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O que é DNA lixo? Entenda a função desse material genético

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Abril de 2022 às 14h00

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iLexx/Envato
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Você já ouviu falar no termo "DNA lixo"? Desde 1953, está claro para a ciência o que é DNA: um tipo de ácido que armazena e transmite informações genéticas. No entanto, com o avançar dos anos, os pesquisadores descobriram que 45% da molécula parecia não ter uma função, o que acabou gerando essa expressão. Apenas estudos mais recentes conseguiram reverter esse ponto de vista.

O que acontece é que o DNA contém instruções usadas para codificar proteínas na célula. No entanto, a quantidade de DNA contida dentro de cada célula é vasta, e nem todas as sequências genéticas presentes dentro da molécula realmente codificam uma proteína.

Parte desse DNA não codificante é usada para produzir componentes de RNA, mas algumas regiões não são transcritas em proteínas, tampouco são usadas para produzir moléculas de RNA, e sua função ficou desconhecida por um bom tempo. Com isso, estudos chegaram a concluir que esse DNA lixo tinha pouca especificidade e trazia pouca (ou até mesmo nenhuma) vantagem seletiva para o organismo.

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Qual a função do DNA lixo?

No entanto, ao longo dos anos, os pesquisadores encontraram evidências de que não é bem assim, e que o DNA lixo pode fornecer alguma forma de atividade funcional, como pistas sobre questões relacionadas a autismo, envelhecimento e doenças inexplicáveis.

Em 2012, um programa de pesquisa chamado projeto Encode diz ter encontrado função para 80% desse DNA não codificante: é como em uma receita, em que cada ingrediente conta para manter o sabor e a aparência. Segundo o projeto, essa vasta combinação de genes explica por que as pessoas são tão distintas umas das outras.

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Em estudo publicado na revista Science, por exemplo, um grupo de 100 pesquisadores conseguiu mapear o genoma humano "sem lacunas" pela primeira vez, o que permitiu reforçar teorias anteriores de que o DNA lixo pode ajudar a responder questões sobre essas doenças. Assim, a ideia agora é estudar a fundo para entender quais composições genéticas podem causar ou evitar que uma pessoa tenha determinada condição.

A sequência original desse projeto não incluía cerca de 8% do genoma humano, porque a tecnologia disponível na época não era capaz de decodificá-lo, uma vez que as áreas não codificantes eram muito repetitivas, tornando difícil a análise.

Fonte: ScienceBusiness InsiderMedline Plus, Fapesp