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Cientistas encontram vestígios de código genético anterior ao DNA

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O DNA é um elemento onipresente em todas as formas vivas da Terra — das bactérias minúsculas à maior das baleias azuis, o mesmo código genético está presente. O surgimento disso na vida, no entanto, é um mistério, com muita suposição e estimativas permeando a ciência. Agora, uma nova descoberta mudou tudo o que sabíamos sobre o DNA ancestral.

Realizada por cientistas da Universidade do Arizona, a pesquisa analisou sequências de proteínas e descobriu que a ordem de evolução dos aminoácidos — os “tijolos” que constroem o código genético — seguiu um caminho bem diferente do que se acreditava, indicando que outras formas, anteriores ao DNA, se extinguiram antes da vida chegar à organização que hoje conhecemos.

Reavaliando a “planta baixa” da vida

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Segundo os próprios cientistas, o código genético é algo impressionante: cadeias de DNA ou RNA com sequências de quatro nucleotídeos, sendo então traduzidos em sequências de proteínas usando 20 aminoácidos diferentes.

No estudo, descobriu-se que a vida primitiva preferia moléculas de aminoácidos menores e menos complexas, e que aminoácidos que se ligam a metais se ligaram ao código bem antes do que se pensava.

Isso tem a ver com uma reavaliação do que se acreditava sobre o código genético da vida, já que o conhecimento sobre o assunto vem, em sua maioria, de experimentos de laboratório de décadas atrás ao invés de evidências evolutivas.

No estudo atual, foi usado um novo método, com análises estatísticas, para verificar as sequências de aminoácidos que foram adicionadas ao DNA desde o último ancestral comum universal (LUCA, da sigla em inglês).

Estudos anteriores focaram em sequências proteicas completas, mas os cientistas, dessa vez, focaram em sequências mais curtas, verificando, com estatística, quando cada proteína foi aparecendo no código genético global. Isso mostrou mais de 400 famílias de sequências datando do tempo de LUCA, e mais de 100 delas surgiram até mesmo antes dele, já tendo se diversificado à época.

As sequências mais antigas continham mais aminoácidos com estruturas de anéis aromáticos, como triptofano e tirosina, apesar destes terem aparecido mais tarde em nosso código genético.

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Isso quer dizer que houveram códigos genéticos mais antigos do que os dos nossos ancestrais, desaparecendo no tempo em seguida — em outras palavras, um código extinto antes do DNA surgir. A vida, aparentemente, gostava muito de anéis nos tempos passados.

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Fonte: Evolution