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Titanic | Imagens inéditas da redescoberta são reveladas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Fevereiro de 2023 às 15h17

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NOAA/Institute for Exploration//Domínio Público
NOAA/Institute for Exploration//Domínio Público

A Instituição Oceanográfica Woods Hole (WHOI) disponibilizou, na última quarta-feira (15), mais de 1 hora de filmagens raras e nunca antes divulgadas do RMS Titanic, o infame navio de passageiros que afundou em 1912 e permeou a cultura pop através de filmes e documentários, já que o naufrágio fascinou historiadores, oceanógrafos e cinegrafistas desde que foi reencontrado nas profundezas do mar.

É a primeira vez que as primeiras capturas cinematográficas do naufrágio estão sendo mostradas integralmente ao público, mas elas foram tomadas em julho de 1986, graças às câmeras do submarino tripulado DSV Alvin e um veículo não-tripulado ligado a ele, chamado Jason Jr, recém construído à época.

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Jornada ao fundo do mar

O Alvin é, na verdade, um submersível de pesquisa da Marinha americana operado pelo WHOI, conectado a Jason Jr por um cabo ótico de 91 metros de comprimento. Ele era controlado remotamente pela equipe, permitindo fotografar o local do naufrágio, especialmente em cantos que o Alvin não alcançava.

As imagens foram capturadas no mesmo dia em que os olhos humanos viram o Titanic pela primeira vez desde o seu trágico naufrágio, em Abril de 1912, há mais de 110 anos. Os destroços do navio estão a 3.780 metros da superfície marítima, a 685 km da costa de Newfoundland (ou Terra Nova), no Canadá. Eles foram encontrados em 1º de setembro de 1985, em uma expedição da WHOI e a Organização de Exploração Oceanográfica Francesa (Institut Français de Recherce pour L'Exploitation de la Mer).

Como foi filmar o Titanic

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Localizados com uma câmera submarina atrelada, os destroços só foram visitados por uma tripulação humana em julho de 1986, quando 3 pessoas voltaram ao local para descobrir mais detalhes e tomar as filmagens que podemos, hoje, ver com nossos próprios olhos. À Associated Press, o explorador submarino Robert Ballard, que esteve em ambas as expedições — de 1985 e 1986 —, contou detalhes sobre a aventura:

A primeira coisa que eu vi saindo da escuridão a 9,1 metros foi esse muro, essa enorme parede de aço rebitado que se levantava por 30 e poucos metros acima de nós. Eu nunca olhei para o Titanic de cima para baixo. Eu o olhei de baixo para cima. Nada era pequeno.

Segundo Ballard, foi possível ver sapatos abandonados pelos ocupantes do navio, passageiros da fatídica viagem centenária, e também vislumbrar as escotilhas da embarcação. "Era como se houvesse pessoas olhando de volta para nós. Foi um experiência assombrosa, na verdade", completa.

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A filmagem foi disponibilizada sem cortes e quase sem narração, e promete nos levar por cenários icônicos e quartos individuais do Titanic. Se tomarmos vídeos já disponíveis da embarcação, a experiência será nostálgica e um pouco arrepiante, um atemporal lembrete de que, por mais que tentemos, há certas forças da natureza que nunca conseguiremos dominar por completo.

Fonte: AP via Science Alert