e sua coleção de bonés projetaram. O primeiro grande momento é a tão comentada estreia do Quarteto Fantástico, prevista para 14 de fevereiro.

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A expectativa em torno desse filme está sendo construída desde já. E não apenas por ser um capítulo derradeiro da Saga do Multiverso, mas por todo o suspense em torno da entrada da Família Fantástica no MCU. Todo leitor de quadrinhos sabe o quanto o Quarteto é importante para a história da Marvel, pois foi com esses personagens que a editora se tornou o que é hoje e, por isso mesmo, o estúdio vem preparando o público para que Reed Richards e companhia entrem em cena.

Essa estratégia do mistério e da especulação é algo que vem dando muito certo. Basta ver que, ainda faltando dois anos para a estreia de Quarteto Fantástico, a gente segue teorizando e imaginando quem serão os quatro atores que vão dar vida ao grupo. Por isso mesmo, a chegada da equipe às telas vai ser um dos grandes marcos de 2025.

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Um pouco mais adiante, já em 2 de maio, é a vez de termosVingadores: Dinastia Kang. Esse é o primeiro filme dos Heróis Mais Poderosos da Terra a estrear desde Ultimato, em 2019, o que também vai ser muito alardeado para atrair aquele público que eventualmente se desengajar do MCU ao longo dos anos. Mais do que um filme, pode apostar que a Marvel vai vender o longa como um evento que ninguém pode perder.

A relação entre esse Vingadores e Quarteto são mais do que óbvios, até porque o vilão Kang (Jonathan Majors) é um inimigo clássico da equipe nos quadrinhos e isso deve fazer com que essas duas histórias estejam mais ligadas do que nunca nas telas. Dessa forma, o MCU vai lançar, logo na sequência, duas megaproduções com potencial para quebrar a marca do bilhão de dólares.

Quer dizer, assim os acionistas e produtores esperam. Até porque a Fase 4 e o começo da Fase 5 não foram tão empolgantes assim e trouxeram à tona uma preocupação bastante real para o futuro desse universo: estaria o público já saturado desse tipo de história? E, caso realmente esteja, o cansaço é do MCU ou do gênero super-heróis como um todo?

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É por isso que 2025 se apresenta como esse teste de fogo. Com duas apostas colossais, a Marvel vai colocar à prova a vitalidade de suas histórias e vamos descobrir se há fôlego para novas sagas ou se o interesse do pessoal já está se voltando para outras coisas.

A vez da DC

Só que a resposta para o futuro do cinema de quadrinhos vai ser dada apenas parcialmente com a Marvel. Só vamos descobrir a real situação do gênero a partir de 11 de julho, quando Superman: Legado chega às telas.

O longa marca a estreia definitiva de James Gunn e de seu Universo Cinematográfico da DC (DCU) já reformulado e apontando um novo caminho de histórias. No caso do Homem de Aço, a ideia é mostrar uma versão mais clássica do personagem, trazendo Clark Kent lidando com sua herança kryptoniano e a criação humana para mostrar como se tornou o herói que conhecemos.

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Depois de uma era em que o Superman foi tratado quase como um maníaco homicida nas mãos de Zack Snyder, a empolgação em torno de Legado é enorme e o próprio James Gunn se mostrou bastante emocionado com a ideia de resgatar essa imagem do herói como a personificação da justiça e da verdade em uma época em que isso é considerado fora de moda. Além disso, ele confirmou que vai dirigir o filme e relacionou a trama de legado à sua própria.

Tudo isso fez com que as expectativas em torno do filme fossem enormes — até porque essa é a primeira estreia nos cinemas do novo DCU. E, pelo que foi possível notar dos anúncios feitos por Gunn e Peter Safran, os presidentes da DC Studios, foi um otimismo por parte do público, que parece estar de coração aberto para ver não só o Escoteirão, mas todos os personagens da editora ganhando um novo tratamento nas telas.

Por isso mesmo, a estreia de The Batman: Parte 2 em 3 de outubro é outra incógnita. Não que alguém duvide que a sequência de um dos maiores sucessos de 2022 vai ser boa, mas porque a trama do diretor Matt Reeves se passa em outro universo do DCU e vamos descobrir se o público vai comprar essa proposta ou se a Warner vai, mais uma vez, tropeçar em seu planejamento.

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É por essa razão que 2025 é importante não somente para a DC, mas para o cinema de quadrinhos como um todo. A tão comentada saturação que parte do público e da crítica apontam só vai ser confirmada caso vejamos essa queda acontecer dos dois lados do mercado editorial. Caso Marvel e DC fracassem, pode ser que realmente estejamos caminhando para um novo momento do cinema. Porém, se Superman e Batman mostrarem sua força e relevância, a leitura se torna outra e pode ser que vejamos uma virada de chave nessa escala de poder em Hollywood.

E, pelo que vimos até agora, parece haver uma certa boa vontade e entusiasmo por parte do público com o DCU. Todos os anúncios foram muito comemorados e é bem provável que esse ar de novidade atraia a atenção tanto dos fãs de quadrinhos quanto de quem não está disposto a assistir outros 40 filmes antes de ir ao cinema.

A hora dos videogames?

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Outro fator importante que devemos ficar de olho em 2025 é como Hollywood vai tratar as adaptações de videogames. Depois de décadas sendo tratados como fábricas de fracassos, parece que os estúdios finalmente acertaram a mão e, pouco a pouco, vemos os jogos dando vida a filmes e séries de sucesso.

O fenômeno The Last of Us pode ser um divisor de águas nesse sentido e é bem provável que vejamos uma segunda temporada aparecendo já em 2025 com uma nova história ainda mais madura e impressionante. Mais do que isso, todo o barulho causado por essa primeira parte deve fazer com que não só a HBO, mas outras produtoras procurem franquias populares para aproveitar o bom momento.

Caso os filmes de heróis realmente estejam caminhando para seu crepúsculo, pode ser que as adaptações de games sejam seus substitutos nas salas de cinema. E, nesse caso, elas contam com um belo diferencial muito mais atrativo para os donos do dinheiro: ao contrário dos super-heróis, que têm um público mais homogêneo, os jogos podem mirar diferentes tipos de público.

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O vindouro Super Mario Bros: O Filme é um belo exemplo disso. Ao mesmo tempo em que está todo mundo emocionado com a dureza do roteiro de The Last of Us, há uma outra parcela do público aguardando ansiosamente a chegada da animação do mascote da Nintendo, que vai vir com um tom muito mais infantil. E, no meio de tudo isso, vai ter aquele pessoal que vai consumir tudo o que vier pela frente.

Isso torna esse mercado bastante promissor e, a depender de como os estúdios se movimentarem já a partir deste ano, 2025 pode se mostrar bastante prolífico nesse sentido. E embora seja cedo para dizer que o ano vai ser de virada e o ápice dos filmes e séries de games, pode ser que ele marque o início dessa nova fase.