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O céu não é o limite | James Webb está pronto, novidades de Marte e muito mais

Por| Editado por Patricia Gnipper | 15 de Janeiro de 2022 às 20h00

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NASA/Adriana Manrique Gutierrez/IPGP/Nicolas Sarter
NASA/Adriana Manrique Gutierrez/IPGP/Nicolas Sarter

No mundo da astronomia, a segunda semana do ano foi marcada por notícias sobre a exploração espacial. Novidades de missões em Marte chegaram, mas nem todas muito animadoras.

O Perseverance, por exemplo, teve dificuldades com uma coleta de amostra e seu instrumento pode estar obstruído. Por outro lado, o James Webb vai muito bem, obrigado, e está pronto para ser preparado para o início das observações. Também houve descobertas no universo mais distante, como exoplanetas estranhos, luas maiores que a Terra e buracos negros devorando estrelas.

Confira abaixo o resumo das principais notícias espaciais d semana!

James Webb está pronto mas pode colidir com lixo espacial

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O telescópio espacial James Webb finalizou a implantação de seu espelho primário, a última grande etapa necessária para o início das operações científicas. O espelho é o maior já enviado para o espaço, fruto de um trabalho de décadas — não à toa foi um momento de grande expectativa para os cientistas da NASA.

Apesar do entusiasmo, eles estão preparados para alguns "acidentes" que o telescópio deverá enfrentar com o tempo. É que, conforme orbita o Sol, o Webb encontrará alguns meteoritos e detritos de lixo espacial, potencialmente atingindo seus espelhos. Contudo, o observatório espacial deverá sobreviver aos danos por tempo o suficiente para completar sua missão.

Perseverance enfrenta anomalia em sua 6º coleta de amostra

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O rover Perseverance conseguiu coletar sua 6º amostra de rocha marciana, mas enfrentou uma anomalia ao tentar selar o tubo de armazenamento. De acordo com a NASA, alguma coisa, talvez pequenas pedrinhas, obstruiu o mecanismo que deveria selar o tubo de titânio.

Como a coleta de amostras em outro planeta é um procedimento delicado, a NASA não quer danificar o que já foi coletado pelo rover, e por isso levará o tempo necessário para remover os detritos problemáticos que impedem o fechamento do tubo em questão, antes de continuar com a missão do rover.

Sonda InSight entra em modo de segurança

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A sonda InSight, que está em Marte investigando crosta, manto e núcleo do planeta, entrou em modo de segurança após uma grande tempestade de poeira. O "dust devil", como são chamados os redemoinhos empoeirados de Marte, reduziu a luz solar que alimenta os painéis do lander para fornecer energia ao equipamento.

Durante o período em que estiver no modo de segurança, a InSight ficará com todas as suas funções não essenciais suspensas para economizar energia, mas tudo deve voltar ao normal na próxima semana.

Um planeta deformado por sua própria estrela

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Planetas costumam ser esféricos por causa da sua própria gravidade, mas isso não se aplica ao WASP-103b. Este "Júpiter quente" está tão perto de sua estrela que, além de completar uma órbita em menos de um dia terrestre, ganhou um formato alongado, semelhante a uma bola de futebol americano ou de rugby.

Isso ocorre por causa das forças de marés, a mesma que move os oceanos da Terra, causando as marés que conhecemos. Trata-se de um efeito da gravidade quando há dois corpos próximos o suficiente para que um deles atraia um lado do segundo objeto com maior força que o lado oposto.

Buraco negro devorou uma estrela há décadas e ninguém viu

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Dados do radiotelescópio no Very Large Array (VLA) mostravam que um buraco negro devorou uma estrela na década de1980, mas ninguém notou o evento. Só agora que dois alunos do ensino médio e estagiários no observatório viram um brilho que desapareceu em dados posteriores.

Quando os astrônomos viram as anotações deixadas pelos estudantes, vasculharam os dados e descobriram que o brilho era o "arroto" de um buraco negro ao devorar um objeto relativamente massivo, como uma estrela. Com o passar dos anos, o brilho diminuiu, e está agora 500 vezes mais escuro. Esse é o primeiro evento do tipo a ser detectado a uma distância relativamente próxima.

"Superlua" em outro sistema estelar?

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Uma lua com 2,6 vezes o tamanho da Terra estaria orbitando um exoplaneta do tamanho de Júpiter, a cerca de 5.500 anos-luz de nós. Ainda é preciso confirmar que o observado é mesmo uma exolua, mas sua detecção pode mostrar que luas orbitando exoplanetas são tão comuns no universo quanto os próprios exoplanetas.

De acordo com o estudo, a lua seria gasosa; por isso os cientistas não descartam a possibilidade de o objeto ter "nascido" como planeta, sendo posteriormente capturado por um mundo bem maior e mais massivo e, então, se tornando um satélite natural. 

Moléculas orgânicas em meteorito marciano teriam origem geoquímica

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O meteorito (ALH) 84001, considerado um dos objetos mais antigos vindos de Marte para a Terra, foi alvo de um novo estudo que tentou determinar a origem dos seus compostos orgânicos. Encontrada em 1984, a rocha é uma oportunidade rara de estudar as chances de existir vida em outro planeta.

De acordo com a pesquisa, no entanto, as moléculas orgânicas encontradas no meteorito podem ser fruto de processos não biológicos, ou geoquímicos. Duas possibilidades foram levantadas: atividade vulcânica e carbonização, relacionado a interações entre rochas e água levemente ácida, com dióxido de carbono dissolvido.

Embora essas reações não sejam biológicas, elas são responsáveis por grande parte dos compostos orgânicos a partir dos quais a vida poderia evoluir. Isso significa que, talvez, Marte possuía ao menos alguns dos ingredientes fundamentais para gerar formas de vida no passado.

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