Empresa cria versão escolar de sua plataforma no estilo "Netflix da educação"
Por Márcio Padrão | Editado por Claudio Yuge | 01 de Setembro de 2021 às 14h20
O fenômeno da "Netflixação" segue a todo o vapor. Estamos falando aqui de empresas que seguem os modelos contratar serviços e até certos produtos por assinatura. Há pouco dias trouxemos o caso da Housi, que quer ser a Netflix dos imóveis. Também falamos do Staage, voltado a streaming de cursos de marketing. Agora temos a Saint Paul, aspirante a Netflix escolar, que nesta semana lança o LIT Escola, uma versão de sua plataforma de ensino voltada à educação básica.
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O LIT convencional é um serviço da Saint Paul que existe desde 2017 e fornece acesso a mais de 200 cursos de educação executiva, com aulas ao vivo ou materiais gravados. As opções de planos de acesso completo são anual ou dois anos para duas pessoas (ambas a R$ 99 por mês) e MBA (R$ 420 por mês). Mas é possível pagar por cursos específicos a partir de R$ 200.
Já o LIT Escola traz, segundo a Saint Paul, mais de 3 mil horas de conteúdo didático exclusivo destinado a escolas, professores, estudantes e famílias. Além de conteúdos tradicionais como português, matemática, história, geografia, química, física e biologia, seu conteúdo aborda temas como empreendedorismo, startups, tecnologias digitais, sustentabilidade e responsabilidade social. O contrato pode ser feito tanto com escolas quanto com estudantes que queiram ou precisem de reforço escolar. As mensalidades custam a partir de R$ 49,90.
A plataforma usa inteligência artificial para oferecer cursos online de acordo com as capacidades do aluno, mas por enquanto ela só é usada no conteúdo de educação executiva. Também faz testes de personalidade e de capacitação para entender o nível do usuário e aplicar a metodologia de acordo com a mídia (vídeos, áudios ou textos).
A Saint Paul deve investir R$ 40 milhões de capital próprio no LIT Escola, dos quais R$ 10 milhões já foram aplicados e o restante nos próximos dois anos. A empresa quer desenvolver a tecnologia de dados e inteligência artificial da plataforma para criar outros modelos de aprendizado, como por exemplo usando games. A criação de uma fintech também está nos planos, mas não há data para acontecer.
Fonte: Valor