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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (07/01/2020)

Por| 07 de Janeiro de 2020 às 19h00

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NASA
NASA

E aí, como foi sua virada de ano? Se você é um amante da astronomia como nós e viajou para longe dos grandes centros urbanos, é certo presumir que admirou muito o céu noturno no período de férias, não? E, bem, como nossa última seleção com as principais notícias científicas do momento rolou no final de 2019, este "resumão" de hoje será especial: vamos recapitular tudo o que rolou de mais relevante no universo da ciência e da astronomia desde a virada do ano!

Vamos lá? Vamos lá!

Projeto DNA do Brasil sequenciando nosso genoma

No final deste mês de janeiro, o Brasil será incluído no mapa da genômica mundial, graças ao projeto DNA do Brasil, que sequenciará o genoma do brasileiro e disponibilizará as descobertas em bancos de dados globais e públicos. Espera-se que, em um ano, 7 mil genomas brasileiros estejam sequenciados, com mais 40 mil escalados. A meta é encontrar variantes genéticas de origem africana, indígena e europeia, tudo para entendermos melhor a miscigenação da população brasileira.

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Presos cientistas que editaram genes de bebês

O cientista chinês He Jiankui e dois de seus colegas envolvidos na edição genética de duas bebês foram condenados à prisão após um julgamento secreto na China. Jiankui cumprirá três anos de cárcere, condenado por praticar a técnica CRISPR ilegalmente. Além da condenação, ele terá de pagar uma multa de US$ 430 mil e será banido da prática médica reprodutiva para o resto de sua vida. Os outros dois envolvidos receberam penas de dois anos e 18 meses e prisão, além de multas e proibições, também.

Vela solar chinesa na órbita da Terra

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Depois de a Sociedade Planetária começar a testar, com sucesso, a LightSail 2, chegou a vez da China de fazer o mesmo com sua própria vela solar. A ideia é testar as novas tecnologias que permitem a uma nave viajar pelo espaço sem o uso de combustíveis, apenas contando com o impulso da luz solar para tal.

Índia vai tentar pousar de novo na Lua

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A agência espacial indiana confirmou o que já esperávamos: o país tentará de novo pousar uma nave e levar um rover à superfície da Lua. A missão Chandrayaan-3 aproveitará a sonda orbital enviada pela Chandrayaan-2, cuja alunissagem falhou e, como consequência, resultou no impacto do lander Vikram, que levava consigo o rover Pragyan.

Além disso, a Índia vai também se dedicar ao projeto Gaganyaan, que levará à órbita da Terra os primeiros astronautas indianos da história. Isso deverá acontecer até o ano de 2022. Ainda, o país quer também, nesta década, construir um novo espaçoporto.

Proibida venda de cartuchos com sabor para vapes nos EUA

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A FDA (equivalente à Anvisa dos EUA) proibiu, de vez, a venda de cartuchos com sabores para vapes no país. Especialmente ilegais agora ficam os sabores de frutas e de menta — os preferidos dos mais jovens.

Todas as fabricantes, vendedoras e distribuidoras do produto têm até o final do mês para tirar os itens de circulação, e uma força-tarefa do FDA ficará responsável por inspecionar os locais onde o produto pode ser encontrado, multando aqueles que não respeitarem as novas regras.

Emergência médica no espaço

Um astronauta, cujo nome não foi revelado, precisou receber tratamento à distância para lidar com uma trombose venosa profunda na veia jugular enquanto estava na Estação Espacial Internacional (ISS). Durante uma pesquisa sobre como os fluidos corporais são redistribuídos no corpo humano em ambientes de microgravidade, o astronauta descobriu o coágulo por meio de um ultrassom, e a trombose pode ser fatal caso algum coágulo se mova para órgãos vitais.

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O diagnóstico rápido permitiu que um médico em Terra o auxiliasse remotamente durante três meses, pois, por sorte, havia na ISS um medicamento anticoagulante que foi suficiente para o tratamento. De volta à Terra, o astronauta já está completamente recuperado. O caso chama a atenção pois estudos já indicavam que pessoas vivendo por longos períodos na microgravidade podiam ter problemas no fluxo sanguíneo, e o problema só confirma que as probabilidades de isso acontecer não devem ser ignoradas.

Planeta do tamanho da Terra em uma zona habitável

O telescópio espacial TESS, da NASA, está operando há mais ou menos um ano e, agora, acaba de descobrir seu primeiro exoplaneta do tamanho da Terra na zona habitável de uma estrela. O TOI 700d fica ao redor de uma estrela anã tipo M a pouco mais de 100 anos-luz de distância — o que é pertinho em termos cósmicos.

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Essa estrela tem 40% a massa e o tamanho do Sol e vem sendo bastante observada pelo TESS, a ponto de reunir dados suficientes para que a descoberta fosse possível. A estrela, na verdade, havia sido classificada de maneira incorreta na base de dados da NASA, e com a classificação anterior, os planetas ao seu redor pareciam maiores e mais quentes do que realmente são. Com a detecção do erro, a nova classificação, então, reviu tudo o que se "sabia" ao respeito deste sistema, colocando, portanto, o TOI 700d com um tamanho 20% maior do que a Terra e diretamente na zona habitável da estrela — onde as temperaturas médias são adequadas para a existência de água líquida.

Usando outros dois observatórios que "enxergam" diferentes comprimentos de onda, os pesquisadores puderam confirmar que o observado realmente se tratava de um planeta com essas características, e modelos computacionais gerados pela NASA mostram alguns cenários em que o planeta pode, sim, ser habitável — estatisticamente falando. É preciso contar com novos telescópios que serão lançados nos próximos anos para ter mais meios de estudar coisas como a atmosfera de exoplanetas e, então, quem sabe, confirmar que o TOI 700d é realmente habitável — de repente até mesmo habitado.

Mais satélites Starlink são lançados

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A SpaceX lançou nesta semana o terceiro lote com 60 satélites Starlink à órbita da Terra. Contudo, desta vez a empresa decidiu testar um revestimento escuro nos equipamentos para tentar resolver o problema que causou com a comunidade astronômica.

É que os 120 satélites lançados anteriormente, ao longo de 2019, já começaram a atrapalhar observações do céu noturno feitas por meio de telescópios terrestres, e astrônomos vinham denunciando o problema há vários meses. A empresa de Elon Musk, então, teve essa ideia de escurecer os satélites, além de posicioná-los em uma órbita ainda mais elevada, para testar, na prática, se o problema é resolvido.

Por enquanto, o projeto Starlink conta com 180 satélites, mas prevê um total que pode chegar a até 42 mil quando a constelação estiver completa. A SpaceX pretende começar a fornecer internet de banda larga por meio deste projeto para algumas regiões dos EUA e do Canadá já neste início de 2020.

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