Nova espécie de dinossauro tailandês é a mais antiga achada no sudeste da Ásia

O fóssil de uma nova espécie de dinossauro foi descoberto na Tailândia, mas o animal era bastante único — ele foi definido como o mais antigo de seu tipo, vivendo no final do período Jurássico, de 145 milhões a 163 milhões de anos atrás. Recebendo o nome de Minimocursor phunoiensis, seu esqueleto foi encontrado na Formação Phu Kradung, no norte do país.

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O nome do bicho vem da região onde foi encontrado, Phu Noi, que já trouxe à ciência diversos espécimes em ótimas condições, incluindo esqueletos articulados. O próprio M. phunoiensis é um dos dinossauros mais bem preservados a serem encontrados no sudeste da Ásia, segundo os autores da pesquisa que descreve o bicho, publicada na revista científica Diversity.

Descrevendo dinossauros

O novo dino faz parte de um clado (grupo) de dinossauros majoritariamente herbívoros chamado Neornithischia, que inclui os ornitópodes, marginocéfalos e diversos bípedes pequenos. O fóssil do M. phunoiensis foi encontrado em 2012, sendo analisado a fundo desde então. As características únicas do animal são uma saliência jugal (ou seja, um “calombo” na mandíbula) e uma crista protuberante na pelve.

Segundo os pesquisadores, quando adultos, esses dinossauros chegavam a 2 metros de comprimento, o que foi descoberto a partir de um fêmur de 26 centímetros. Isso deixa os bichos com o tamanho aproximado de um leão ou de uma lhama. Como é pequeno em relação aos seus parentes, e suas pernas parecem bem adaptadas à corrida, ele ganhou o título de Minimocursor, termo em latim para “o menor dos corredores”, ou “mínimo corredor”.

Foram análises nos dentes do neornitisciano que revelaram se tratar de um herbívoro, de acordo com os cientistas. Pelo menos 10 dos dinos foram encontrados no sítio de Phu Noi, o que aponta ter sido uma espécie bastante comum no Jurássico. É o registro mais antigo de um neornitisciano no sudeste asiático e o primeiro a ser nomeado a partir da Formação Kradung.

Ainda estão sendo estudados mais ossos da espécie, incluindo outro crânio, o que deve revelar um pouco mais da biologia do M. phunoiensis no futuro. Ainda assim, os estudos recentes já revelaram bastante sobre a biodiversidade, biogeografia e início da história evolucionária dos neornitiscianos entre o final do Jurássico e início do Cretáceo, segundo os cientistas.

Fonte: Diversity